Brasil
Apostas para a Dupla de Páscoa começam nesta segunda-feira
A Dupla de Páscoa, primeiro concurso especial das Loterias Caixa de 2025, inicia período de apostas nesta segunda-feira (17). O prêmio do concurso nº 2.797, estimado em R$ 30 milhões, será sorteado no dia 19 de abril, sábado que antecede o Domingo de Páscoa.
As apostas podem ser feitas nas lotéricas de todo o país, no portal Loterias Caixa e app Loterias Caixa. A aposta simples custa R$ 2,50.
Como nos demais concursos especiais, a Dupla de Páscoa não acumula. No primeiro sorteio, se não houver ganhadores na faixa principal (seis acertos), o prêmio será dividido entre os acertadores da quina (cinco acertos) e, assim, sucessivamente, conforme as regras da modalidade.
Caso apenas um apostador leve o prêmio de R$ 30 milhões e aplique na poupança, receberá um rendimento de aproximadamente R$ 162 mil no primeiro mês.
Esta é a nona edição do concurso especial da Dupla Sena. O maior prêmio da modalidade foi o da Dupla de Páscoa de 2024, quando duas apostas dividiram o total de R$ 37,5 milhões.
Para jogar é simples, basta escolher de 6 a 15 números dentre os 50 disponíveis no volante.
Comentários
Brasil
Mais Médicos terá novo edital com 2,2 mil médicos e cadastro reserva, anuncia Padilha
Processo de seleção deve ser aberto nesta segunda (17) com a indicação, por gestores municipais, de onde há ausência de profissionais. Ministro da Saúde também afirmou que pasta terá sala de situação para monitorar fila do SUS.
Mais Médicos terá novo edital com 2,2 mil médicos e cadastro reserva, anuncia Padilha
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta segunda-feira (17) a abertura de um novo edital de contratação de profissionais para o programa Mais Médicos.
Serão mais de 2,2 mil vagas para atendimento e reposição de médicos em municípios que já participam do programa.
O edital deve ser liberado ainda nesta segunda. Em um primeiro momento, gestores municipais deverão confirmar a adesão do município ao programa e a necessidade de postos no local. Somente depois disso as inscrições estarão abertas para médicos.
A expectativa, segundo a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, é que os profissionais assumam postos a partir de maio.
“O cadastro de reserva é um instrumento para agilizar a chegada caso haja uma sinalização do município de que é necessário o profissional. A gente garante uma reposição num curto espaço de tempo”, disse o secretário em coletiva à imprensa nesta segunda.
O governo manterá, neste primeiro edital de 2025, a reserva de vagas para pessoas com deficiência e para negros, indígenas e quilombolas. As cotas na seleção do Mais Médicos haviam sido introduzidas no último ano.
🔎O Mais Médicos é um programa que leva médicos para regiões nas quais há escassez ou ausência desses profissionais. Os selecionados atuam em equipes de saúde da família, responsáveis pelos primeiros atendimentos na rede pública de saúde e por encaminhar os pacientes para outras especialidades.
Hoje, o programa está presente em mais de 4,7 mil municípios do Brasil. O ministro da Saúde afirmou à imprensa que, com o novo edital anunciado nesta segunda, o número de profissionais espalhados pelo país ultrapassará 28 mil.
“Vamos assinar hoje, publicar, um edital de abertura de contratação de mais 2.200 vagas de médicos do Mais Médicos. Com essas mais de 2,2 mil vagas, a gente chega a 28 mil médicos e médicas distribuídos em todo o país, o que significa hoje o atendimento de 60 milhões de brasileiros”, disse Alexandre Padilha.
Acesso a especialidades
Segundo Padilha, os médicos que serão admitidos pelo novo edital passarão por formações voltadas a ampliar os esforços do governo federal para diminuir a fila de espera de atendimento em especialidades.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocou como prioridade a diminuição, em todo país, da espera na rede pública de saúde para atendimento médico de média e alta complexidade.
O governo já tem trabalhado, desde o último ano, para implementar ações de redução da fila no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Eles [os médicos], a partir desse momento também, integram mais fortemente essa rede que busca reduzir o tempo de espera para atendimento de especialidades no nosso país”, declarou Padilha.
À imprensa, o ministro Alexandre Padilha anunciou que o Ministério da Saúdeinstalou nesta segunda uma sala de situação para avaliar e formular novas ações para garantir mais acesso a especialidades na saúde pública.
