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Acre chega a mais de 1 milhão de vacinas contra a Covid-19 e governo faz apelo aos que ainda resistem à imunização

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Pelo menos 257.800 acreanos ainda devem se imunizar com a segunda dose e governo foca também as pessoas que sequer tomaram a primeira

Terça-feira, 1º de setembro de 2020. Um ano e dez dias atrás, o Acre registrava 193 novos casos de infecção por Covid-19. O número de contaminados pelo coronavírus era de 24,8 mil acreanos, e famílias inteiras se apavoravam ao verem pais, tios e filhos sendo dizimados pela doença.

Renata Quiles, coordenadora do Programa Nacional de Imunização, da Secretaria de Estado de Saúde do Acre, prepara doses de Astrazeneca em comunidade rural. Foto: Odair Leal/Secom

Nesse dia, o número de mortos chegou a 616 e as pessoas clamavam, e muito, por vacinas. Reclamavam da demora da ciência e do governo federal para fornecer o imunizante, embora uma parcela da população, como ocorre até hoje, não estivesse nem aí para as regras de distanciamento social e os demais protocolos de segurança.

Sexta-feira, 10 de setembro de 2021. Hoje, o governo do Estado está mirando as pessoas que não querem tomar a vacina, os “fujões” do imunizante.

Profissional de saúde prepara imunizante no mutirão da Biblioteca Pública no dia 7 de setembro, quando o país comemorava a sua independência. Foto: Neto Lucena/Secom

Desde que o vírus chegou ao Acre, com os primeiros casos em março de 2020, mais de 1,8 mil pessoas já morreram por causa da Covid-19, e o cenário pandêmico continua sendo de cautela por parte das autoridades governamentais e do Ministério Público do Estado do Acre. Uma das razões é que, somente em Rio Branco, ao menos 7,5 mil pessoas ainda não tomaram nem a primeira dose. Em Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do estado, até duas semanas atrás, o número ainda era maior: mais de 10 mil, segundo a prefeitura local.

O Acre vive um momento de baixa nos óbitos, porém, ainda é desaconselhável que as pessoas relaxem. A preocupação é, sobretudo, com a variante delta, uma cepa da doença altamente transmissível e letal, que pode pegar carona na irresponsabilidade daqueles que optaram por não tomar a segunda dose e dos que sequer se imunizaram ainda na primeira fase.

Profissional de saúde imuniza jovem em mutirão; governo quer avançar na vacinação contra a Covid-19 na faixa da população que relutou em tomar o imunizante no tempo certo. Foto: Neto Lucena/Secom

Um levantamento do Programa Nacional de Imunização, o PNI, da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) mostra que ao menos 1.028.380 doses da vacina já foram distribuídas no estado até agora, entre os 22 municípios. É mais de 1 milhão de vacinas disponíveis em solo acreano, segundo os últimos números, desta quinta-feira, 9. Porém, 257.800 pessoas ainda devem tomar a segunda dose.

Tripulante do Centro Integrado de Operações Aéreas, do governo do Estado, entrega caixa térmica com vacinas a profissional de saúde do PNI em comunidade rural isolada; meta da vacinação em massa continua. Foto: Odair Leal/Secom

O Estado tem hoje 318.500 doses disponíveis, o suficiente para cobrir a taxa vacinal das pessoas que têm de tomar a segunda dose, e de outras 60.700 que ainda não receberam a primeira. Somente nesta quinta-feira, 9, chegaram 11,7 mil imunizantes.

Renata Quiles, do PNI, imuniza morador do Parque Estadual do Chandless. uma das regiões mais remotas do estado; meta é vacinar todos os acreanos. Foto: Odair Leal/Secom

As repetidas mensagens do governador Gladson Cameli nas solenidades refletem essa preocupação: a de que as pessoas não estão aderindo à campanha de imunização, deixando de comparecer aos postos de saúde. Por isso mesmo, o Estado resolveu criar mutirões da vacinação, como o do último dia 7 de setembro, na Biblioteca Pública, no centro de Rio Branco, e também estará no interior do estado, ajudando as administrações municipais. (Veja o cronograma ao final da reportagem).

No mutirão do 7 de Setembro na Biblioteca Pública, governador Gladson Cameli posa para a foto com mãe e filha que tomaram a vacina contra a Covid-19. Foto: Neto Lucena/Secom

Para Cameli, a questão passa por conscientização. “O que falta para essas pessoas entenderem que devem se imunizar? Por que não exercem o direito de se vacinar num momento em que muitos países, inclusive vizinhos nossos, não têm essa oportunidade? Por que postergar a segunda dose? Esses são questionamentos que nos levam à reflexão sobre quais os motivos de não quererem exercer o direito de se vacinar, tanto pelo bem de si mesmas quanto pelo bem coletivo”, pontua o chefe do Executivo estadual.

