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Bittar chama Marina de “lobista de ONGs” e diz que Brasil perdeu controle sobre Amazônia

Foto: Reprodução
O senador Márcio Bittar (União Brasil) fez duras críticas nesta sexta-feira, 09, à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e ao governo do presidente Lula (PT) durante entrevista ao programa CNN Money. Em um longa entrevista, Bittar acusou Marina de ser a “maior lobista de ONGs e de interesses econômicos internacionais” e afirmou que o Brasil não tem mais controle sobre a Amazônia.
“A ministra Marina Silva é a maior lobista de ONGs e de interesses econômicos internacionais que contrariam o interesse brasileiro, o interesse nacional. A Marina e a turma dela, essas ONGs todas são milhares de pessoas, são cabos eleitorais da esquerda em época de campanha, trabalham para travar a economia brasileira”, afirmou.
Bittar criticou diretamente a paralisação da exploração de petróleo na chamada margem equatorial brasileira e afirmou que a ministra atua contra o desenvolvimento do país: “Quando travam a exploração de petróleo na margem equatorial brasileira, estão mantendo na pobreza uma parte imensa do Brasil”, destacou.
Ele citou o ex-ministro Aldo Rebelo para afirmar que o Brasil perde cerca de R$ 100 bilhões por ano ao deixar de explorar o potencial petrolífero da região. “Isso mudaria a face econômica, por exemplo, do Pará ao Rio Grande do Norte, isso muda o Brasil. Agora, em nome de quê? Em nome de pressão externa. A Inglaterra acabou de anunciar recentemente 100 novas explorações de petróleo no país dela, inclusive empresas inglesas estão explorando lá na Guiana. Marina se tornou a maior lobista de ONGs. O Brasil não tem mais controle sobre a Amazônia brasileira”, afirmou.
O senador ampliou as críticas ao apontar Marina como responsável pela criação do Fundo Amazônia e por intermediar recursos oriundos da Noruega, país cuja economia, segundo ele, depende do petróleo. “Imagina se fosse um de nós. Você cria um fundo, capta o recurso e ONGs ligadas a você, que é o número um dela dentro do ministério, captam recursos disso. Isso não é imoral? Isso pode ser até legal, mas no mínimo é imoral. Ela é uma lobista de interesses nacional”, pontuou.
Sobre a realização da COP 30, prevista para ocorrer em Belém (PA), Bittar foi categórico: “A COP, que vai acontecer no Brasil, é outra enganação. O Brasil vai gastar dinheiro caríssimo nosso e não vai dar em nada porque a China comunista nunca obedeceu a COP. Os Estados Unidos, assim que Donald Trump tomou posse, anunciou oficialmente a retirada do Acordo de Paris. Vamos gastar bilhões para nada, afirmou.
Ele também criticou a ausência de infraestrutura na Amazônia e as dificuldades enfrentadas pelas populações locais: “Eu saí agora há pouco de uma viagem no interior da Amazônia, lá no Acre, estado natal da ministra Marina Silva. Há um contraste entre o que ela fala, o que essas ONGs falam e a realidade do povo que habita a Amazônia brasileira”, revelou.
Segundo o senador, a população indígena foi enganada. “Os índios foram enganados, os índios brasileiros são segregados, eles estão passando fome. Quando ela elogia os índios, ela está elogiando a miséria, a pobreza no estado dela, no estado do Brasil”, destacou.
Márcio Bittar criticou ainda o argumento técnico do Ibama para barrar a exploração da margem equatorial, que inclui riscos ambientais e falta de estudos da Petrobras. “Me perdoe a franqueza, vou lembrar aqui de uma frase do meu finado pai, chamava Mamédio Bittar, isso é conversa fiada para boi dormir”, revelou.
Para o parlamentar, há uma “relação absolutamente promíscua” entre ONGs e governo. “Eles vão para o governo, saem das ONGs, depois eles saem do governo, criando o mecanismo de tirar poder do Estado brasileiro, passando para as ONGs, depois eles voltam para as ONGs”, explicou.
Bittar defendeu que o governo Lula poderia intervir diretamente na decisão do Ibama. “Se ele [Lula] quer, tire de lá. Se ele não tira, o que ele demonstra? Que ele faz parte desse pool de ONGs, quase todas ligadas à esquerda, com recebimento de dinheiro de fora do país”, pontuou.
O senador destacou que a ministra Marina Silva não tem apoio parlamentar.“Ela não tem partido político com senadores, ela não tem partido político com deputados federais. A base que sustenta este povo não é partidária, é a influência que vem de fora do Brasil”, destacou.
Para Bittar, a realização da COP em Belém é apenas um obstáculo temporário. “Me parece que o governo está esperando passar a COP, muito pelo peso do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que é do Amapá e que defende essa exploração, para logo em seguida poder destravar o que só acontece no Brasil”, pontuou.
O parlamentar também condenou a burocracia que, segundo ele, impede o avanço de projetos no país: “Essa demora, essa burocracia não existe em lugar nenhum do planeta, é só aqui. Eu espero, de qualquer sorte, que após a COP, a gente possa ver finalmente destravado e o brasileiro que precisa de emprego, que precisa de renda, possa ver como todos os países, todos os países que têm petróleo o exploram”, observou.
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Brasil
Brasil alcança a liderança global na produção de carne bovina em 2025, segundo o USDA
Resultado reflete o fortalecimento contínuo do sistema nacional de defesa agropecuária, conduzido pelo Mapa, com destaque para a criação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa
O Brasil foi reconhecido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) como o maior exportador de carne bovina do mundo em 2025. A conquista reflete o fortalecimento contínuo do sistema nacional de defesa agropecuária, conduzido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que investiu em:
- prevenção estratégica
- vigilância sanitária; e
- ampliação da força de trabalho.
O marco ocorre após o reconhecimento internacional do país como livre de febre aftosa sem vacinação, certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Para o ministro Carlos Fávaro, “a força desse sistema permite conquistas históricas. Ser reconhecido pelo USDA como o maior produtor mundial de carne bovina é um orgulho brasileiro”.
Os resultados refletem a adoção de medidas estruturantes que elevam o nível de segurança sanitária da produção agropecuária, ampliam o acesso a mercados internacionais e fortalecem a confiança do Brasil junto a parceiros comerciais mais exigentes.
Medidas
Entre as principais iniciativas está a criação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa, medida que fortalece a capacidade de resposta rápida a eventuais emergências sanitárias. O repositório assegura a disponibilidade imediata de antígenos para a produção de vacinas, caso necessário, em consonância com as práticas internacionais recomendadas pela OMSA.
Além da prevenção, o Mapa avançou no reforço das ações de fiscalização e inspeção sanitária. Portarias publicadas no Diário Oficial credenciaram as primeiras empresas para apoiar atividades de inspeção ante mortem e post mortem em animais destinados ao abate. Os serviços serão executados por médicos-veterinários contratados, sob supervisão de auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs), sem alteração das competências legais do Serviço de Inspeção Federal (SIF).
Paralelamente, o Ministério promove a convocação de novos servidores aprovados em concurso público, para fortalecer a presença do Estado em ações de vigilância e controle sanitário em todo o país.
“Isso mostra a robustez do sistema, mostra que o Brasil está preparado, porque as crises sanitárias são cada vez mais recorrentes”, ressaltou Fávaro.
Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa
A implantação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa representa um avanço estratégico na biossegurança e na proteção da pecuária nacional. O repositório segue recomendações da OMSA e conta com parcerias do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e da empresa argentina Biogénesis Bagó.
“Estamos fazendo a nossa parte ao investir no banco de antígenos. É um investimento que garante a continuidade de um processo extraordinário que o Brasil conseguiu alcançar”, afirmou o ministro Carlos Fávaro.
Segundo o presidente do Tecpar, Eduardo Marafon, “a criação do banco brasileiro de antígenos evidencia a nossa marca de prevenção, precaução e atenção permanente à agropecuária brasileira. O modelo adotado é moderno e eficiente, ao garantir a manutenção de um estoque estratégico de antígenos”.
Com investimento de R$ 48 milhões, a iniciativa prevê a produção de até 10 milhões de doses, capazes de viabilizar de imediato a fabricação de vacinas em situações emergenciais e assegurar a distribuição ágil conforme demanda do Mapa. “Este é um sonho que sonhamos há muito tempo, cuidadosamente planejado e agora executado”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.
Os antígenos produzidos serão submetidos a rigorosos testes de controle de qualidade, sob supervisão do Governo Federal, a fim de assegurar eficácia, segurança e confiabilidade do material armazenado.
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Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 62 milhões neste sábado