O espaço, segundo ele, reúne todas as secretarias da pasta e deve, em até 30 dias, desenhar o que poderá ser feito pelo governo federal para acelerar o atendimento de média e alta complexidade em todo país.
No ano passado, a então ministra Nísia Trindade lançou o programa Mais Acesso a Especialistas, que tinha justamente o objetivo de reduzir a fila no SUS. De acordo com Padilha, os esforços feitos pela gestão de Nísia também serão avaliados pela sala de situação.
O ministro afirmou que o objetivo é ampliar o que já havia sendo feito pela ex-ministra e ampliar o diálogo da pasta com gestores municipais e estaduais da saúde.
Novo formato de repasses no SUS
O ministro Alexandre Padilha voltou a defender, durante coletiva à imprensa, a revisão da tabela do SUS, mecanismo que define os valores pagos pelo governo a hospitais e clínicas privadas que atendem a rede pública.
Padilha defendeu a criação de uma tabela que “poupa tempo de atendimento”, repassando valores maiores a hospitais, Santas Casas e ambulatórios de especialidades que atendam pacientes dentro do prazo.
“Esses médicos, do Mais Médicos, têm papel fundamental em já encaminhar para esse fluxo prioritário que busca poupar o tempo. Vamos colocar uma tabela que poupa tempo para que receba mais quem atender em menos tempo”, afirmou.
Comentários
Brasil
CVM investiga ministros de Lula que ganharam cargos em conselho de empresa privada
Comissão de Valores Mobiliários abriu processo para apurar nomeação de Carlos Lupi (Previdência), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Vinicius Marques de Carvalho (CGU) para o Conselho de Administração da metalúrgica Tupy sem consulta prévia de conflito de interesses à comissão de Ética; ministros dizem que procedimento do BNDES descartou riscos
BRASÍLIA – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu processo administrativo para apurar possíveis irregularidades na nomeação de três ministros de Luiz Inácio Lula da Silva para cargos em conselho de empresa privada. No entendimento do órgão, que regula o mercado de capitais no País, os titulares da Previdência, Carlos Lupi, da Igualdade Racial, Anielle Franco, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, deveriam ter realizado consulta formal sobre eventual conflito de interesses antes de assumirem cadeiras no Conselho de Administração da Tupy, uma metalúrgica multinacional com ações negociadas na Bolsa de Valores.
Os mandatos deles na empresa tiveram início em 2023 por indicação da BNDES Participações (BNDESPar), estatal que detém 28,19% das ações da Tupy, mas seus casos só foram enviados para análise da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência no fim do ano passado, após a CVM enviar ofício à companhia com questionamentos.
Após a consulta, a CEP emitiu parecer favorável à participação dos ministros no conselho da Tupy, mas o assunto não se encerrou. A comissão ainda vai decidir, em reunião no próximo dia 24, se deve ser aberto processo por violação ética pelo fato de os ministros não terem feito consulta prévia à CEP antes de assumir a função no conselho da empresa privada.
Os ministros da Igualdade Racial, Anielle Franco, da Previdência, Carlos Lupi, e da Controladoria Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, assumiram cargos no Conselho de Administração da Tupy sem consultar a Comissão de Ética Pública (CEP). A indicação deles partiu da BNDESPar, estatal que tem 28,19% das ações da empresa de metalurgia. Foto: Pedro Kirilos/ESTADÃO, Wilton Junior/ESTADÃO e Rafael Neddermeyer/EBC
Procurada, a Casa Civil informou que a CEP irá deliberar “sobre a instauração, ou não, de procedimento ético em face dos referidos ministros”. Esse tipo de processo pode resultar em aplicação de “censura ética”, uma penalização válida por três anos e que funciona como uma “mancha” no currículo de servidores do Executivo.
A Tupy afirmou que a eleição para membros do conselho, segue as políticas internas da companhia e “é baseada na autodeclaração do candidato sobre o cumprimento da legislação aplicável”. Por meio de suas assessorias, os ministros disseram ter se submetido ao processo realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em que não se identificou risco de conflito de interesses.
Em documento enviado à Tupy em outubro do ano passado, a CVM destaca que a Lei de Conflito de Interesses prevê que pessoas com cargos ou empregos na administração pública federal só devem exercer atividade privada mediante autorização da Comissão de Ética. Também recomenda que a empresa passe a exigir dos agentes públicos a comprovação de consulta formal e parecer de inexistência de conflito de interesses antes de nomeá-los a postos executivos.
