Acre
Apenas 40 mil se vacinaram no Acre, mas Capital não alcança a meta
Apenas 60% de cobertura foi alcançado
Em Rio Branco, a campanha de vacinação contra a gripe encerrou sem atingir a meta. Mais de 40 mil pessoas não se vacinaram. O público alvo com menor cobertura vacinal foi o de crianças, com apenas 32%. Agora, as doses 24 mil doses que sobraram estão disponíveis para pessoas fora do grupo prioritário.
A campanha de vacinação contra a gripe em Rio Branco não atingiu a meta, que era de imunizar pelo menos 90% de um público alvo aproximado de 83 mil pessoas.
Foram dois meses de divulgação e apenas 60% cobertura foi alcançada. Mais de 40 mil pessoas na capital, ficaram sem tomar a vacina. “Alguns pais falaram que devido a episódio de gripe, mudança de clima, muitas crianças ficaram gripadas, febris, não levaram as crianças às unidades e algumas pessoas não quiseram se vacinar por livre e espontânea vontade”, explica Socorro Martins, diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de saúde.
O grupo prioritário de crianças de 6 meses à 5 anos de idade foi o que apresentou menor cobertura vacinal, apenas 32%. Ou seja, das 28 mil crianças que teriam que receber a vacina, apenas 10 mil foram imunizadas. A secretaria de saúde considera preocupante a baixa cobertura e espera que os pais levem os filhos aos postos, mesmo após o encerramento da campanha.
A mãe Adriane Cavalcante, mãe do João Guilherme sabe bem quais os sintomas que devem ser evitados, principalmente em se tratando de crianças. “Febre, dor de cabeça, tinha que levar pro posto”, disse.
A gripe tem reações complicadas de se lidar, principalmente quando atinge as crianças. Por isso, Adriane não descuida e mantém o filho imunizado.
“Já tem relatos e comprovação que já houve óbitos devido a esses vírus, principalmente H1N1. Por todo país há mais de 300 óbitos. Quem faz a vacina fica prevenido. Não falamos que não vai pegar gripe. Vai ter mas não com tanto agravo no episódio. Crianças e idosos em complicações maiores muitas vezes chegam a ser internados, então a vacina é pra evitar essas complicações maiores nesses grupos”, afirma Socorro Martins.
As cerca de 24 mil doses de vacina contra a Influenza vão estar disponíveis nos postos saúde, mesmo para quem não faz parte dos grupos prioritários. “Agora o grupo foi estendido então quem chegar à unidade e procurar a vacina vai estar disponível. Lembrando que crianças menores de 6 meses não podem. Só a partir de 6 meses”, explica Socorro.
No balanço dos 2 meses de campanha, somente mulheres após 45 dias do parto ficaram dentro da meta, com 90% de cobertura. Idosos também tiveram bom resutado, com 84% do público vacinado. Em seguida ficaram os professores e profissionais de saúde com 80% de cobertura.
A adolescente Débora Andrade faz parte do grupo prioritário de doenças crônicas. Após ficar livre da gripe, correu pra se imunizar. “Quando a gente toma ajuda a prevenir da gripe. Eu fiquei muito tempo gripada. Meu pulmão tava bem carregado. Agora tá garantido”, disse.
AGazeta.net
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Acre
Bate-boca e vaias marcam debate sobre mudança do Centro POP

Foto: Jardy Lopes/ac24horas
O ex-vereador de Rio Branco e atual secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do município, João Marcos Luz, compareceu na primeira sessão itinerante da Câmara de Rio Branco, nesta sexta-feira (11), que acontece no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da Sobral e foi confrontado por moradores sobre a mudança do Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua – Centro POP para a região. Ele foi vaiado por populares e bateu boca com o vice-presidente do Progressistas (PP), Lívio Veras, que é morador do bairro Castelo Branco.
Lívio Veras fez um desabafo sobre a questão e disse que ao tomar conhecimento da intenção da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), de mudar o Centro POP para o Castelo Branco, ficou surpreso.
“Liguei para o secretário e talvez ele não tenha levado muito a sério. O assunto chegou ao Ministério Público de forma torta. Não aceitamos de maneira nenhuma, secretário, que alguém tem um problema e venha transferir ele para cá. O povo, a ordem, vem da gente; nós somos a força e contra nós não há resistência. Nosso bairro não merece que esse Centro POP venha para cá. Esse problema não é nosso!”, afirmou Veras.
O presidente do bairro Plácido de Castro, que se identificou com Cleiton, também falou diretamente ao secretário da SASDH, João Marcos Luz.
“Numa das entrevistas que o senhor deu, disse que o poder público não tem capacidade de resolver a questão do Centro POP. Então como quer trazer pra cá. Fica muito fácil pegar um problema e trazer para uma casa, vai fazer o que com eles lá, vai amarrar? Eles querem vir pra cá?”, disse Cleiton.
