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‘Ainda não tem nada decidido’, diz Ribamar sobre extinção de Secretaria de Polícia Civil; delegados protestam
A insatisfação é decorrente da extinção da Secretaria de Polícia Civil que deve fazer parte do pacote da reforma administrativa enviada ao governo para a Assembleia Legislativa.

Os delegados de Polícia Civil Cleylton Videira, Karlesso Nespoli e Sérgio Lopes, aproveitaram uma apresentação de apressão de drogas para mandar um recado duro ao governador Gladson Cameli.
O chefe da Casa Civil do governo do Acre, Ribamar Trindade, afirmou na tarde desta quinta-feira (25) que não há nada decidido sobre a extinção da Secretaria de Polícia Civil e frisou que os ajustes da minirreforma administrativa ainda estão sendo feitos.
Leônidas Badaró e Davi Sahid
Os delegados de Polícia Civil Cleylton Videira, Karlesso Nespoli e Sérgio Lopes, aproveitaram uma apresentação de apressão de drogas para mandar um recado duro ao governador Gladson Cameli. A insatisfação é decorrente da extinção da Secretaria de Polícia Civil que deve fazer parte do pacote da reforma administrativa enviada ao governo para a Assembleia Legislativa.
O presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol), Cleylton Videira, disse que o grande prejuízo é da população. “Para a instituição o prejuízo é grande, mas é muito mais da população acreana que sofre todos os dias com o avanço das formas brutais de crime contra a vida, do tráfico de drogas com famílias sendo consumidas porque os filhos ou entram na traficância ou no consumo. Com essa mudança vamos ter que bater na porta de outra Secretaria para ter condições de realizar uma simples operação no interior, por exemplo. O nosso medo é que se perca a agilidade nas investigações e a garantia do sigilo”, afirma o delegado.
Uma outra reclamação é sobre a retirada do controle do Guardião, equipamento de escuta telefônica, para a Secretaria de Segurança Pública. “A retirada da nossa ferramenta de investigação que já foi requerida mais de uma vez pelo governo atual vai trazer ainda mais prejuízos à investigação. Nós não vamos mais garantir sucesso nas investigações que dependam dessa ferramenta. Investigações qualificadas que já levaram a desbaratar organizações criminosas, mas que também contribuíram para descobrir crimes contra a administração pública no estado e no município. O que vemos é uma ingerência nas ações investigativas da Polícia Civil do Acre”, afirmou Cleylton.
O motivo para rebaixar o status de Secretaria da Polícia Civil teria como razão aspectos financeiros, já que voltando a ser departamento economizaria recursos públicos. O delegado Sérgio Lopes discorda. “A Secretaria de Polícia Civil é toda ocupada por servidores efetivos. Esse discurso é vazio. Gostaríamos que fossem apresentadas as razões e que mostrassem o quanto se economizaria com essa mudança. Quanto ao guardião, indo para a Secretaria de Segurança Pública ele vai ser gerido por pessoas que não pertencem a Polícia Civil. Em tese, as investigações serão controladas por outras pessoas, o que é um grande prejuízo para a população”, destaca.
O vice-presidente da Adepol, delegado Karlesso Nespoli afirmou que há outra preocupação de que a perícia estaria saindo da Polícia Civil para a Segurança Pública. “Se tira o Guardião, depois tira a perícia que é outra ferramenta investigativa, o que vai nos restar? Por isso estamos entregando ao governador um documento técnico para que possamos sentar com ele para não modificar a autonomia e não deixar que essas ferramentas saiam da Polícia Civil”.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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