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Brasil

Amazonas é o segundo estado com maior risco de desmatamento na Amazônia

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Conforme o Imazon, se não houver ações de proteção até 6.531 km² de floresta podem ser derrubados em toda a Amazônia em 2025, um aumento de 4% em relação ao desmatamento registrado entre agosto de 2023 e julho de 2024

O Pará lidera o ranking com 35% (2.285,85 km²) das áreas sob risco, enquanto o Mato Grosso aparece em terceiro lugar com 17% (1.104,27 km²). Foto: divulgação 

Com Atual 

O Amazonas é o segundo estado com maior área de florestas sob risco de desmatamento na Amazônia Legal para 2025. A previsão é que 1.299,90 km² no estado sejam devastados, o equivalente a 20% de todas as áreas ameaçadas na região.

A projeção é do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) a partir da plataforma PrevisIA, que calcula a probabilidade de desmatamento. O Pará lidera o ranking com 35% (2.285,85 km²) das áreas sob risco, enquanto o Mato Grosso aparece em terceiro lugar com 17% (1.104,27 km²). Juntos, os três estados somam 72% das áreas ameaçadas na Amazônia Legal.

Segundo o Imazon, no Amazonas a maioria das áreas ameaçadas está classificada como de risco muito baixo (561,91 km²) ou baixo (380,62 km²). As áreas de médio risco totalizam 318,77 km², enquanto as de alto e risco muito alto somam apenas 38,6 km², representando 3% do total.

Conforme o Imazon, se não houver ações de proteção até 6.531 km² de floresta podem ser derrubados em toda a Amazônia em 2025, um aumento de 4% em relação ao desmatamento registrado entre agosto de 2023 e julho de 2024, quando o Prodes, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), identificou 6.288 km² de área desmatada.

“Se atuarmos para proteger as áreas indicadas pela PrevisIA sob risco muito alto, alto ou moderado de desmatamento, poderemos reduzir ainda mais a derrubada da Amazônia em 2025 e avançar em direção à meta de desmatamento zero em 2030. Ação essencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no Brasil e mitigar os efeitos das mudanças climáticas que já estão nos afetando seriamente, como as cheias no Rio Grande do Sul e as secas na Amazônia”, diz o pesquisador Carlos Souza Júnior, coordenador da PrevisIA.

A previsão para 2025 também indica aumento no risco de desmatamento em estados como Acre, Rondônia, Amapá e Tocantins, enquanto Pará, Mato Grosso e Roraima apresentaram redução em relação aos dados anteriores.

O Imazon informou que a PrevisIA é uma ferramenta que pode auxiliar estados e municípios no combate ao desmatamento, fornecendo informações detalhadas sobre as áreas mais vulneráveis. A plataforma é utilizada pelos Ministérios Públicos do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Acre para embasar estratégias de fiscalização e ações preventivas.

Terra Indígena

Entre as terras indígenas, a mais ameaçada na projeção para 2025 é a Kayapó, no Pará. Nesse território, uma área equivalente a 2,5 mil campos de futebol está sob risco de derrubada, segundo a PrevisIA.

Na previsão para 2024, a liderança desse ranking era da Terra Indígena Apyterewa, também localizada no Pará. Na estimativa de risco para 2025, após receber uma ação de desintrusão, o território caiu para o segundo lugar. Porém, está sob risco alto de desmatamento. A área equivale a 2,5 mil campos de futebol. Em agosto deste ano, houve relatos de novas investidas de invasores no território.

No caso das unidades de conservação, a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, outro território paraense, está na liderança como a mais ameaçada pelo quarto ano consecutivo. Nesse território, o risco de desmatamento chegou a quase 10 mil campos de futebol para 2025.

O Amazonas tem duas TI (Terra Indígena) entre as dez com maiores riscos de desmatamento. O Alto Rio Negro ocupa a quarta posição: muito baixa 12,22; baixo 1,05, totalizando 13,27 km². Além do Vale do Javari com risco muito baixa, 8,27, baixo, 018, totalizando 8,44.

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Brasil

Brasil alcança a liderança global na produção de carne bovina em 2025, segundo o USDA

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Foto: Percio Campos/Mapa

Resultado reflete o fortalecimento contínuo do sistema nacional de defesa agropecuária, conduzido pelo Mapa, com destaque para a criação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa

O Brasil foi reconhecido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) como o maior exportador de carne bovina do mundo em 2025. A conquista reflete o fortalecimento contínuo do sistema nacional de defesa agropecuária, conduzido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que investiu em:

  • prevenção estratégica
  • vigilância sanitária; e
  • ampliação da força de trabalho.

