Brasil
Após admitir caixa dois, Mônica Moura volta a pedir liberdade ao STF
Ela e João Santana admitiram irregularidade na campanha de Dilma em 2010.
Defesa alega que ela admitiu dinheiro ilícito e que não repetirá conduta.
G1
Dias depois de admitir em depoimento ao juiz Sérgio Moro que houve caixa dois na campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, Mônica Moura, mulher do publiciário e ex-marqueteiro do PT João Santana, voltou a pedir liberdade ao Supremo Tribunal Federal.
Em documento de sete páginas assinado pelo advogado Fábio Tofic, a defesa afirma que ela admitiu “de forma emocionada e sincera” que recebeu dinheiro de forma errada e não irá repetir a conduta. Em razão disso, segundo o pedido, não há razão para manutenção da prisão.
A defesa quer uma liminar (decisão provisória) para ela ser colocada em liberdade mesmo que com medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica e prisão domiciliar.
“Em seu interrogatório, de forma emocionada e sincera, Mônica deixou expresso que reconhecia que a forma de recebimento pelos serviços publicitários que prestava ao Partido dos Trabalhadores era errada, tendo inclusive declarado que a mesma lhe causava grande desconforto e que, por isso mesmo, não será jamais repetida, o que termina por infirmar qualquer risco à ordem pública a partir de suas condutas”, disse ao STF a defesa.
O pedido afirma ao Supremo que ela está em prisão preventiva há cerca de cinco meses, sendo que os motivos são “insuficientes para justificar a medida extrema”.
Conforme a defesa, ela está presa por suposto risco à ordem pública, mas não representa perigos à investigação, já que outros depoimentos atestam que o dinheiro que ela recebeu do PT era oriundo de serviços “lícitos e regulares” devidamente prestados.
“O próprio corréu Zwi Scornicki, ouvido na qualidade de colaborador, declarou expressamente que recebeu orientação de João Vaccari para realizar os pagamentos à Paciente por força dos serviços prestados ao PT, sem que tenha informado a ela a origem espúria dos recursos”, diz a defesa.
O pedido afirma que Mônica Moura tem mostrado “intuito de colaborar com a Justiça criminal brasileira”.
Segundo a defesa, ela se apresentou espontaneamente para ser presa, abriu mão do sigilo bancário e fiscal e nunca movimentou dinheiro no exterior. Além disso, a Justiça bloqueou R$ 25 milões de suas contas para garantir eventual ressarcimento aos cofres públicos.
Caixa 2
Na última quinta (21), o ex-marqueteiro e a mulher Mônica Moura disseram ao juiz federal Sérgio Moro que o pagamento de US$ 4,5 milhões feito pelo engenheiro Zwi Skornick foi de caixa dois da campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010. “Foi caixa dois mesmo”, garantiu Mônica.
Mônica disse que o pagamento era referente a uma dívida de campanha do PT. Segundo ela, restou uma dívida de quase R$ 10 milhões que não foi paga.
Em nota, o PT declarou que todas as operações foram feitas dentro da legalidade que as contas da campanha de 2010 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Já a presidente afastada Dilma Rousseff disse, na sexta, em entrevista a uma rádio do Recife, que não está preocupada com caixa dois. “Não autorizei pagamento de caixa dois a ninguém. Na minha campanha, procurei pagar só o valor que devia”. Dilma ressaltou que, se houve pagamento, não foi com o consentimento dela.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.


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