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Brasil

Advogado de senador boliviano é retido ao tentar viajar para o Brasil

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Do G1

Um dos advogados do senador boliviano Roger Pinto Molina, o ex-ministro da Bolívia Luís Vásquez Villamor, foi retido nesta quarta-feira (4) no aeroporto de Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra, ao tentar embarcar para Brasília, informou a defesa brasileira do parlamentar. O caso foi noticiado pela imprensa boliviana nesta quarta.

cronologia-senadorbolivia_27agostoMolina deixou no mês passado a embaixada do Brasil em La Paz, na Bolívia, onde estava asilado, sem autorização do governo boliviano. A operação de fuga que trouxe o opositor do governador do presidente Evo Morales ao país foi organizada pelo diplomata Eduardo Saboia e culminou na demissão do então ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

O senador boliviano responde a cerca de 20 processos, quatro por corrupção, e foi condenado pela justiça boliviana. Pinto Molina se diz perseguido político do governo Morales e vivia como asilado na embaixada brasileira havia mais de um ano.

Segundo o advogado Fernando Tibúrcio, responsável pela defesa de Molina no Brasil, o advogado boliviano retido pelas autoridades policiais transportava documentos que seriam utilizados no pedido de refúgio político no Conselho Nacional de Refugiados (Conare), órgão vinculado ao Ministério da Justiça.

Tibúrcio conversou por telefone com o colega boliviano nesta quinta. Ele relatou ao G1 que Luís Vásquez foi abordado por policiais da Bolívia ao chegar no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra. O jurista pretendia embarcar em um voo da Gol para São Paulo, onde faria uma conexão para Brasília.

Vásquez foi mantido no aeroporto para averiguações das 9h às 15h (10h às 16h em Brasília) desta quarta.  Em razão da retenção, acabou perdendo o voo para o Brasil e retornou para La Paz assim que foi liberado pelos policiais.

De acordo com Tibúrcio, a polícia boliviana pediu para o advogado abrir as malas que transportava. Em seguida, contou o defensor de Molina, os policiais cortaram forros da mala e trouxeram cães farejadores para inspecionar a bagagem. Vásquez disse ao colega do Brasil que, em diversas ocasiões, a polícia tentou tirar as malas de perto dele. O ex-ministro, contudo, impediu que a bagagem fosse afastada dele para evitar que fossem colocados objetos que não pertenciam a ele.

No entanto, disse Tibúrcio, os policiais da Bolívia confiscaram temporariamente os documentos que o advogado trazia ao país. Após fazerem cópias do material, o devolveram ao jurista boliviano.

Tibúrcio afirma que entre os papéis que o advogado transportava ao Brasil estavam documentos que comprovariam as denúncias de Roger Molina de que integrantes do governo Evo Morales têm ligações com narcotraficantes. O senador da Bolívia alega que foi devido a essas denúncias que passou a ser perseguido pelo regime boliviano.

“Nessas informações que ele [Vásquez] trazia tinham dados que detalham mais esses fatos [denúncias envolvendo autoridades bolivianas]. Tinham nomes de pessoas. O governo boliviano teve acesso a isso. Falar de narcotráfico é perigoso. Com essa retenção arbitrária, as informações se tornaram do conhecimento do governo [da Bolívia]”, ressaltou Tibúrcio.

Mensageiro
Devido ao episódio no aeroporto boliviano, o advogado Luís Vásquez informou à defesa brasileira de Pinto Molina de que desistiu de viajar ao Brasil. Ele decidiu enviar os documentos por meio de um mensageiro. “Ele [Vásquez], obviamente, ficou extremamente preocupado com essa situação”, ressaltou Tibúrcio.

O defensor brasileiro disse ainda que o parlamentar da Bolívia ficou “muito preocupado” com sua “situação de segurança”. “Preocupação da politização excessiva deste caso. Tudo que ele [Molina] quer é ter um ambiente tranquilo, para que seja julgado dentro da lei”, observou.

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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