De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, a proposta ofertada pela Fenaban não cobre as reivindicações da categoria.
Alexandre Lima, com Manoel Façanha
Funcionários das agências do Basa e Banco do Brasil, paralisaram parcialmente os trabalhos nesta quinta-feira, dia 19, na fronteira do Acre. Segundo eles, só falta os trabalhadores da Caixa Econômica aderirem e somente os serviços essenciais estão sendo garantidos.
“Estamos tentando obter melhorias em equipamentos para que possamos atender melhor os clientes, além de reposição salarial melhor do que foi oferecido, que sequer repõe a inflação”, disse um dos funcionários do Basa.
Já o presidente do sindicato dos bancários, Edmar Batistela, a proposta ofertada pela Fenaban não cobre as reivindicações da categoria. Batistela explica que o setor bancário é o mais sólido e lucrativo da economia do país, com ganho médio de 18%, mas, infelizmente, que repor apenas 6,1% de reposição salarial aos seus funcionários.
O dirigente explica que, além de negar aumento real nos salários, pisos, PLR e todas as verbas salariais, apresentou uma proposta rebaixada de 6,1%,percentual esse que sequer recompõem a inflação do período medida pelo INPC, de 6,93%).
-Queremos informar a sociedade que a proposta da Fenaban ignora todas as reivindicações dos bancários sobre emprego, saúde, condições de trabalho,segurança e igualdade de oportunidades, assim não restando outra alternativa para buscar melhoria na proposta a não ser uma greve, explica Batistela.
“Somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre, alcançando a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional,graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. Por isso consideramos a proposta, que não tem aumento real e desconsidera as demais reivindicações,como uma provocação dos bancos”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.