Brasil
Banco depositou acidentalmente US$ 50 bilhões na conta de família nos EUA
Banco reconheceu erro e estornou o valor; dono da conta disse que não gastaria o dinheiro por questões morais

Foto: Banco depositou acidentalmente US$ 50 bilhões na conta de uma família da Louisiana. Uma parte desta imagem foi desfocada pela CNN para proteger informações pessoais/Reprodução
Alaa Elassar, da CNN
Por quatro dias, Darren James e sua família foram multibilionários. O corretor de imóveis de Baton Rouge, Louisiana, nos Estados Unidos, e sua esposa estavam fazendo uma verificação de rotina em suas finanças no sábado passado (26), quando perceberam que US$ 50 bilhões haviam sido depositados por engano em sua conta do Chase Bank.
“Isso não é como um erro de um ou dois zeros, é alguém que adormeceu com dedo no teclado”, brincou James. “Eu fiquei animado, com certeza. Realmente surpreso como aquilo apareceu lá e me perguntei se eu tinha um tio rico que tinha me dado o dinheiro.”
Mas, para sua decepção, não foi uma herança – apenas um erro incrivelmente incomum.
O Chase Bank restaurou o saldo correto da conta da família na terça-feira (29), disse James.
“Ainda estamos tentando descobrir o que aconteceu, por que aconteceu, como aconteceu, mas sabemos que não somos os únicos com quem isso aconteceu”, disse ele à CNN. “A preocupação é se minha conta foi comprometida e o banco nem me ligou. Não ouvimos nada de ninguém.”
O Chase Bank reconheceu o erro para a CNN, mas deu um prazo diferente para quando o erro foi corrigido.
“Tivemos uma falha técnica algumas semanas atrás, afetando um número limitado de contas. O problema foi resolvido um dia depois e todas as contas estão mostrando saldos precisos”, disse a porta-voz do Chase Bank, Amy Bonitatibus, à CNN.
Pessoas que gastam dinheiro depositado por engano em suas contas bancárias podem ser obrigadas a devolver os fundos, pagar taxas e até mesmo serem acusadas de crimes. Em 2019, um casal da Pensilvânia enfrentou acusações de roubo após seu banco depositar acidentalmente US$ 120.000 em sua conta, e o casal gastou a maior parte em vez de entrar em contato com o banco, disse a polícia.
Mas James disse que nunca considerou gastar parte do dinheiro.
“Minha bússola moral só vai para um lado e esse é o caminho correto”, disse ele. “Há uma grande diferença entre moralidade e legalidade. Honestidade e bom caráter moral imediatamente entraram em ação, não podemos fazer nada com o dinheiro. Eu não o ganhei, não é nosso para gastá-lo.”
Ainda assim, ele brincou: “A menos que tenha sido um tio rico ou um daqueles e-mails que provavelmente respondi de um príncipe da Arábia Saudita que prometeu me dar US$ 50 bilhões, a história seria diferente.”
James disse que se a família conseguisse ficar com o dinheiro, eles teriam tentado “abençoar” outros necessitados.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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