Ao tomar a palavra, João Marcos foi vaiado por populares que assistiam a sessão e explicou que a mudança do Centro POP vai acontecer, mas outras áreas da regional da Sobral também podem receber a estrutura, e não necessariamente o Castelo Branco. “Pra onde o Centro POP for as pessoas vão se chatear, porque quem olha lá vê uma bagunça. A lei não permite que seja em zona rural, afastado da cidade. Cá pra nós, pessoal, esse é um problema nosso, te todos nós. Não vamos transferir problema não, é pra resolver problema. Agora, se vai vir pra cá ou não, vai depender inclusive do Ministério Público que tem uma ação contra o município e temos 90 dias para decidir. É uma questão delicada e complexa que não se resolve no grito”, disse.
Após a fala de João Marcos, Lívio se levantou da plateia e reclamou da falta de consulta popular para a decisão da transferência do Centro. “Como se toma uma decisão dessa sem ouvir a população?”, questionou o vice-presidente do PP. João Marcos reagiu dizendo que Lívio não tinha propriedade em falar sobre a situação assistencial às pessoas em situação de rua.
A situação foi acalmada pelo vereador Samir Bestene (PP), que pediu o restabelecimento da ordem.
Na próxima terça-feira (15), a sessão da Câmara Municipal deve promover um debate amplo em torno do tema, com a presença de representantes da segurança pública e de secretarias sociais.
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Acre
Acusada de cometer xenofobia entrou em medicina com bônus regional
Assúria Mesquita, de 20 anos, estudante de Medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac), que causou revolta ao publicar no X (antigo Twitter) mensagens ofensivas aos acreanos na última quarta-feira (9), ingressou no curso na 2ª edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), em 2022, utilizando o bônus regional para estudantes que cursaram o ensino médio em instituições acreanas.
A jovem, que é filha do secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre, Assurbanipal Mesquita, escreveu em uma das mensagens: “A coisa que mais amo no meu namorado é que ele não é acreano, pois tenho asco de acreanos. Se Deus quiser, eu nunca mais vou precisar olhar para esse povo tão seboso (infelizmente não posso falar mais porque vou parecer preconceituosa)”, escreveu.
O Ministério Público Estadual (MPAC) instaurou uma notícia de fato criminal e requisitou a abertura de inquérito policial para apurar possível crime de xenofobia praticado por estudante.
Na noite de quarta-feira, ela publicou, nas redes sociais, uma nota de retratação acerca das publicações, em que afirma estar “profundamente arrependida” e admite que se expressou de forma desrespeitosa.
“Eu cometi um erro muito grave ao me manifestar em rede social, e é natural que as pessoas, especialmente quem, como eu, nasceu no Acre, se sintam atingidas ou ultrajadas. Confesso que estou profundamente arrependida e refletindo com seriedade sobre o impacto disso. Admito que me expressei de forma profundamente imatura e desrespeitosa”, disse.
Após a repercussão do caso, o secretário publicou uma nota pública nesta quinta-feira, 10, em solidariedade à população acreana. “Nossa família não compactua com as mesmas [falas] e também nos indignamos. Tomamos as medidas devidas e realizamos uma avaliação profunda sobre este fato”, escreveu.
A Atlética Sinistra, entidade representativa dos estudantes de Medicina da Ufac, também se manifestou.
“Não compactuamos com manifestações que desrespeitam a dignidade humana, promovem a exclusão ou discriminam qualquer indivíduo, ou grupo com base em sua origem, etnia, condição social, cultural ou qualquer outro marcador. Como futuros profissionais da saúde, temos o dever ético de zelar pelo bem-estar coletivo e combater todas as formas de preconceito, dentro e fora da universidade”, pontuou.
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Acre
Acreana que fez comentários xenofóbicos repercute na imprensa nacional

Foto: Reprodução/Redes Sociais
A estudante de Medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac), identificada como Assúria Nascimento de Mesquita, 20 anos, ganhou destaque nos principais jornais do país, como CNN Brasil, Revista Fórum, Folha de SP e G1 Nacional nas últimas 24h.
A jovem se tornou alvo de indignação nas redes sociais e de investigação do Ministério Público Estadual (MPAC) após a publicação de comentários xenofóbicos contra os moradores do Acre. Ela é filha de Assurbanipal Mesquita, atual secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do Estado.
Em postagens feitas na plataforma X (antigo Twitter), Assúria escreveu frases como: “Tenho asco de acreanos” e “a melhor coisa do meu namorado é que ele não é acreano”. Ela também afirmou que considera um elogio ser confundida com alguém de fora por se achar “bonita e diferente o bastante para não ter nascido no acril [sic]”.
As publicações rapidamente se espalharam nas redes sociais, gerando uma onda de repúdio público. Entidades como o Diretório Central dos Estudantes da UFAC (DCE) e a Atlética Sinistra, que representa estudantes de Medicina, publicaram notas de repúdio e pediram medidas institucionais contra a aluna.
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania, instaurou uma notícia de fato criminal e requisitou a abertura de inquérito policial. O promotor Thalles Ferreira informou que o objetivo é apurar se houve crime de xenofobia, o que, segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), pode ser enquadrado como crime de racismo, ao se referir à discriminação por origem regional.
Diante da repercussão, o pai da estudante, Assurbanipal Mesquita, divulgou uma nota pública afirmando que a filha “se arrepende profundamente” das declarações. Ele disse ainda que já conversou com Assúria e que as opiniões dela “não representam os valores da família”.
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