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. Ninguém acertou as dezenas no sorteio passado, realizado na quinta-feira (18).
As apostas podem ser feitas até as 20h (horário de Brasília) de hoje, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa.
Para o bolão, o sistema fica disponível até as 20h30 no portal Loterias Caixa e no aplicativo Loterias Caixa.
A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 6.
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TST determina manutenção de 80% do efetivo durante greve dos Correios

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
A ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou nesta sexta-feira (19) que os trabalhadores dos Correios mantenham 80% do efetivo em atividade durante a greve da categoria, iniciada na última terça-feira (16).
A medida liminar foi concedida a pedido da estatal contra os sindicatos que representam os funcionários. Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária de R$ 100 mil por sindicato.
A greve está concentrada em nove estados (Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
No entendimento da ministra, o serviço postal tem caráter essencial e não pode ser paralisado totalmente. Além disso, Katia Arruda ressaltou que a greve foi deflagrada em meio ao dissídio coletivo que tramita no TST.
Os funcionários reivindicam a aprovação de um novo acordo coletivo de trabalho, reajuste salarial e soluções para a crise financeira da estatal, que vai precisar de um empréstimo de R$ 12 bilhões, garantidos pelo Tesouro, para cobrir os recentes prejuízos.
Os Correios informaram que todas as agências estão abertas e que a empresa adotou medidas de contingência para minimizar os impactos para a população.


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