fbpx
Conecte-se conosco

Acre

Após criança ser infectada com HIV em transfusão de sangue, promotora diz que existe ‘falha séria’ na estrutura do Hemoacre

Alessandra afirmou que o sistema tem que trabalhar com o fato de que o doador pode ir até o hemocentro e não falar a verdade na entrevista.

Publicado

em

Promotora Alessandra Marques falou sobre investigação do MP-AC e denúncias que órgão recebeu sobre problemas estruturais no Hemoacre em entrevista à CBN.

Promotora de Defesa da Saúde do Ministério Público do estado (MP-AC), Alessandra Marques (Foto:Yuri Marcel/G1)

 Iryá Rodrigues e Júnia Vasconcelos - G1 Acre

Em entrevista ao programa ‘Audiência Pública’, da CBN, a promotora Alessandra Marques falou sobre o caso da menina de 4 anos infectada pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) após uma transfusão de sangue. Segundo ela, existe uma falha séria na estrutura e organização do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre).

“O que precisa ser pensado, propriamente, é a estrutura do Hemoacre. Tem uma falha muito séria na estrutura e organização do Hemoacre. Então, o MP não está falando diretamente da qualidade dos profissionais que ali trabalham, mas do modo como tem sido gerida essa unidade, que é de fundamental importância para o estado do Acre”, afirmou Alessandra.

_____________________

Representante da Promotora de Defesa da Saúde do Ministério Público do estado (MP-AC), Alessandra comentou sobre o inquérito civil que o órgão instaurou para investigar o caso e sobre uma série de denúncias que chegou até o MP.

_____________________

“O que de fato interessa, é que, em um primeiro momento, as informações que chegaram até o Ministério Público é que a situação do Hemoacre é extremamente precária. Que faltam kits para os exames, que muitas vezes a sociedade é informada de que não existe sangue, mas que, de fato, o sangue fica ali porque não têm os kits para que sejam feitos os exames”, declarou a promotora.

O hematologista e hemoterapeuta Denis Fujimoto também esteve no programa da rádio e falou novamente sobre a janela sorológica. Segundo ele, a sorologia foi um dos primeiros testes desenvolvidos para diagnosticar o HIV. O exame consiste em detectar os anticorpos que tentam combater o vírus.

“O único instrumento hoje que temos para prevenir essa janela sorológica é a triagem clínica, no caso, a entrevista ao doador. Por isso que são feitas perguntas. Realmente, as doenças transmissíveis por transfusão têm muita relação com outros comportamentos humanos. E essas informações são extremamente importantes, porque se houver qualquer suspeita, na dúvida, a gente tem que bloquear aquela doação para evitar esses problemas na atual janela sorológica, que é de sete dias”, disse o médico.

Sobre a questão da janela sorológica e entrevista com os doadores, a promotora falou que é preciso que se preocupe muito mais do que isso. Alessandra afirmou que o sistema tem que trabalhar com o fato de que o doador pode ir até o hemocentro e não falar a verdade na entrevista.

“É muito fácil você chegar diante de um evento tão trágico quanto esse e dizer que, possivelmente, o doador estava na janela imunológica, que não, ele mentiu. Não, o sistema não pode falhar desse jeito, sob pena de responsabilidade civil, criminal e improbidade administrativa, que são as responsabilidades que serão apuradas, inclusive, no inquérito civil”, alertou a promotora.

O médico disse que não é habitual dos doadores mentirem nas entrevistas. “A transfusão mais salvou vidas e vem salvando todos os dias aqui no nosso estado. E, por isso, nossos doadores devem ser considerados como nossos grandes heróis e não é perfil do doador mentir na entrevista”, disse Fujimoto.

Contaminação

Uma menina de 4 anos foi infectada com o vírus HIV após receber uma transfusão de sangue de um doador no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre) em Rio Branco.

O caso foi divulgado por meio de nota, assinada pelo secretário de Saúde do Acre, Gemil Junior, e pela gerente-geral do Hemoacre, Elba Luiza. Os órgãos de saúde afirmam que o caso é uma “fatalidade” e não divulgaram a data em que ocorreu o episódio.

O caso da contaminação é muito raro, de acordo com o hematologista e hemoterapeuta Denis Fujimoto.

O especialista afirmou, durante entrevista ao Jornal do Acre 1ª Edição, que o caso no hemocentro do Acre é o terceiro registrado no Brasil desde a descoberta do HIV, em 1986.

No entanto, no período de ao menos 20 dias, existe a possibilidade de a pessoa ter sido infectada e ainda não ter criado anticorpos o suficiente para serem detectados no exame. Na descoberta da doença, essa janela era de 45 dias, mas foi reduzida para 20 devido ao avanço tecnológico dos testes.

_______________________

“Mesmo que o teste seja mais sensível, ainda vai depender da produção desse anticorpo do paciente. Se após o teste sorológico o resultado é negativo, o sangue é liberado”, explicou.

