fbpx
Conecte-se conosco

Geral

Adolescente deve ser indenizado após professora chamá-lo de burro durante aula em escola no Acre

Procuradoria Geral do Estado recorreu, mas Tribunal de Justiça manteve a condenação. Caso aconteceu em 2018, quando adolescente tinha 14 anos.

Publicado

em

Ofensa ocorreu durante leitura em escola – Foto: Arquivo pessoal

Por Tácita Muniz

A Justiça manteve a condenação do Estado do Acre ao pagamento de R$ 5 mil a um adolescente que foi chamado de burro pela professora durante uma leitura em sala de aula na escola Odilon Pratagi, em Brasileia, em 2018. Na época, o jovem tinha 14 anos e, segundo o processo, foi ofendido pela professora dentro da sala de aula diante dos colegas e passou a sofrer bullying.

O advogado da família, Marcos Paulo Gomes, diz que a ação foi contra o Estado, porque é o ente responsável diretamente pela rede de ensino público. Segundo ele, o Estado pode agora entrar com uma ação para que a professora assuma a condenação. O G1 tentou contato com a família, mas não conseguiu até esta publicação.

A decisão favorável ao estudante, hoje com 16 anos, saiu no final do ano passado. A procuradoria Geral do Estado (PGE-AC) entrou com recurso para reversão da decisão ou a diminuição do valor indenizatório, mas a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) negou recurso e manteve a condenação do Estado alegando que o aluno passou por uma situação vexatória. A nova decisão foi publicada na segunda-feira (31).

“Na época, ele estava lendo um texto e repetiu algumas vezes uma palavra, quando foi chamado de burro. Nós entramos com a ação contra o Estado, ganhamos, a PGE recorreu e perdeu agora em segunda instância”, explica.

O desembargador relator do processo, Roberto Barros destacou que, das provas apresentadas à Justiça, “revela-se inconteste o fato de a agente estatal ter chamado o aluno de burro, por mais de uma vez. Os elementos trazidos aos autos demonstram com clareza que a professora pediu que uma (outra) aluna fizesse a leitura de um (outro) texto e que o autor estava conversando durante essa leitura, ou seja, não prestava atenção na aula.”

Destacou também que ao término da leitura, a professora fez perguntas aos alunos e não obteve resposta, “momento no qual, após se irritar com a conversa do autor, o chamou de burro, questionando a inteligência deste, e que após este acontecimento outros alunos também passaram a chamá-lo de burro.”

Bullying

Segundo o boletim de ocorrência na época, o texto “Alto Risco”, que foi lido na sala de aula, tratava de um assalto feito por um garoto negro. O menor também na época relatou à polícia que era tratado de forma desrespeitosa constante pela professora.

“Vinha sendo tratado com falta de respeito, difamações e preconceito racial”. Diz ainda que após a aula, ficou sofrendo bullying pelos colegas. Segundo a defesa, o adolescente precisou mudar de escola.

O G1 tentou ouvir a PGE, mas não recebeu retorno até esta publicação. Porém, no processo, a procuradoria alegou que a professora não se dirigiu ao aluno com a palavra “burro” e que ela estava dando uma explicação sobre o texto lido.

Comentários

Continue lendo

Geral

Trabalhador morre após ser atropelado e abandonado na BR-364, em Acrelândia

Publicado

em

Rosemildo Costa da Silva, de 45 anos, foi arrastado por 50 metros; motorista fugiu do local e pode responder por fuga após acidente.

O trabalhador Rosemildo Costa da Silva, de 45 anos, morreu após ser atropelado por um veículo na noite desta terça-feira (11), nas proximidades do Posto de Fiscalização “Tucandeira”, no km 105 da BR-364, em Acrelândia. De acordo com o filho da vítima, Rosenildo Oliveira da Silva, Rosemildo estava embriagado e havia saído de casa para comprar mais bebidas.

Ao retornar, ele supostamente se afastou do acostamento e entrou na pista de rolamento, no sentido Rio Branco/Porto Velho. Um veículo Celta prata, placa OCV-5I83, conduzido por um homem identificado como Eber, atropelou Rosemildo, que foi arrastado por cerca de 50 metros até o carro parar completamente.

Eber fugiu do local com a ajuda de um carreteiro, deixando a vítima agonizando até falecer. Populares acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas Rosemildo já estava sem vida quando a equipe chegou.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) isolou a área para a perícia e recolheu o corpo, que foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames cadavéricos. Amigos de Eber se apresentaram no local e se ofereceram para ajudar com os custos do velório e sepultamento.

O motorista deverá responder por fuga do local do acidente, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com penalidades que podem incluir multa, suspensão da CNH e detenção.

Comentários

Continue lendo

Geral

Homem suspeito de agressão é preso ao tentar sequestrar vítima dentro de delegacia no Acre

Publicado

em

O homem foi encaminhado novamente à Delegacia Geral de Epitaciolândia, onde permanece à disposição da Justiça

Comentários

Continue lendo

Geral

PRF flagra transporte irregular de produtos perigosos no Acre

Publicado

em

Uma operação de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no km 91 da BR-364, em Senador Guiomard, no Acre, resultou na tarde da última terça-feira, 11, na apreensão de um veículo que transportava produtos perigosos de forma irregular.

Durante a abordagem, os agentes constataram a ausência de sinalização obrigatória no veículo, a falta de equipamentos de segurança para situações de emergência e a inexistência de documentação necessária para o transporte de produtos perigosos. Além disso, o condutor não possuía a qualificação exigida para realizar esse tipo de atividade.

Os produtos transportados são classificados como perigosos conforme a Resolução 5.998/2022 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A classificação exige cuidados especiais para evitar acidentes, garantir a segurança nas rodovias e proteger o meio ambiente. A PRF não divulgou detalhes sobre o tipo específico de substância transportada.

Diante das irregularidades, os agentes lavraram autos de infração e encaminharam o caso à Polícia Civil para as devidas providências. Os órgãos ambientais também foram notificados para investigar possíveis danos ao meio ambiente.

Comentários

Continue lendo