Após mais de dois meses, família de jovem que sumiu ao sair de casa no Acre segue sem notícias

Após mais de dois meses, família de jovem que sumiu ao sair de casa segue sem notícias — Foto: Arquivo da família

Por Aline Nascimneto

Após mais de dois meses, os familiares do jovem Miquéias de Souza Silva, de 17 anos, seguem sem informações do paradeiro dele.

A família também aguarda o resultado de um exame de DNA feito para saber se uma ossada achada no dia 9 de setembro no bairro Apolônio Sales é do rapaz.

“Falaram para a gente que não podia comentar nada sobre o caso porque era sigiloso, que a família podia atrapalhar as investigações. Tenho esperança de encontrar ele com vida. Estava muito perturbado da cabeça, andavam falando mal dele, inventando mentiras da vida dele, ficava triste e com raiva”, relembrou a irmã do rapaz, Marina da Silva Souza.

Miquéias Silva sumiu no dia 30 de agosto do bairro Chico Mendes. A família afirma que o adolescente saiu com um cobertor e uma panela com comida para dormir na casa de uma vizinha, que é amiga da família. Silva não tem telefone, mas, no dia do sumiço, falou que ia sair após receber uma ligação.

Os familiares espalharam cartazes com a foto do rapaz pela cidade e registraram um boletim de ocorrência Delegacia de Polícia Civil da 5ª Regional.

Dias após a ossada ser achada, a família do adolescente fez um exame de DNA para saber se os restos mortais são do filho. Porém, o resultado ainda não saiu e a família continua à espera de informações.

“Falaram que o resultado ia sair em dois meses ou mais. Minha mãe mudou de bairro, está trabalhando o dia todo também. Que eu soubesse ele não era de facção, mas andava com alguns membros de uma facção. Ele era usuário de drogas, mas acho que não devia nada para ninguém, até porque acho que procurariam a família para pagar. Não sei o que aconteceu e esperamos uma resposta”, lamentou Marina.

Pedro Gustavo, diretor do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), informou que ainda aguarda o resultado do exame de DNA. “O processo de extração e o exame também são um pouco demorado porque a matriz é em osso, quando o exame é em sangue é mais simples”, explicou.

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Publicado por
G1 Acre