_______________________

O hematologista afirma que o Hemoacre seguiu as exigências determinadas pelo Ministério da Saúde para garantir a segurança das transfusões. Ele explicou que os testes que devem ser feitos no sangue são para detectar o vírus HIV, hepatite, o vírus-T linfotrópico humano (HTLV), sífilis e doença de Chagas.

Recentemente, de acordo com o especialista, o Ministério da Saúde implantou o Teste de Ácido Nucleico (NAT) que atua pesquisando o vírus no sangue o que consegue reduzir a janela sorológica para sete dias. Porém, reiterou que o exame reduz, mas não zera a janela sorológica.

Para ele, o Ministério da Saúde, após o ocorrido no Acre, pode rever alguns protocolos e até buscar melhorias no NAT para tentar uma melhor cobertura.

Comentários

Continue lendo

Acre

Prefeitos de Assis Brasil e Jordão discutem soluções para destinação do lixo com Bocalom

Publicado

em

Os gestores trataram sobre a criação do consórcio de prefeituras que se unem para dar a destinação correta aos resíduos sólidos de suas cidades

O município de Assis Brasil produz cerca de 40 toneladas de resíduos sólidos por semana, já o município de Jordão, adotará um modelo diferente devido ao seu isolamento geográfico e às restrições ambientais. Foto: Val Fernandes/Secom

Com Ascom

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, recebeu, em seu gabinete, nesta quinta-feira (30), os prefeitos Jerry Coreia, de Assis Brasil e Naudo Ribeiro, do município de Jordão. Os gestores trataram sobre a criação do consórcio de prefeituras que se unem para dar a destinação correta aos resíduos sólidos de suas cidades. A iniciativa busca atender os municípios do Acre, especialmente os mais isolados, que enfrentam dificuldades na gestão de seus lixões a céu aberto.

Jerry: “Nossa gratidão ao prefeito Tião Bocalom pela forma como ele tem priorizado, olhando para os municípios do interior”. Foto: Val Fernandes/Secom

Durante o encontro, o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, destacou a urgência da solução, já que o município acumula mais de R$ 3 milhões em multas por conta de um lixão irregular. Assis Brasil produz cerca de 40 toneladas de resíduos sólidos por semana e pretende encaminhar parte desse volume para tratamento na Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (Utre), em Rio Branco.

“A gente acredita que isso é uma solução não permanente, mas que tiraria os municípios que têm condições de chegar até a capital, neste momento da situação dramática que vive aí junto aos órgãos controladores. Aí vem a nossa gratidão ao prefeito Tião Bocalom pela forma que ele tem também priorizado olhando para os municípios do interior” , disse Jerry Correia.

Naudo: “Jordão pretende instalar uma Usina Termoplástica para reciclar até 80% de seus resíduos”. Foto: Val Fernandes/Secom

Por outro lado, o município de Jordão, adotará um modelo diferente devido ao seu isolamento geográfico e às restrições ambientais. Como alternativa, Jordão pretende instalar uma Usina Termoplástica para reciclar até 80% de seus resíduos, transformando-os em materiais reutilizáveis, como meio-fio e tijolos.

“É uma solução mais rápida que a gente encontrou foi a termoplástico, uma usina que a gente está correndo atrás de instalar no município, para que a gente possa reciclar 80% do lixo do nosso município, podendo melhorar essa situação. Essa é a alternativa mais viável que tem para Jordão e a gente está buscando recurso para que a gente possa executar esse projeto e colocar em prática, mudando a realidade daquele município lá no meio da floresta amazônica, podendo ter aí o resíduo 80% reciclado”, explicou Naudo Ribeiro.

“Quando a gente criou o consórcio foi nesse sentido, no sentido de a gente facilitar as coisas, para poder resolver o problema dos 22 municípios, não apenas de Rio Branco como nós temos hoje e é claro, eu imediatamente me dispus. A Prefeitura de Rio Branco está pronta para ajudar os nossos municípios a buscar soluções. Aí criamos o consórcio, graças a Deus está andando muito bem”, enfatizou Bocalom.

Bocalom: “Quando a gente criou o consórcio foi no sentido de facilitar as coisas, para poder resolver o problema dos 22 municípios”. Foto: Val Fernandes/Secom

Uma reunião com os 13 prefeitos que compõem o consórcio está marcada para o final de fevereiro, onde serão discutidas novas estratégias para o gerenciamento de resíduos sólidos. Além disso, Bocalom mencionou que Rio Branco está investindo em uma usina própria para processar materiais recicláveis e produzir produtos termoplásticos, seguindo o modelo que foi observado em uma visita técnica realizada em Santa Catarina.

Veja vídeo:

“Nós vimos lá a indústria funcionando, realmente é uma alternativa muito boa, e que o município de Jordão, por exemplo, já vai adotar esse projeto aqui e Rio Branco também está comprando, com recursos próprios, uma usina pequena, que vai beneficiar a princípio aí alguma coisa em torno de três toneladas e meio/dia, para transformar o lixo reciclado. A gente vai aqui em Rio Branco receber lixo reciclado, para transformar também em produto termoplástico: pode ser um meio fio, um tijolinho para botar no chão. Tem o que você quiser fazer, o que manda é a forma que você manda fazer, porque o restante é só prensar e você ter o produto que você quiser”, concluiu.