O marco ocorre após o reconhecimento internacional do país como livre de febre aftosa sem vacinação, certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Para o ministro Carlos Fávaro, “a força desse sistema permite conquistas históricas. Ser reconhecido pelo USDA como o maior produtor mundial de carne bovina é um orgulho brasileiro”.

Os resultados refletem a adoção de medidas estruturantes que elevam o nível de segurança sanitária da produção agropecuária, ampliam o acesso a mercados internacionais e fortalecem a confiança do Brasil junto a parceiros comerciais mais exigentes.

Medidas

Entre as principais iniciativas está a criação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa, medida que fortalece a capacidade de resposta rápida a eventuais emergências sanitárias. O repositório assegura a disponibilidade imediata de antígenos para a produção de vacinas, caso necessário, em consonância com as práticas internacionais recomendadas pela OMSA.

Além da prevenção, o Mapa avançou no reforço das ações de fiscalização e inspeção sanitária. Portarias publicadas no Diário Oficial credenciaram as primeiras empresas para apoiar atividades de inspeção ante mortem e post mortem em animais destinados ao abate. Os serviços serão executados por médicos-veterinários contratados, sob supervisão de auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs), sem alteração das competências legais do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Paralelamente, o Ministério promove a convocação de novos servidores aprovados em concurso público, para fortalecer a presença do Estado em ações de vigilância e controle sanitário em todo o país.

“Isso mostra a robustez do sistema, mostra que o Brasil está preparado, porque as crises sanitárias são cada vez mais recorrentes”, ressaltou Fávaro.

Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa

A implantação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa representa um avanço estratégico na biossegurança e na proteção da pecuária nacional. O repositório segue recomendações da OMSA e conta com parcerias do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e da empresa argentina Biogénesis Bagó.

“Estamos fazendo a nossa parte ao investir no banco de antígenos. É um investimento que garante a continuidade de um processo extraordinário que o Brasil conseguiu alcançar”, afirmou o ministro Carlos Fávaro.

Segundo o presidente do Tecpar, Eduardo Marafon, “a criação do banco brasileiro de antígenos evidencia a nossa marca de prevenção, precaução e atenção permanente à agropecuária brasileira. O modelo adotado é moderno e eficiente, ao garantir a manutenção de um estoque estratégico de antígenos”.

Com investimento de R$ 48 milhões, a iniciativa prevê a produção de até 10 milhões de doses, capazes de viabilizar de imediato a fabricação de vacinas em situações emergenciais e assegurar a distribuição ágil conforme demanda do Mapa. “Este é um sonho que sonhamos há muito tempo, cuidadosamente planejado e agora executado”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.

Os antígenos produzidos serão submetidos a rigorosos testes de controle de qualidade, sob supervisão do Governo Federal, a fim de assegurar eficácia, segurança e confiabilidade do material armazenado.

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Brasil

Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 62 milhões neste sábado

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. Ninguém acertou as dezenas no sorteio passado, realizado na quinta-feira (18).

As apostas podem ser feitas até as 20h (horário de Brasília) de hoje, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa.

Para o bolão, o sistema fica disponível até as 20h30 no portal Loterias Caixa e no aplicativo Loterias Caixa.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 6.

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TST determina manutenção de 80% do efetivo durante greve dos Correios

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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou nesta sexta-feira (19) que os trabalhadores dos Correios mantenham 80% do efetivo em atividade durante a greve da categoria, iniciada na última terça-feira (16).

A medida liminar foi concedida a pedido da estatal contra os sindicatos que representam os funcionários. Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária de R$ 100 mil por sindicato.

A greve está concentrada em nove estados (Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

No entendimento da ministra, o serviço postal tem caráter essencial e não pode ser paralisado totalmente. Além disso, Katia Arruda ressaltou que a greve foi deflagrada em meio ao dissídio coletivo que tramita no TST.

Os funcionários reivindicam a aprovação de um novo acordo coletivo de trabalho, reajuste salarial e soluções para a crise financeira da estatal, que vai precisar de um empréstimo de R$ 12 bilhões, garantidos pelo Tesouro, para cobrir os recentes prejuízos.

Os Correios informaram que todas as agências estão abertas e que a empresa adotou medidas de contingência para minimizar os impactos para a população.

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