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Assuero aponta entraves para o futuro do agro no Acre e reforça falas de sindicalistas sobre burocracias
Por Wanglézio Braga
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (FAEAC), Assuero Veronez, fez um contundente alerta durante entrevista ao Portal Acre Mais. Ele reforçou a crítica feita pelos presidentes dos sindicatos rurais, durante encontro, sobre a burocracia, que, segundo ele, sufoca o setor rural no estado, impedindo o crescimento econômico e contribuindo para o êxodo de jovens em busca de oportunidades fora do Acre.
“Essa rede burocrática abraça a produção rural e trava o desenvolvimento. Precisamos negociar diariamente com políticos e órgãos federais e estaduais para resolver questões ambientais, fundiárias e de crédito. É uma luta constante”, destacou Veronez.
Segundo ele, o agronegócio é a maior vocação do Acre, com atividades como pecuária, soja, milho e café crescendo, mas enfrentando enormes dificuldades devido à falta de apoio tecnológico e barreiras regulatórias.
“Precisamos produzir mais, ser mais competentes e garantir que nossos produtores vivam de forma mais digna. Sem produção, não há indústria, não há empregos, e nossos jovens continuam indo embora”, lamentou.
Veronez afirmou que o foco da federação em 2025 será intensificar o trabalho para superar esses desafios, buscando criar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento do setor rural acreano. “No próximo ano, almejamos trabalho, trabalho, trabalho”, finalizou.
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Rogério Furtado é condenado a 46 anos de prisão por homicídio e ligação com facção criminosa em Rio Branco
Crimes ocorreram em 2016 no bairro Recanto dos Buritis; mesmo com nova condenação, réu poderá recorrer em liberdade
O detento Rogério Furtado dos Santos foi condenado a 46 anos de prisão pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e integração a organização criminosa. A sentença foi proferida nesta quarta-feira (15) pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, durante sessão realizada no Fórum Criminal da capital acreana.
Segundo informações da TV 5, os jurados acolheram integralmente a tese da acusação apresentada pelo promotor Hildo Maximiano. Rogério foi condenado pela morte de Mike Wesley Santos Barrosa, pela tentativa de homicídio contra o irmão da vítima — à época um adolescente — e por integrar uma facção criminosa.
Os crimes ocorreram na tarde de 8 de abril de 2016, na Rua Serra do Boa, no bairro Recanto dos Buritis. Conforme a denúncia do Ministério Público, as vítimas estavam em frente a uma residência quando foram surpreendidas por disparos de arma de fogo efetuados por Rogério, conhecido no meio criminal como “Compassa”.
Apesar da gravidade dos crimes, o juiz Fábio Farias concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade.
Essa não é a primeira condenação de Rogério Furtado. Em abril de 2022, ele já havia sido sentenciado a quase 36 anos de prisão pelo assassinato de Gilmar Gomes de Souza Neto, ocorrido em fevereiro de 2020 no conjunto habitacional Cidade do Povo. O crime ganhou repercussão por ter sido transmitido ao vivo por chamada de vídeo em um grupo de WhatsApp. À época, Rogério foi apontado como o mandante da execução.
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Acre vai na contramão da Amazônia e aumenta em 30% área desmatada em 2024, aponta MapBiomas
Relatório anual revela que, enquanto desmatamento caiu nos demais estados da Amazônia Legal, Acre foi o único a registrar alta; país teve queda de 32,4% na perda de vegetação nativa

Ramom Aquim/Infoamazônia
O Acre foi o único estado da Amazônia Legal que registrou aumento no desmatamento em 2024, conforme aponta o Relatório Anual de Desmatamento divulgado nesta quinta-feira (15) pelo MapBiomas. A apresentação ocorreu na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), em Brasília.
Segundo o levantamento, o estado acreano teve um crescimento de 30% na área desmatada em comparação a 2023, contrariando a tendência observada nos demais estados da região amazônica, que apresentaram redução nas taxas de perda de vegetação nativa. O relatório destacou o avanço positivo no combate ao desmatamento na maior parte da Amazônia Legal, com o Acre seguindo na contramão.
Ainda assim, a região da Amacro — formada por Acre, Amazonas e Rondônia — teve uma redução geral de 13% no desmatamento em 2024. No total, foram emitidos 5.753 alertas para a região, somando 89.826 hectares desmatados.
O Pará continua liderando o ranking de desmatamento acumulado entre 2019 e 2024, com quase 2 milhões de hectares devastados (1.984.813,8 ha).
Em nível nacional, o relatório trouxe um dado inédito: pela primeira vez desde 2019, todos os biomas brasileiros registraram redução na perda de vegetação nativa — com exceção da Mata Atlântica, que se manteve estável. A área total desmatada no país caiu 32,4% em relação a 2023, e o número de alertas validados diminuiu 26,9%, totalizando 60.983 ocorrências e 1.242.079 hectares desmatados.
O tamanho médio das áreas atingidas também foi menor, com queda de 31% nos alertas que ultrapassam 100 hectares. O dia mais crítico do ano foi 21 de junho, quando 3.542 hectares foram desmatados em apenas 24 horas. Ao longo de 2024, a média diária foi de 3.403 hectares — cerca de 141,8 hectares por hora.
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Foragido da Justiça de Rondônia é preso com munições de uso restrito em Rio Branco
Manoel Claudenir Araújo de Lima foi capturado no Conjunto Universitário durante operação conjunta entre a DRACO e a Polícia Civil de Rondônia; ele foi autuado por posse ilegal de munição

Foto: TV5/REPRODUÇÃO
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