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Alan Rick afirma que veto presidencial ao Revalida será derrubado pelo Congresso

A decisão do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), atendendo ao lobby do Conselho Federal de Medicina, de vetar a aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) por instituições particulares, fere de morte o projeto aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado com amplo apoio parlamentar. A afirmação é do deputado federal Alan Rick (DEM), Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Médicos Brasileiros e da Revalidação (FMBR).
“O presidente vetou a participação das boas universidades privadas, notas 4 e 5 no Sistema Nacional de Avaliação das Instituições de Ensino Superior, na revalidação dos diplomas de médicos formados no exterior. Este veto, proposto pelo Conselho Federal de Medicina e pelo ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, fere de morte o nosso projeto, uma vez que as universidades públicas nunca tiveram interesse em fazer o Revalida e não será desta vez que elas farão”, destaca o deputado.
Alan Rick é o autor do Projeto de Lei 6075/2019 (texto aprovado no Congresso) que define a realização de dois exames do Revalida por ano, de forma descentralizada. Pelo Projeto, que foi aprovado na Câmara e no Senado, por unanimidade, no final de novembro, médicos formados no exterior que quiserem revalidar o diploma no Brasil passarão por uma prova teórica aplicada pelo MEC e um exame de habilidades clínicas, que poderá ser aplicado por universidades públicas e privadas bem avaliadas.
Mas o veto não será aceito com facilidade. O deputado acreano já informou ao próprio presidente Bolsonaro, em solenidade nesta quarta-feira, 18, em Brasília, que os parlamentares já estão mobilizados para derrubar o veto no retorno dos trabalhos em fevereiro. Os deputados e senadores que integram a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Médicos Brasileiros e da Revalidação (FMBR), já estão a par da manobra de Mandetta.
“A aprovação do nosso projeto cria o marco regulatório do Revalida no Brasil. Foi construído em várias mãos com apoio maciço na Câmara e no Senado, em um debate intenso ao longo dos últimos cinco anos. E não podemos admitir que o Conselho Federal de Medicina, junto com o ministro Mandetta, que agiu de maneira covarde e sorrateira, derrubem um projeto construído e aprovado nas duas casas por unanimidade em menos de 24 horas. Por isso, não tenham dúvida, assim que retomemos os trabalhos nas duas casas, em fevereiro, iremos derrubar o veto, pois os mais de 80 mil estudantes brasileiros formados no exterior não podem continuar sendo prejudicados por esse lobby do CFM que tem o apoio do ministro da Saúde”, disse Alan Rick.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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