Brasil
Brasil e Bolívia estudam terceira usina no Rio Madeira
Os governos do Brasil e da Bolívia assinaram um acordo para estudos sobre aproveitamento hidrelétrico no Rio Madeira, com a identificação de potencial para o Projeto Binacional Rio Madeira. Também foram firmados convênio de cooperação entre a Eletrobras e a empresa de energía Boliviana, Ende, e celebrada carta de intenção entre a Petrobras e a YPFB sobre fornecimento de gás natural.
O ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) participou de reunião com o presidente boliviano, Evo Morales, em Santa Cruz de la Sierra, e com o ministro de Hidrocarburos, Luís Alberto Sánchez. Integravam também a comitiva brasileira, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., e representantes da Petrobras.
“Quero parabenizar a todos pelos entendimentos que se refletiram na assinatura de documentos relevantes para nossas duas nações. O Brasil vive um momento de mudanças, sob o comando do presidente Michel Temer estamos construindo novas bases para o país. Essas bases são a transparência, a competitividade, a racionalidade e a segurança jurídica. Elas são o alicerce de uma nova trajetória de crescimento econômico com justiça e bem-estar social, sem esquecer o respeito à natureza”, afirmou o ministro Fernando Coelho Filho.
As tratativas para a assinatura do acordo e dos convênios foram definidas em janeiro deste ano, após a ida de representantes do MME à Bolívia. Após a reunião desta segunda-feira, foram instaladas mesas técnicas de hidrocarbonetos e eletricidade, para manter a discussão técnica necessária ao desenvolvimento dos estudos.
Fernando Coelho Filho destacou, em seu discurso durante a solenidade, que o Brasil tem grande comprometimento com o Estado plurinacional da Bolívia, e que a visita e os atos assinados hoje são mais um passo para concretizar a integração energética almejada pelos dois países, reforçando o sentimento de irmandade e cooperação que são a base da relação Brasil-Bolívia, com respeito às diferenças ideológicas e culturais.
Terceira usina
A proposta para uma terceira UHE no Rio Madeira vem sendo discutida desde a efetivação das duas principais, Santo Antônio e Jirau, mas foi engavetada por conta da falta de acordo para os estudos de viabilidade.
A construção da terceira poderá promover também acordo de transporte e comércio multimodal, envolvendo a utilização dos Portos de Illo e Matarani no Peru, via Porto Maldonado, e Itacoatiara no Brasil.
O projeto de mais uma Binacional contemplaria os dois países, com a Bolívia e Peru podendo escoar a produção para a Europa. O Brasil, por sua vez, poderia mandar a produção pelo oceano Pacífico.
Na outra ponta, a usina benficiaria o escoamento para a região amazônica, o que aumentaria o desenvolvimeto econômico e social.
Durante a realização de seminários promovidos pela Odebrechet e Camargo Corrêa, em 2006 e 2007, as duas empreiteiras que disputam as duas usinas de Santo Antônio e Jirau, já discutiam também a terceira que formaria o Complexo do Rio Madeira
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Brasil
Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Brasil
Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.


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