Após a reprimenda da autarquia e com atraso de mais de um ano, os três ministros formularam consulta e obtiveram, no início deste ano, pareceres favoráveis à sua atuação na Tupy e que serão submetidos aos demais integrantes da Comissão de Ética.
O presidente do colegiado, Manoel Caetano Ferreira Filho, relator dos processos relacionados aos ministros, considerou que a indicação deles para os cargos é legítima, pois garante à União “representação qualificada e vinculada ao interesse público nesses órgãos de governança, contribuindo para a supervisão estratégica e para a proteção do patrimônio estatal”.

O presidente da Comissão de Ética Pública, Manoel Caetano Ferreira Filho Foto: Presidência da República / reprodução
A Tupy é privada, mas sofre ingerência do governo devido à participação da BNDESPar e dos fundos de pensão do Banco do Brasil, a Previ, e da Petrobras, a Petros, que também estão entre os principais acionistas.
As indicações de ministros a empresas nas quais entidades ligadas à administração pública têm influência direta não são só um mecanismo para assegurar o papel da União como investidora. Servem também para garantir a eles complementação ao salário de R$ 44 mil que recebem dos cofres públicos e para equiparar seus vencimentos aos de executivos da iniciativa privada, ainda que não tenham qualificação condizente com a posição.
A ministra Anielle Franco, por exemplo, é formada em letras e jornalismo e fez mestrado em relações étnicorraciais. No currículo, tem experiências profissionais como professora de inglês em escolas do Rio de Janeiro e como diretora do Instituto Marielle Franco, ONG ligada à pauta de direitos humanos.
Nenhuma dessas atividades guarda relação direta com a área finalística da Tupy, que tem foco na produção de componentes estruturais em ferro fundido.
A remuneração paga pela Tupy aos membros do seu Conselho de Administração em 2024 foi de R$ 4,28 milhões, o equivalente, na média, a um salário de R$ 39 mil por mês para cada um deles.
Houve ainda proventos de R$ 1,77 milhão por participações em comitês. Os ministros de Lula foram incluídos na repartição destes valores. Anielle faz parte do Comitê de Pessoas, Cultura e Governança, Marques de Carvalho é membro do Comitê de Auditoria e Riscos Estatutário e Lupi, coordenador do Comitê de Estratégia, Inovação e Sustentabilidade.
Com base nesses valores, é possível afirmar que, somados os ganhos pelo cargo público e pela posição na empresa privada, os ministros receberam valores mensais acima de R$ 83 mil, quase o dobro do teto do funcionalismo público federal, de R$ 46 mil.
Em outubro do ano passado, o chefe de gabinete de Marques de Carvalho, Flávio Rezende Dematté, enviou um email ao presidente da CEP, Manoel Caetano Ferreira Filho, em que menciona a cobrança da CVM e pergunta se, no entendimento do colegiado, era necessário a realização de consulta formal.
A resposta só foi enviada um mês depois pela secretária-executiva da CEP, Renata Almeida D’ávila, que corroborou a posição do órgão regulador. “Assim sendo, no exercício do cargo, a autoridade somente poderia exercer atividade privada após devidamente autorizada pela CEP.”
Ela ainda citou cinco processos analisados pela comissão em que ministros e executivos de estatais pediram autorização para ocupar cargos em conselhos de empresas.
O que diz a CGU
O processo de indicação do ministro-chefe da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, para uma vaga no Conselho de Administração da Tupy foi conduzido pelo BNDES. Concluído o referido procedimento e realizado o due diligence (diligência devida), não se identificou risco de conflito de interesse, não acarretando a necessidade de consulta à CEP-PR. Consequentemente, o processo foi levado adiante para a assunção do ministro como conselheiro da empresa.
Tão logo a Tupy S.A. comunicou sobre diligência da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), feita em 04/10/2024, uma mensagem foi encaminhada à CEP-PR em 16/10/2024 buscando a orientação devida sobre como proceder nesta situação. Em 26/11/2024, a diretriz da CEP-PR foi de que fosse formalizada consulta acerca da participação do ministro no conselho da referida empresa, assim como da Brasilcap, o que prontamente foi executado por meio de formulário eletrônico em 13/12/2024.
