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Acre mantém média de dois estupros por dia em 10 meses de 2024; vulneráveis são 75% das vítimas
Entre janeiro e agosto deste ano, são contabilizados 670 casos de estupro, sendo 487 de pessoas vulneráveis. Dados são do Observatório de Análise Criminal do Ministério Público Estadual (MP-AC)

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Criança e Adolescente em Cruzeiro do Sul — Foto: Divulgação
O Acre registrou, entre janeiro e outubro deste ano, uma média de quase três estupros por dia. Segundo o Observatório de Análise Criminal do Ministério Público Estadual (MP-AC), foram 844 casos, com crianças, adolescentes e outras pessoas em situação vulnerável formando 75% das vítimas.
Com esse índice, a média é de 2,7 casos por dia. Em setembro, um levantamento já havia mostrado que o estado tinha média de 2 estupros por dia nos primeiros oito meses do ano. Naquele período, eram 670 casos no total.
Ao todo, foram 634 estupros de vulnerável, crime que se aplica a situações em que a vítima é menor de 14 anos ou sem discernimento no momento que consiga se defender desse tipo de abuso. O restante de casos soma 210 vítimas.
A pena prevista na legislação brasileira para este tipo de crime é de 8 a 15 anos de reclusão. Se houver lesão corporal grave, aumenta para até 20 anos; em caso de morte, pode se estender até 30 anos.

Fonte: Observatório de Análise Criminal/MP-AC
Ainda conforme o Observatório, o total de estupros registrados este ano é 14% maior que os casos no mesmo período do ano passado. Em 2023, o Acre contabilizou 736 estupros nesse período.
A capital ,Rio Branco, lidera o ranking deste tipo de crime.
O levantamento mostra que este ano a cidade já registrou 356 estupros, já Cruzeiro do Sulaparece em segundo com 87 e Tarauacá em terceiro com 45 casos.
A única cidade do Acre sem registro de estupros até outubro é Jordão, um dos municípios isolados do estado. Em Santa Rosa do Purus, outra cidade isolada, houve dois registros.
Frequência mensal
Estupros no Acre em 2024
Com relação aos meses em que há mais registros de estupros, a pesquisa mostra que outubro foi o segundo mês com a maior incidência, um caso à frente de maio. O mês de junho continua com a maior incidência, com 106 casos.
Os meses com menos casos são fevereiro, com 68, e março, com 60 casos.
Relembre alguns casos
No dia 17 de outubro, um homem foi preso suspeito de estuprar três sobrinhos em Rodrigues Alves, interior do Acre. uma das crianças, com 11 anos, informou para a diretora da escola onde estuda que estava sofrendo abusos sexuais. Então, a gestora comunicou à polícia.
Diante dessas informações, a polícia colheu o depoimento da diretora, dos familiares e concluiu que não só essa criança, mas também outras duas crianças de 10 e 14 anos, primos da outra vítima, também teriam sido vítimas do estupro.
Em novembro, outro suspeito foi preso pela Polícia Civil por um caso de estupro contra a filha de 6 anos no município de Feijó.
De acordo com o delegado responsável pela investigação Marcilio Laurentino, o caso teve início em 30 de novembro de 2023, quando o homem foi preso em flagrante. A mãe da criança denunciou o homem após ele se trancar no banheiro afirmando que iria dar banho na filha, porém a menina começou a gritar.
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Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 33 milhões

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
As seis dezenas do concurso 2.891 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.
O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 33 milhões.
O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.
O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 6.
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Justiça Federal torna réu suposto mandante da morte de Bruno Pereira e Dom Phillips
Rubén Dario Villar, o “Colômbia”, é acusado de liderar esquema de pesca ilegal e tráfico na tríplice fronteira. Ele é o nono denunciado pelo duplo homicídio no Vale do Javari.
A Justiça Federal do Amazonas aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réu Rubén Dario Villar, conhecido como “Colômbia”, apontado como o mandante do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorrido em 2022, no Vale do Javari. De nacionalidade peruana, Colômbia já havia sido indiciado pela Polícia Federal no fim do ano passado e está preso preventivamente.
Segundo o MPF, o acusado é o líder de uma quadrilha envolvida com pesca ilegal e tráfico de drogas na região da tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Ele também responde a outros processos por uso de documentos falsos.
A denúncia foi apresentada pelo procurador da República Guilherme Leal, com apoio do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri (GATJ). A investigação aponta que Bruno e Dom foram assassinados por atuarem em defesa de comunidades indígenas e promoverem ações de educação ambiental que contrariavam interesses de grupos criminosos da região.
Com a nova decisão, Colômbia se torna o nono réu no processo. Em 2022, três homens — Amarildo da Costa Oliveira (Pelado), Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima (Pelado da Dinha) — foram denunciados como os executores do duplo homicídio e da ocultação dos corpos. Em junho de 2024, outras cinco pessoas também viraram rés por participação na ocultação dos cadáveres.
O MPF solicitou que os três principais acusados sejam julgados por júri popular. A Justiça Federal atendeu ao pedido, mas o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) excluiu Oseney da pronúncia. O Ministério Público recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) na tentativa de reverter a decisão.
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Eduardo diz que taxação ao Brasil foi mostrada a ele antes de anúncio

Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) • Pedro França/Agência Senado
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo reconheceram nesta segunda-feira (21) que a possibilidade dos Estados Unidos impor tarifas comerciais ao Brasil foi discutida em reuniões que eles estiveram com autoridades do governo norte-americano antes do presidente Donald Trump anunciar a medida.
O reconhecimento vai na contramão da fala do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou mais cedo nesta segunda que não tem qualquer relação com a tarifa.
“Quando essa opção foi discutida com o deputado Eduardo Bolsonaro e nós, nós demos a nossa opinião. Na nossa opinião, esta medida não era a melhor a ser aplicada naquele momento. Nós advogamos na direção de sanções direcionadas aos agentes principais da ditadura”, disse Figueiredo no “podcast Inteligência Ltda”.
“A gente não imaginou que no início fosse decretada a tarifa. Mas como o Paulo bem falou, nós não somos o presidente dos Estados Unidos. Não temos o poder da caneta”, Eduardo completou.
Em seguida, Figueiredo disse que, embora tenha advogado contra as tarifas no primeiro momento, atualmente ele considera que Trump acertou na medida e que está “100% convencido” que as tarifas foram o movimento correto pro Brasil.
“Eu concordo”, disse Eduardo ao ser questionado sobre a resposta do influenciador. “Tanto que chamo de Tarifa-Moraes. Foram tarifas de 50%, a maior dessa última leva, devido à crise institucional que o Moraes está fazendo”, continuou.
O deputado exemplificou sua posição ao citar o caso hipotético de quem faz entregas por aplicativo e é taxado em 50%.
“Quando ele quiser reclamar, talvez ele vai ser calado. Antes de qualquer tipo de questão comercial, vem a liberdade. Se não puder falar, dar a sua opinião, você vai ser um escravo, um cubano. Queremos preservar as liberdades da nossa democracia”, declarou.
Fonte: CNN
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