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Acre

Barqueiros e pequenas empresas de transporte fluvial suspendem operações devido ao baixo nível de rio: ‘Estamos encalhando’

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Barcos que circulavam pelo Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, suspenderam atividades por conta do baixo nível do manancial, que aumenta os riscos na navegação e afeta no transporte de pessoas e mantimentos para cidades vizinhas.

A seca que se agrava nesse período, também levou as empresas que ainda estavam operando no transporte de passageiros para os municípios que não são ligados por estrada. Foto: internet 

Empresas que transportam passageiros e mantimentos do município de Cruzeiro do Sul, para os municípios isolados de Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, além de Ipixuna (AM), suspenderam as operações devido ao baixo volume de água do Rio Juruá. A seca também causa impactos no escoamento da produção das comunidades ribeirinhas.

O transporte é feito por barqueiros independentes e pequenas empresas e não é possível dizer com segurança quantos enfrentam o problema, mas quando a navegação é possível, uma média de cinco barqueiros se revezam no porto da cidade toda semana.

A seca também causa impactos no escoamento da produção das comunidades ribeirinhas do interior. Foto: cedida

O baixo nível de água do Rio Juruá já está dificultando a navegação das embarcações maiores que abastecem os municípios mais isolados da região. A seca que se agrava nesse período, também levou as empresas que ainda estavam operando no transporte de passageiros para os municípios que não são ligados por estrada, a suspenderem as atividades.

O representante de uma das empresas de transporte fluvial, Jair Lopes, conta que há embarcações que estavam tentando manter as atividades mesmo com o baixo nível do rio, porém foi necessário suspender.

A medição do manancial nesta sexta-feira (30) ficou estabelecida em 4,62 metros, segundo o relatório hidrometeorológico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

O baixíssimo volume de água do Rio Juruá afeta os moradores das cidades ao longo do manancial de várias formas. A situação compromete a segurança alimentar e a mobilidade das comunidades, causando prejuízos em Cruzeiro do Sul.

Os pescadores artesanais que dependem exclusivamente da pesca para garantir sua renda e sustento, estão em dificuldades. A quantidade de peixes nos pesqueiros diminuiu em mais de 60%, o que afeta diretamente a segurança alimentar das famílias.

“Há lanchas que carregavam 30 passageiros e para ajudar o pessoal para ficar mantendo a viagem, foi diminuído para 10 [passageiros] e não estava levando bagagem, mas mesmo assim não dava para viajar. A questão do rio seco não vai poder viajar, mas para ir Ipixuna (AM), é só quando der água”, disse.

A seca que se agrava nesse período, também levou as empresas que ainda estavam operando no transporte de passageiros para os municípios que não são ligados por estrada, a suspenderem as atividades.

O representante de uma das empresas de transporte fluvial, Jair Lopes, conta que há embarcações que estavam tentando manter as atividades mesmo com o baixo nível do rio, porém foi necessário suspender.

A medição do manancial nesta sexta-feira (30) ficou estabelecida em 4,62 metros, segundo o relatório hidrometeorológico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Embarcações enfrentavam dificuldade para transitar no Rio Juruá. Foto: Mazinho Rogério

Além das dificuldades para navegar, as empresas também afirmam que as despesas aumentaram e as operações e as condições atuais do Rio Juruá oferecem riscos aos passageiros. “Tanto demora mais a viagem, como gasta o combustível, como gasta o motor, quebra a rabeta, a paleta, tudo acaba. Tem bastante gente procurando a viagem, mas não tem como viajar”, afirma Alemão.

Em Cruzeiro do Sul, o nível do rio se mantém acima da cota de alerta mínima, que é de 2,30 metros, mas em outras comunidades da região, os moradores afirmam que nunca tinham visto o manancial com o nível tão baixo. Um deles é o agricultor Nivaldo do Carmo.

“Eu nunca tinha visto o rio tão seco dessa forma, eu moro aqui pra baixo, tem muitas partes do rio que o rio tá em tempo de apartar, bem fácil de apartar (partir), bem estreito. Nós estamos caindo num bote, uma canoinha. Nós estamos encalhando (ficando presos) no meio do rio, se perder o canal já foi. Um vacilozinho o cara bate em um pau, já foi. Tá complicada a situação”, comenta o agricultor.

O indigenista aposentado da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Antônio Macedo, que voltou de uma viagem ao Alto Rio Juruá e afluentes.

Diz que a situação de seca é alarmante. “Todos os rios da alto bacia do Juruá estão muito secos, dado os efeitos das mudanças climáticas. A situação é alarmante porque ainda estamos no final do inverno Amazônico, quando ainda há chuvas e já está seco assim. Em setembro, no auge do verão, não sabemos qual será o cenário. Os rios, além de serem as estradas, são fonte de alimentos para os ribeirinhos. Sem água não há vida”, conclui preocupado o “Txai ” Macedo.