A CEP-PR se manifestou em 27/01/2025 pela inexistência de conflito de interesses na atuação do ministro como membro do Conselho de Administração e do Comitê de Auditoria e Riscos Estatutários da Tupy S.A., e como membro do Conselho Fiscal da Brasilcap Capitalização S.A. no exercício do cargo de Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União (CGU).
Caso as ações da CGU abarquem as companhias das quais o ministro é conselheiro, aplicam-se as regras de impedimento constantes no Código de Processo Civil. Além disso, para que não se estabeleça conflito de interesse, o agente público não pode divulgar ou fazer uso em proveito de entes privados de informação considerada privilegiada, obtida em razão das atividades exercidas. Também é vedada qualquer atuação em assunto que diga respeito a interesses privados perante órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
O que diz o Ministério da Igualdade Racial
O BNDES conduz os processos de indicação de seus conselheiros e conselheiras, como na Tupy. O procedimento praxe de verificação de impedimentos utilizado é o due diligence (diligência devida), cumprido adequadamente na indicação da ministra Anielle Franco e resultando na não identificação risco de conflito de interesse. Com a etapa concluída positivamente, o BNDES não vislumbrou a necessidade de consulta à Comissão de Ética da Presidência da República (CEP) no caso e prosseguiu com o expediente para que a ministra Anielle Franco assumisse como conselheira da Tupy S.A.
Em outubro de 2024, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) demandou à Tupy informações sobre a consulta de conflito de interesse feita diretamente à CEP. A partir da orientação, foi formalizada a consulta de nº 00191.000055/2025-86 no sistema CEP-PR, que atestou a inexistência de conflito de interesse na atuação da ministra na função de conselheira da Tupy.
O que diz o Ministério da Previdência
O Ministério da Previdência Social informa que a indicação do ministro Carlos Lupi foi feita pelo BNDES. Concluído o procedimento de indicação e realizado o due diligence pelo BNDES quanto ao ministro, não se vislumbrou a necessidade de que se consultasse a CEP no tocante à sua indicação e se prosseguiu com os trâmites para que assumisse como conselheiro da Tupy S.A.
Contudo, após ser informado da solicitação da CVM a respeito foi feita consulta à Comissão no último dia 31 de janeiro deste ano. Aguardamos a devida tramitação e resposta.
O ministro da Previdência Social reforça que a CEP já tem ciência e total acesso à sua declaração patrimonial, inclusive quanto aos rendimentos que recebe da Tupy S.A. Que não vê nenhuma hipótese de conflito de interesses e que não passou por nenhuma situação de eventual suspeição ou impedimento nos atos dos quais participou até o momento na condição de conselheiro da Tupy S.A.
Comentários
Brasil
Operação resgata 25 pessoas em condições de trabalho análogo à escravidão no Rio Madeira
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Inspeção do Trabalho, integrou uma operação conjunta de combate ao análogo à escravidão no Rio Madeira, no Amazonas, onde foram identificados 25 trabalhadores em condições análogas à escravidão, incluindo três menores de idade. A ação, coordenada pela Polícia Federal (PF), contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Polícia Ambiental Militar. A operação ocorreu entre os dias 10 e 14 de março de 2025, na região de Borba, no estado do Amazonas.
De acordo com a equipe de auditores-fiscais do Trabalho, a operação teve como principal objetivo assegurar os direitos dos trabalhadores garimpeiros e intensificar o combate aos crimes relacionados à atividade garimpeira, garantindo a proteção tanto dos trabalhadores quanto do meio ambiente. Durante a fiscalização, foi constatado que os trabalhadores estavam submetidos a condições análogas à escravidão. A Inspeção do Trabalho continuará as investigações para identificar e responsabilizar os envolvidos na exploração.
Além disso, os trabalhadores resgatados terão acesso ao seguro-desemprego, cujas guias serão emitidas, e serão encaminhados para as políticas públicas da rede de assistência social.
A Inspeção Trabalho contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal (PF). A PF acompanhou os auditores-fiscais durante as ações fiscais, garantindo a segurança da operação e assegurando o livre acesso aos locais com indícios de trabalho escravo. O MPT, que esteve presente em toda a operação, adotará as medidas cabíveis para dar continuidade às investigações e responsabilizar os envolvidos.
Denúncias podem ser realizadas de forma anônima por meio do Sistema Ipê.
Informações oficiais sobre as ações de combate ao trabalho análogo à escravidão no Brasil estão disponíveis no Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho.
Por: Agência Gov
Você precisa fazer login para comentar.