Emocionada, moradora de Rio Branco abraça o governador Gladson Cameli no mutirão da vacinação do 7 de Setembro; objetivo do governo do Estado é imunizar o maior número possível de acreanos em todo o estado. Foto: Neto Lucena/Secom

Mas, afinal, o que leva uma pessoa a ignorar a vacina, mesmo num momento que ainda não se pode baixar a guarda para o vírus?

Explica Renata Quiles, coordenadora do PNI que “questões culturais e religiosas e dificuldades de se ausentar do trabalho para se vacinar” são as alegações mais comuns.

Coordenadora do Plano Nacional de Imunização, Renata Quiles, em missão em comunidade do interior do estado; meta é vacinar a maior quantidade possível de acreanos. Foto: Odair Leal/Secom

“As pessoas costumam se impressionar com coisas ditas negativamente. Que vacina tem algo oculto por trás, seja ligada a versículos bíblicos apocalípticos, como, por exemplo, que o imunizante tem a marca da besta-fera, seja porque se impressionam mesmo com outras mentiras e boatos que comumente chegam até elas pela internet”, afirma Quiles.

Governador Gladson Cameli comemora, no dia 17 de junho, a vacinação de Irislene Lima da Silva no mutirão em frente ao Palácio Rio Branco; desde as 5 horas da manhã, ela aguardava para ser imunizada. Foto: Júnior Aguiar/Secom

Entre os trabalhadores há também os que reclamam que não podem se ausentar do trabalho, o que quase sempre é uma falsa impressão, já que há vários dias de feriados e de fins de semana em que as doses são aplicadas. “Não são todos os feriados, mas eles existem sim”, completa a coordenadora.

Enfermeira Emanuellly Nóbrega em trabalho de imunização no mutirão do dia 17 de junho, em frente ao Palácio Rio Branco. Foto: Junior Aguiar/Secom

Felizmente, a boa notícia é que o estado teve uma redução de 65% no número de óbitos em agosto em relação a julho deste ano. Em agosto, foram 12 mortes por Covid-19 ante 34 óbitos em julho. Em relação a junho, o mês de julho já apontava também uma queda substancial de 35% nas mortes em relação a junho, quando 52 pessoas morreram pela doença no Acre.

Servidor da Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo é imunizado contra a Covid-19; exemplo de satisfação por ser vacinado. Foto: Odair Leal/Secom

A má notícia, e uma triste realidade, é que a maioria dos mortos pela doença se recusou a receber o imunizante em algum momento da pandemia, que ainda existe, que é real e extremamente mortífera.

Veja onde se vacinar nos mutirões de Rio Branco e em cidades do interior

Se você ainda não se imunizou com a primeira dose ou precisa completar o esquema vacinal com a segunda, fique atento e confira o local mais próximo da sua casa. As equipes do governo do Estado do Acre estarão nas seguintes localidades:

Hoje, 10, e amanhã, dia 11

Comunidades de São Gerônimo, Foz do Paraná dos Mouras e Nova Cintra, no município de Rodrigues Alves, no Vale do Juruá;

Ainda hoje, 10, e amanhã, dia 11

Caravana de Vacinação com a Ação Humanitária Itinerante do governo do Estado, em Assis Brasil, no Vale do Alto Acre;

Dias 12 e 13

Comunidades Esperança, Três Bocas, Iracema, Formigueiro, Mororó e Veneza, em Porto Walter, no Vale do Juruá;

Dia 17

Terminal urbano, das 8 às 18 horas, em Rio Branco;

Dia 24

Cidade do Povo, das 0]8 às 18 horas, em Rio Branco.

 

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Adolescente de 15 anos morre em grave acidente entre moto e caminhão na BR-364 em Tarauacá

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Jovem seguia como garupa e não resistiu aos ferimentos; condutor da moto foi hospitalizado. Acidente ocorreu de madrugada em trecho de neblina

Com a força da batida, o jovem foi arremessado ao solo e não resistiu aos ferimentos, morrendo ainda no local do acidente, antes da chegada de qualquer socorro médico. Foto: captada 

Um adolescente de 15 anos morreu na madrugada desta quarta-feira (24) após um grave acidente entre uma motocicleta e um caminhão na BR-364, em Tarauacá. O jovem seguia como passageiro (garupa) da moto quando houve uma colisão lateral com o veículo de carga nas proximidades do Areal do Rames, no km 3 da rodovia.

Com o impacto, o adolescente foi arremessado ao solo e não resistiu aos ferimentos, falecendo ainda no local. O condutor da motocicleta sofreu ferimentos graves e foi socorrido pelo SAMU, sendo encaminhado ao hospital. O motorista do caminhão permaneceu no local e prestou esclarecimentos.

