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Aplicativos, simulações e informações em tempo real: governador conhece plano operacional dos Bombeiros para casos de cheia no Acre

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Capitão Roger Santos, comandante do 1º Batalhão e coordenador da Operação de Desastre Hidrológico em Rio Branco, explicou como a tecnologia e o alinhamento das ações ajudam no atendimento durante desastres como esse.

Governador se reuniu com Corpo de Bombeiros para entender plano operacional em casos de enchente no estado. Foto: José Caminha/Secom

Planejamento, tecnologia e estratégia. Esses têm sido os pilares do Corpo de Bombeiros na produção do Plano Operacional para Desastres Hidrológicos, que se antecipa e reúne ações para uma resposta rápida em caso de enchentes no Acre, como a registrada no ano passado, quando 19 das 22 cidades foram afetadas pela cheia dos rios, atingindo 120 mil pessoas.

A enchente de 2024 foi considerada pelas autoridades o maior desastre ambiental do Acre e, para acompanhar como tem sido a preparação para um cenário parecido, o governador Gladson Cameli esteve no Comando-Geral do Corpo de Bombeiros, onde conheceu o planejamento e foi apresentado aos avanços nas ações de resposta, que consistem no aprimoramento da tecnologia, como a implantação do aplicativo CBMAC Família Segura.

Outro ponto destacado durante a reunião foi a simulação de desastre hidrológico que será realizado nos sete batalhões do estado, que atendem toda a região. Com essas frentes: tecnologia, simulações e desenvolvimento de aplicativos, a corporação pretende se adiantar em algumas operações e também dar mais transparência ao perfil das famílias mais afetadas.

“Isso foi uma demanda solicitada pelo governador. Nesse planejamento, já foi elencado um plano de resposta de desastres hidrológicos que poderá vir a ocorrer ou não, mas de antemão o Corpo de Bombeiros já está preparado para oferecer a mesma resposta com o que foi estabelecido como parâmetro nosso, em 2024. Vão ser realizados simulados, tanto na capital como nas demais cidades onde temos batalhões”, explicou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Charles Santos.

Capitão Roger Santos explicou como vai funcionar o aplicativo implantado para casos de cheia. Foto: José Caminha/Secom

CBMAC Família Segura

Capitão Roger Santos, comandante do 1º Batalhão e coordenador da Operação de Desastre Hidrológico em Rio Branco, explicou como a tecnologia e o alinhamento das ações ajudam no atendimento durante desastres como esse.

“O Corpo Bombeiros para este ano inova na implementação de ferramentas que facilitarão a gestão do desastre. Desenvolvemos um aplicativo que facilitará o cadastro da família retirada. A gente vai conseguir coletar informações, como a quantidade de pessoas que serão transferidas, os bens delas, capturar a coordenada geográfica daquele atendimento, fazer uma singela estratificação, se é indígena, se é homem ou mulher, qual é a faixa etária em que a pessoa se enquadra, para justamente subsidiar as informações para as prefeituras”, detalhou.

Dessa forma, as informações devem ser atualizadas em tempo real, o que vai facilitar a gestão, principalmente na distribuição de recursos.

“Todos os batalhões ficarão integrados com Rio Branco, que vai ser o posto-comando, e as informações vão chegar de maneira automática, em tempo real para a capital. Além disso, a gente também vai fazer o uso de ferramentas já disponibilizadas para a Segurança Pública, possibilitando uma gestão totalmente virtual”, completou.

Governador Gladson Cameli destacou o empenho da corporação e falou do orgulho que tem do Corpo de Bombeiros do Acre. Foto: José Caminha/Secom

Esse aplicativo criado pelos Bombeiros também vai funcionar offline, porque, em um cenário de desastre natural, pode haver intercorrências na internet ou serviço de telefonia.

“O aplicativo precisa ter essas características para justamente atingir a nossa finalidade, que é conseguir coletar informação de uma maneira mais rápida. A forma de consulta dos dados já vai ser ampla, aberta para as pessoas acessarem benefícios sociais ou alguma declaração necessária”, disse o capitão.

 

As informações também poderão ser acessadas pela imprensa ou qualquer cidadão. Ao ouvir os detalhes do planejamento, o governador Gladson Cameli parabenizou a equipe pelo empenho e falou da importância de informações claras sendo divulgadas.

“Tenho muito orgulho em dizer que a equipe dos Bombeiros é capacitada. Procuro, inclusive, visitar alguns batalhões para falar da minha gratidão. Minha continência e respeito por tudo o que vocês estão fazendo para que possamos salvar vidas, porque o mais importante é colocarmos sempre as pessoas em primeiro lugar”, disse.

Plano operacional foi apresentado ao governador Gladson Cameli. Foto: cedida

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Defesa Civil do Acre emite alerta de alto risco para transbordamento do Rio Acre e inundações

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Rio Acre já está meio metro acima da cota de transbordamento em Rio Branco; bairros são atingidos e abrigos começam a ser montados. Alerta vale até segunda-feira (29)

Os dados meteorológicos reforçam a gravidade da situação. Em Rio Branco, o volume de chuvas acumulado em dezembro chegou a 483 milímetros, quase o dobro da média histórica para o mês. Foto: assessoria 

A Defesa Civil do Acre emitiu um alerta de alto risco hidrológico para este domingo com segunda-feira, 29, diante da previsão de fortes chuvas em Rio Branco e em outras regiões do estado. O aviso aponta alta possibilidade de transbordamento do Rio Acre e de seus principais afluentes, o que pode provocar inundações em áreas urbanas e rurais para a capital.

