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Agro – Plano Safra sai nesta terça-feira e pode ser o maior da história
Correio Braziliense
Pacote de financiamento ao agronegócio será anunciado em cerimônia no Palácio do Planalto. Na quarta (28/6), será a vez da agricultura familiar. Com orçamento limitado, Ministério da Fazenda busca atender os dois segmentos
O governo desmembrou em dois dias o lançamento da política agrícola para o período 2023-2024. Nesta terça-feira (27/6), a cerimônia no Palácio do Planalto será dedicada ao Plano Safra da agricultura comercial, que no ano passado sustentou a campanha do candidato Jair Bolsonaro à Presidência. Na quarta (28/6), no mesmo local, será a vez do presidente Lula se encontrar com os pequenos produtores da agricultura familiar, que de longa data são seus apoiadores.
Os dois lados pressionam o governo por mais robustez nos números a serem anunciados. Com orçamento limitado, e sem a sinalização da redução da taxa básica de juros (Selic), o governo não encontra saída para responder ao estica e puxa entre o agro e os pequenos produtores.
Na tarde desta segunda-feira (26/6), parlamentares da bancada ruralista e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foram ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pressionar pelo aumento do valor destinado à equalização de juros dos financiamentos (diferença entre a Selic e os encargos, mais baixos, cobrados dos produtores). Os empresários pleiteiam pelo menos R$ 25 bilhões para a equalização, mas nas contas dos técnicos da Fazenda, o valor não poderia chegar a R$ 20 bilhões.
“O Banco Central precisa decidir se o Brasil vai crescer ou não vai crescer”, comentou Fávaro, ao deixar a reunião, explicando a razão que impede o governo de aumentar o quinhão dos empresários do agro.
O vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), reafirmou que o setor espera, no total, um plano acima de R$ 400 bilhões, que seria o maior da história. “Temos necessidade de um plano safra robusto, que, no ano passado, respondeu pelo financiamento de custeio e investimento de cerca de R$ 340 bilhões. Dentro disso, reafirmamos a necessidade de um montante maior.”
Boas práticas ambientais
Além da elevação da taxa de equalização, eles reivindicam um valor maior do prêmio a ser concedido aos produtores que adotem boas práticas ambientais. Os parlamentares pediram que a taxa fosse 1,5 ponto percentual abaixo da taxa de referência para equalização, enquanto o governo trabalhava com um ponto percentual. De acordo com Jardim, o “o governo ficou de dar a palavra final (sobre a taxa) apenas na cerimônia de amanhã (hoje)”.
Ampliar os recursos para o agronegócio, poderia significar diminuir o volume dedicado à agricultura familiar, por isso o ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, cujo nome não constava na lista de participantes da reunião, também apareceu para acompanhar a discussão, assim como a ministra do meio ambiente, Marina Silva, que precisa garantir a manutenção das condicionalidades ambientais inseridas na política agrícola. Ambos saíram sem falar à imprensa.
Entre as propostas para a agricultura familiar apresentadas pelos movimentos sociais ligados ao Grito da Terra estão a ampliação do volume de recursos do Pronaf para R$ 75 bilhões e taxas de juros de 4% ao ano. Para o programa Mais Alimentos, para aquisição de máquinas, o setor pleiteia taxa de 2% ao ano.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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