Com o forte impacto, a motocicleta ficou praticamente partida ao meio, com partes espalhadas pela via. Foto: captada 

O acidente ocorreu ao amanhecer, em um trecho asfaltado da rodovia e sob condições de neblina, que podem ter contribuído para a tragédia. O caso já está sendo investigado pelas autoridades competentes. A morte do jovem às vésperas do Natal causou comoção na comunidade de Tarauacá.

O acidente ocorreu no momento em que o dia começava a clarear, em um trecho da rodovia com asfalto, sob condições de neblina, o que pode ter contribuído para a tragédia. Foto: captada 

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Homem preso com armas e drogas no Belo Jardim é colocado em liberdade após audiência de custódia

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Dioney Bruno Ferreira de Souza, 23 anos, foi detido com pistola 9mm, espingarda e 42 porções de cocaína, mas Justiça não impôs medidas cautelares

Com a aproximação das viaturas, a maioria dos envolvidos fugiu, pulando muros e cercas de residências próximas. Foto: arquivo

O jovem Dioney Bruno Ferreira de Souza, de 23 anos, preso na noite da última terça-feira (23) durante operação da Polícia Militar no bairro Belo Jardim em Rio Branco, foi colocado em liberdadeapós audiência de custódia no Fórum Criminal. A decisão judicial não impôs nenhuma medida cautelar ao investigado, que havia sido flagrado com armas de fogo e drogas.

Material apreendido durante a prisão:
  • 1 pistola calibre 9mm

  • 1 espingarda calibre 28

  • 26 munições de diversos calibres

  • 42 papelotes de cocaína

Circunstâncias da prisão:

A operação ocorreu por volta das 21h no Beco Cristo Rei, região conhecida por conflitos entre facções criminosas. Durante patrulhamento, policiais encontraram várias pessoas ingerindo bebidas alcoólicas em via pública com som em volume elevado, configurando perturbação da ordem pública. Com a aproximação das viaturas, a maioria fugiu, mas Dioney permaneceu no local.

Segundo a Polícia Militar, o jovem teria arremessado uma arma no quintal de uma residência vizinha antes da abordagem. A apreensão incluiu ainda os entorpecentes e munições encontradas nas proximidades.

Durante a ação, os policiais apreenderam uma pistola calibre 9 milímetros, uma espingarda calibre 28, 26 munições e 42 papelotes de cocaína. Foto: arquivo

Decisão judicial:

Após a audiência de custódia, o judiciário decidiu pela liberdade do investigado sem impor medidas como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com testemunhas ou comparecimento periódico à Justiça. O caso segue em investigação pela Polícia Civil, que deverá analisar as evidências e decidir sobre denúncia formal pelos crimes de porte ilegal de arma e tráfico de drogas.

A decisão contrasta com a gravidade do material apreendido e ocorre em um bairro que vive tensão constante devido a disputas territoriais entre facções criminosas.

Dioney Bruno, preso durante uma operação da Polícia Militar no bairro Belo Jardim, foi colocado em liberdade após passar por audiência de custódia. A decisão judicial não impôs medidas cautelares ao investigado. Foto: captada 

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Rotam prende homem por tráfico e apreende drogas em duas ações na mesma noite em Rio Branco

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Equipes da Companhia Rotam, do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Acre (BOPE/PMAC), realizaram duas ações distintas de combate ao tráfico de drogas, na noite de terça feira, 23, que resultaram na prisão de um homem e na apreensão de entorpecentes em bairros diferentes da capital.

Durante patrulhamento preventivo da Operação Impacto, no bairro Vitória, os policiais observaram um indivíduo com uma mochila que, ao perceber a aproximação da viatura, fugiu a pé pelos fundos de uma residência, dispensando o objeto durante a fuga. Na mochila, a equipe encontrou entorpecentes.

O suspeito foi localizado em seguida, escondido em uma residência próxima, e recebeu voz de prisão. Questionado, ele assumiu a propriedade da droga e informou que utilizava o imóvel, pertencente à sua avó, para armazenar entorpecentes. O homem foi conduzido à Delegacia Especializada, juntamente com o material apreendido, para as providências cabíveis.

Apreensão no bairro Defesa Civil

Ainda na mesma noite, outra equipe da Rotam realizou uma apreensão de drogas no bairro Defesa Civil. Durante patrulhamento tático na rua Fluminense, área conhecida pela intensa comercialização de entorpecentes, os policiais localizaram, em uma casa abandonada, 103 trouxinhas de cocaína, totalizando 78 gramas, e 10 invólucros de maconha, com cerca de 20 gramas.

Nenhum suspeito foi localizado no local, e todo o material apreendido foi recolhido e encaminhado à unidade responsável para os procedimentos legais.

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