De acordo com o órgão, o cenário é de atenção máxima, especialmente nas localidades ribeirinhas e em áreas historicamente atingidas por cheias. A previsão indica volumes elevados de chuva, capazes de provocar elevação rápida dos níveis dos rios com as vazante em Assis Brasil, como também em Brasiléia e Xapuri.

Em Rio Branco, a situação já é considerada crítica. O Rio Acre encontra-se aproximadamente meio metro acima da cota de transbordamento, medindo 14,40m ao meio-dia, com vários bairros atingidos e os abrigos começaram a ser montados no Parque de Exposições Wildy Viana.

A Defesa Civil reforça que a população dessas áreas deve permanecer atenta aos comunicados oficiais e seguir as orientações de segurança.

O alerta permanece válido enquanto persistirem as condições de chuvas intensas previstas para o estado.

Os dados de chuvas reforçam a gravidade do cenário na capital, o acumulado de dezembro já soma 483 milímetros, quase o dobro da média esperada para o mês. Foto: captada 

Cidades do Acreanas

A situação de emergência hídrica no Acre se agravou no interior do estado. Em Tarauacá, o Rio Tarauacá transbordou, obrigando a retirada de famílias ribeirinhas. Em Santa Rosa do Purus, o Rio Purus também extravasou, afetando aproximadamente 60 famílias. Em Plácido de Castro, a elevação dos igarapés causou alagamentos e a remoção de moradores de áreas de risco.

Os dados meteorológicos reforçam a gravidade da situação. Em Rio Branco, o volume de chuvas acumulado em dezembro chegou a 483 milímetros, quase o dobro da média histórica para o mês. Em Brasileia, foram registrados 436,8 milímetros, 82% acima da média.

A resposta do estado ocorre de forma integrada, com Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e secretarias trabalhando em monitoramento hidrológico, ações preventivas e assistência humanitária. A população é orientada a evitar áreas alagadas e a buscar informações apenas por canais oficiais. Em caso de emergência, os contatos são o Corpo de Bombeiros (193) e a Polícia Militar (190).

Veja vídeo assessoria da prefeitura de Rio Branco:

 

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Dnit libera passagem de carros e ônibus em trecho crítico da BR-364, mas mantém restrição para caminhões carregados

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Obras emergenciais com colchão de pedra e bueiro provisório são iniciadas no igarapé Santa Luzia, em Cruzeiro do Sul. Medida visa conter avanço da água que ameaça romper a pista

Os carros pequenos, ônibus e caminhões vazios podem passar mas os caminhões com cargas vão ter que esperar até que um serviço seja executado no local. Foto: captadas 

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) iniciou obras emergenciais e liberou parcialmente o tráfego no trecho crítico da BR-364 no igarapé Santa Luzia, em Cruzeiro do Sul. Carros de passeio, ônibus e caminhões vazios já podem passar, mas caminhões com carga continuam proibidos de trafegar até a conclusão de um serviço de contenção.

De acordo com o superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, a intervenção consiste na criação de um “colchão de pedra” e na instalação de um bueiro provisório, em um sistema de “pare e siga”. Ele atribuiu o problema ao aumento repentino do volume do igarapé, agravado por aterros irregulares e à presença de açudes próximos à rodovia, que sobrecarregam a capacidade de vazão da estrutura existente. A previsão é que o tráfego pleno seja restabelecido após a conclusão da obra.

O superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, afirmou estar ciente da situação e já mobilizou equipes técnicas para atuar no local. Foto: captada

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PRF interdita BR-364 em Cruzeiro do Sul após avanço de igarapé abrir buraco na pista

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Avanço do igarapé Santa Luzia comprometeu estrutura da pista; PRF e Dnit trabalham no local sem previsão de liberação

Trecho próximo à Vila Santa Luzia está interrompido; isolamento do Vale do Juruá pode ocorrer sem data para liberação. Dnit mobiliza equipes de emergência. Foto: cedida 

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) interditou a BR-364 no final da tarde deste domingo (29) em Cruzeiro do Sul, após o avanço do igarapé Santa Luzia abrir um buraco na pista e comprometer a segurança da via. A interdição ocorreu nas proximidades da Vila Santa Luzia e foi determinada devido ao risco iminente de rompimento da estrutura.

Com a paralisação do tráfego, Cruzeiro do Sul e toda a região do Vale do Juruá ficam isoladas por terra do restante do Acre, uma vez que a BR-364 é a única ligação terrestre da região. O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Acre, Ricardo Araújo, confirmou que equipes técnicas já foram mobilizadas para atuar no local.

As fortes chuvas registradas neste domingo (28) provocaram a abertura de um buraco no meio da pista. Foto: captada 

Autoridades monitoram a situação e orientam os motoristas a evitar o trecho. Equipes da PRF e do Dnit trabalham para avaliar os danos e definir as medidas para restabelecer a circulação, sem previsão de liberação.

O superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, afirmou estar ciente da situação e já mobilizou equipes técnicas para atuar no local. Foto: captada 

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