Bocalom: “Quando a gente criou o consórcio foi no sentido de facilitar as coisas, para poder resolver o problema dos 22 municípios”. Foto: Val Fernandes/Secom

Comentários

Continue lendo

Acre

Saúde alerta sobre a importância da vacinação contra a COVID-19 após mortes no Juruá

Publicado

em

A Secretaria Estadual de Saúde reafirma o chamado para que a população busque a imunização e permaneça atenta aos sintomas respiratórios, contribuindo para a proteção coletiva contra a COVID-19

Apesar do aumento de casos nesta temporada, o número de internações e agravamentos tem sido baixo, refletindo a adesão da população às vacinas. Foto: assessoria 

A Secretaria Estadual de Saúde reforçou a importância da vacinação contra a COVID-19 após a confirmação de pelo menos sete mortes causadas pela doença na região do Vale do Juruá. Segundo Diane Carvalho, coordenadora regional de saúde, a equipe segue monitorando atentamente a situação local e orientando a população sobre medidas preventivas necessárias.

A vacinação tem mostrado resultados positivos na redução da transmissão e da gravidade da COVID-19. Carvalho destaca que, apesar do aumento de casos nesta temporada, o número de internações e agravamentos tem sido baixo, refletindo a adesão da população às vacinas.

O estado também se preparou para a temporada sazonal de síndromes gripais, com um dia específico de vacinação em outubro do ano passado, o que ajudou a manter os números confortáveis em comparação ao ano anterior. “É importante que as pessoas com comorbidades, como problemas cardíacos e pulmonares, continuem se protegendo, pois ainda estão em risco”, explica Carvalho.

Além da vacinação, recomendações incluem o uso de máscaras em locais públicos e a higienização frequente das mãos. A Secretaria Estadual de Saúde reafirma o chamado para que a população busque a imunização e permaneça atenta aos sintomas respiratórios, contribuindo para a proteção coletiva contra a COVID-19.

 

Comentários

Continue lendo

Acre

Polícia Civil do Acre participa de curso de capelania e celebra formação do primeiro capelão da instituição

Publicado

em

A capelania é um serviço de apoio espiritual e emocional realizado por capelães treinados, que atuam em hospitais, forças de segurança, escolas, presídios e outras instituições, levando conforto e orientação às pessoas que enfrentam momentos difíceis

Polícia Civil do Acre avança no cuidado com seus agentes e com a sociedade através da capelania. Foto: assessoria/ PCAC.

Nesta sexta-feira, 31, a Polícia Civil do Acre (PCAC) participou do curso de capelania promovido no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Rio Branco. Durante a solenidade, 39 formandos de diversas instituições receberam a certificação e a entrega das insígnias, que simbolizam o compromisso dos capelães em prestar assistência espiritual em diferentes contextos.

A capelania é um serviço de apoio espiritual e emocional realizado por capelães treinados, que atuam em hospitais, forças de segurança, escolas, presídios e outras instituições, levando conforto e orientação às pessoas que enfrentam momentos difíceis.

Entre os formandos estava o agente de polícia Gesly Alves da Rocha, que se tornou o primeiro capelão da PCAC. “Esse é um momento histórico na minha vida, pois vejo um mover de Deus em direção às pessoas por meio de um amor genuíno pelo próximo. Encaro esse desafio como ímpar, pois irei levar mensagens de amor aos que mais precisam. Toda a equipe da nossa instituição estará disponível para oferecer apoio espiritual e emocional”, destacou o capelão.

A vice-governadora Mailza Assis prestigiou a solenidade de certificação dos capelães, reforçando o apoio do governo à capelania na segurança pública. Foto: assessoria/ PCAC.

O delegado Adjunto, Cleylton Videira, presente na solenidade, ressaltou a importância desse marco para a Polícia Civil: “A capelania traz um suporte essencial para nossos policiais, que lidam diariamente com desafios intensos. A nomeação do primeiro capelão da PCAC representa um avanço no cuidado com o bem-estar emocional e espiritual de nossos servidores e da população atendida pela instituição.”

Polícia Civil do Acre forma seu primeiro capelão, agente Gesly Alves da Rocha, para prestar apoio espiritual e emocional. Foto: assessoria/ PCAC.

O coronel e diretor do Ministério Pão Diário, responsável pelo curso, Ailton Bastos também enfatizou a relevância do apoio às capelanias em todo o Brasil. “O trabalho dos capelães é fundamental para fortalecer aqueles que enfrentam desafios físicos e emocionais. Nosso compromisso é continuar apoiando e capacitando esses profissionais, garantindo que mais instituições possam contar com esse suporte essencial”, afirmou.

Alegria para o capelão Gesly e seus familiares ao celebrar essa conquista especial na Polícia Civil do Acre. Foto: assessoria/ PCAC.

Comentários

Continue lendo