Rio Tejo, um dos afluentes do Juruá, na região do município de Marechal Thaumaturgo, dizem que o manancial está quase seco nas cabeceiras. Outros mananciais, como o Bagé, também apresentam baixo volume de água.

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Helicóptero auxilia fiscalização de monitorados durante a madrugada de domingo

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Foto: Imagem ilustrativa I Mariana Moreira/SEJUSP

Uma ação da Divisão de Monitoramento Eletrônico (DME) do Instituto de Administração Penitenciária do Acre – IAPENA, com apoio da Polícia Penal, do Grupo Especial de Operações em Fronteira e do Centro Integrado de Operações Aéreas – CIOPAER, ocorrida na madrugada de sábado (10) para este domingo (11), fiscalizou e orientou a presença de pessoas monitoradas em casas noturnas.

De acordo com a assessoria do IAPEN, antes da ação, os alvos receberam o sinal sonoro na tornozeleira e uma ligação. Depois que o setor responsável pelo monitoramento não conseguiu contato, equipes abordaram os monitorados que estavam no local, e orientaram que os mesmos voltassem para suas residências.

Foram feitas orientações os monitorados que estavam em descumprimento às regras da monitoração eletrônica e frequentando locais onde não é autorizado a permanência. Após o descumprimento das regras de monitoração, é gerado um relatório que será encaminhado ao judiciário, onde um magistrado decidirá sobre a aplicação das penalidades previstas.

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Mega-Sena acumula e prêmio sobe para R$ 55 milhões; confira dezenas

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Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Ninguém acertou as seis dezenas sorteadas hoje no concurso 2861 da Mega-Sena.

O que aconteceu:

Os números sorteados foram 02-21-27-46-51-53.

O próximo concurso será realizado na terça, com prêmio estimado de R$ 55 milhões.

55 apostas acertaram cinco dezenas e ganharam R$ 72.740,95.

Houve 5.930 jogos vencedores com quatro números; cada um deles leva R$ 963,80.

 

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Acre

ExpoAcre 2025 está ameaçada de não acontecer por burocracia nunca vista antes na SPU-AC

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Foto: Jardy Lopes

Pela primeira vez em 50 anos, a maior feira de negócios do Acre, a Expoacre, está ameaçada de não acontecer por burocracias nunca vistas antes impostas pela Superintendência da Secretaria do Patrimônio da União no Acre (SPU-AC).

Na contramão das realizações das 49 edições anteriores, o atual titular da SPU-AC, Tiago Mourão, tem dificultado a parceria do governo federal com o governo do Acre, no que diz respeito à cessão do parque cujas terras pertencem à União e onde a feira é realizada todos os anos.

Segundo documentos do governo do Estado, a que a reportagem teve acesso, há uma sequência de ofícios enviadas à SPU-AC, desde o início do mês de abril, solicitando a liberação para que os trabalhos de preparação do parque sejam realizados em tempo hábil.

Indagado sobre o que poderia estar acontecendo, o secretário de Estado de Agricultura, Luiz Tchê, foi enfático ao afirmar que lhe causa estranheza as afirmações do titular da SPU-AC, inclusive publicadas em notas na imprensa, segundo as quais ele não teria recebido “nenhum ofício solicitando a permissão para uso do parque – Terras da União” e ainda que “foi uma surpresa para ele ao ver a divulgação do calendário do evento”.

O governo não vai ceder a caprichos

Também questionado pela reportagem sobre a articulação entre as instituições, o secretário de Estado de Governo, Luiz Calixto, afirmou de forma incisiva que o Estado fará tudo que estiver ao seu alcance para que a Expoacre seja realizada.

“O governo do Estado não vai ceder a caprichos e nem à vaidade de pessoas que estão em cargos onde deveriam representar interesses maiores em detrimento dos seus. Pela primeira vez estamos enfrentando esse tipo de problema, com o atual superintendente da SPU-AC criando embargos na tentativa de atrapalhar a parceria do Estado com o governo Federal na realização da Expoacre que é o maior evento de negócios do Acre”, disse.

Foto: Sérgio Vale

Ainda de acordo com Calixto, mesmo com as dificuldades impostas, o governo do Estado seguirá fazendo sua parte no sentido de garantir que a Expoacre aconteça dada sua importância para a economia.

“Nós vamos proceder como sempre procedemos, realizando os devidos pagamentos, a manutenção do parque que, alías, é válido dizer que é a única época do ano que o local recebe manutenção e melhorias. Depois da realização da feira, fica depredado, abandonado. O Estado sempre realizou a feira de forma parceria com o governo federal e é o que vamos fazer com o apoio da classe empresarial, dos pequenos comerciantes e de toda a população que é a maior beneficiada”.

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