Acre
Após identificar salmonela, Mapa apreende 18,2 toneladas de pescado de indústria no AC
Peixes da Amazônia, em Senador Guiomard, está sob regime especial de fiscalização desde a quinta (17). Empresa diz que segue padrões internos de qualidade e que medidas solicitadas pelo Mapa estão sendo cumpridas.
G1
O Ministério do Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apreendeu mais de 18,2 mil toneladas de pescado produzidos pelo Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia, em Senador Guiomard, no interior do Acre, após a identificação de salmonela no lote.
Desde março, a indústria passou por três análises laboratoriais feitas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF). Os peixes foram retidos na última quinta-feira (17).
Ainda em junho, com o primeiro resultado dos exames e comprovação da bactéria, a empresa foi notificada e o Mapa determinou a revisão do controle interno e elaboração de um plano de ação para resolver o problema, afirma o superintendente do órgão no Acre, Luziel Carvalho.
Porém, na segunda análise, a contaminação foi confirmada novamente. Foram inspecionados lotes de tambaqui, pirarucu e pintado – esse que acabou apreendido.
“No terceiro momento [no último dia 17], quando fizemos análise de um lote, ainda foi identificado salmonela. Então, o programa de controle que precisaria ser revisado e melhorado não foi feito de maneira eficaz e muito menos o plano de ação. Para não tomarmos uma medida drástica, demos a possibilidade da indústria rever e se corrigir, o que não ocorreu”, afirma.
Diante da situação, o ministério decidiu colocar a Peixes da Amazônia sob o chamado Regime Especial de Fiscalização (REF), acarretando uma série de medidas cautelares. Conforme o superintendente, a partir de agora, o produto só pode sair para o mercado mediante exame em laboratório certificado pelo órgão – o mais próximo em Cuiabá (MT). A empresa também deve recolher os itens do lote em que foi achada a bactéria.
Além disso, Carvalho acrescenta que foi feita uma nova determinação para que a indústria revise o sistema de controle interno de qualidade e elabore um plano de ação que corrija a falha. O gestor ressalta que, apesar de apreendido, o pescado pode ser trabalhado na indústria, porém a saída só ocorre mediante o cumprimento dos procedimentos estipulados.
Se o problema persistir, o superintendente afirma que outras sanções podem ser impostas, incluindo até mesmo a paralisação do processo produtivo. Não existe um prazo para que as adequações sejam realizadas. Ainda de acordo com ele, a fiscalização é feita como uma forma de zelar pela qualidade do produto consumido pela população.
“A indústria é senhora e dona do destino dela. Não nos interessa inviabilizar serviço nenhum, só não podemos fechar os olhos para situações que não estão condizendo com o que a legislação cobra. Não fomos radicais, porque poderíamos ter paralisado a indústria, estamos sendo maleáveis. Tudo o que pudemos fazer para minimizar o abalo, nós fizemos”, finaliza.
Outro lado
Ao G1, o diretor-presidente da Peixes da Amazônia, Fábio Vaz Lima, afirmou que as medidas solicitadas pelo ministério estão sendo feitas. Ressaltou que todo o processo de inspeção da qualidade do pescado é realizado internamente.
“Temos nossos exames próprios e o Mapa faz o dele. Quando detectamos, fazemos a mesma coisa: paralisamos e não comercializamos o lote. O do Mapa quer dizer que em algum lugar há um alerta, por isso que teve o regime especial. Não há comercialização com laudo positivo”, falou.
Em nota divulgada à imprensa, o Governo do Acre, que tem participação na indústria, reiterou que o pescado passa por “inspeções de rotina rigorosas, atendendo aos padrões legais de higiene, cumprindo a legislação brasileira”.
“A Peixes da Amazônia é uma empresa que atua no sistema público-privado comunitário, com os equipamentos mais modernos da América Latina, conservando a natureza, fazendo o manejo das águas e produzindo a mais saudável proteína animal. Reafirmamos que iremos continuar trabalhando para fortalecer a economia de baixo carbono e de base diversificada”, disse.
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Acre
Nicolau Júnior destaca papel da Aleac na democracia durante última sessão solene do ano
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), deputado Nicolau Júnior (Progressistas), conduziu nesta quinta-feira (18), no auditório do Detran Acre, a última sessão solene de 2025, marcada pela tradicional entrega de Títulos de Cidadão Acreano e Moções de Aplausos. O momento reuniu autoridades, homenageados, servidores e representantes da sociedade civil em uma celebração de reconhecimento e valorização de quem contribui com o desenvolvimento do Estado.
Em seu discurso, Nicolau Júnior destacou a união e o trabalho coletivo como marcas do ano legislativo. O presidente ressaltou que os desafios enfrentados ao longo do período foram superados graças ao empenho conjunto de deputados, deputadas e servidores da Casa. “Cada desafio vencido foi possível graças à união e ao trabalho incansável de todos, que atuaram com obstinação, superando expectativas”, afirmou.
Ao reforçar o papel institucional do Parlamento, Nicolau enfatizou que o Poder Legislativo representa a alma e o espírito da verdadeira democracia, destacando a integração entre os Poderes, as instituições e a população. Segundo ele, a Aleac se consolida como uma Casa aberta, funcionando como um verdadeiro portal de diálogo para atender as necessidades do povo acreano.
O presidente também classificou a solenidade como um reconhecimento público à sociedade civil e política do Estado, transformando o evento em um marco na história do Parlamento acreano e na cultura de um povo que vive e luta por um Acre cada vez melhor. Para Nicolau, a Assembleia cumpre um papel essencial ao fortalecer a conexão entre o Legislativo e os cidadãos que ajudaram a construir o Estado, incluindo aqueles que vieram de outras regiões e adotaram o Acre como sua terra.
Durante o pronunciamento, Nicolau Júnior agradeceu ao governador Gladson Cameli, aos deputados e deputadas, às instituições parceiras e aos servidores do Poder Legislativo, destacando o compromisso coletivo com o fortalecimento das políticas públicas e da democracia.
Encerrando sua fala, o presidente projetou um futuro de ainda mais trabalho e dedicação. Ele afirmou que, em 2026, o entusiasmo será redobrado para garantir melhores serviços à população na esfera do Poder Legislativo Estadual. “Que 2026 seja um ano de grandes realizações no seio desta Casa e para o desenvolvimento do nosso querido Estado do Acre”, concluiu.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
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Acre
Rio Acre sobe quase três metros em 24 horas em Rio Branco após chuvas intensas
Mesmo com elevação expressiva, nível do rio permanece abaixo das cotas de alerta e transbordo, segundo a Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale/ac24horas
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Acre
Ameaça de desbarrancamento leva Defesa Civil a retirar família de residência

Foto: Defesa Civil de Rio Branco/divulgação
Uma família precisou ser retirada de uma residência localizada na avenida Dorva Caminho, no bairro Areal, em Rio Branco, na quarta-feira (17), após o registro de ameaça de desbarrancamento durante a forte chuva que atingiu a capital acreana.
De acordo com as informações repassadas, o risco foi identificado em meio às ocorrências provocadas pelo grande volume de chuva que caiu ao longo do dia, elevando a instabilidade do solo em áreas consideradas vulneráveis. Diante da situação, a Defesa Civil Municipal realizou a retirada preventiva dos moradores para evitar possíveis acidentes.
O órgão, no entanto, não informou para onde a família foi levada, nem o número de pessoas que habitavam a residência. Também não há detalhes sobre danos estruturais no imóvel ou se o local seguirá interditado.






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