Polícia conclui que jovem desaparecida há 2 meses foi morta e suspeito é preso na capital

Homem foi apresentado por videoconferência à Justiça do Acre. Jovem sumiu depois de deixar filho em lanchonete da família.

Polícia conclui que jovem que sumiu há 2 meses foi morta e suspeito é apresentado em vídeo à Justiça no AC — Foto: Arquivo da família

Por Aline Nascimento, G1 AC

Um dos investigados na morte da jovem Kesia Nascimento da Silva foi preso na terça-feira (31) pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A polícia cumpriu um mandado de prisão temporária contra o rapaz, que foi levado para o Complexo Prisional Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco.

Devido à pandemia de Covid-19, a Justiça acreana suspendeu os atendimentos presenciais e viagens, no último dia 16, para evitar a proliferação da doença, mas o suspeito participou de uma audiência de apresentação por videoconferência com a juíza Luana Campos.

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Kesia sumiu no dia 28 de janeiro deste ano após deixar o filho pequeno em uma lanchonete da família, na Estrada da Floresta, em Rio Branco. Ela tinha esquizofrenia, fazia tratamento contra a doença e tomava remédios.

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O delegado responsável pelo caso, Martin Hessel, confirmou a prisão do rapaz, mas disse que só vai comentar sobre o caso após concluir o inquérito, o que ainda não ocorreu. O corpo de Kesia ainda não foi achado.

Videoconferência

A juíza Luana Campos, titular 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco, explicou que a audiência é usada para informar os motivos da prisão ao suspeito e quanto tempo ele vai ficar no presídio.

“A Resolução do Conselho Nacional de Justiça prevê dois tipos de custódias, que são por prisão em flagrante e a audiência de apresentação em que a pessoa não é presa em flagrante e tem uma prisão preventiva ou temporária decretada. Esse pessoal que integra facção criminosa é preso em vários processos, então, nem sabem o motivo da prisão. Fazemos essa audiência para saberem”, resumiu.

Investigações

No dia 27 de fevereiro, a Polícia Civil disse que já tinha ouvido dez pessoas envolvidas no caso. Porém, o delegado Martin Hessel disse, na época, que não ia divulgar mais informações para não atrapalhar as investigações.

No dia do sumiço, Kesia deixou o filho de 6 anos na lanchonete da tia e saiu. Os parentes não viram a direção tomada pela jovem e nem se ela estava acompanhada. A Polícia Civil do Acre chegou a informar que buscava imagens que pudessem ajudar a descobrir com quem a jovem saiu da lanchonete.

Em entrevista no dia 14 de fevereiro, a mãe de Kesia, a professora Maria Darc do Nascimento, disse que tinha procurado a polícia quase todos os dias em busca de notícias.

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Publicado por
G1 Acre