Brasil
Vigilância na fronteira vai preservar soberania nacional, diz Temer em MS
Presidente em exercício visitou instalações do Sisfron em Dourados.
Sistema foi lançado em 2011 e deve receber R$ 12 bi em investimentos.
“Acho que a tecnologia está sendo usada exata e precisamente para cada vez mais aumentar a segurança no tocante às fronteiras, vocês sabem que, muito recentemente, várias operações foram realizadas, mas eram operações, movimentações episódicas, Ágata, Sentinela, que deram os melhores resultados. O que está acontecendo é que esse sistema de fronteira é uma operação permanente por todas as fronteiras brasileiras. Isso vai preservar de um lado, naturalmente, o combate à criminalidade, e de outro lado a própria soberania nacional pela proteção das fronteiras. Foi uma viagem, a meu modo de ver, muito produtiva, por estes contatos que eu mantive”, ressaltou.
Após reunião com generais do Exército, o presidente em exercício, Michel Temer, conheceu equipamentos e instalações do Sisfron, montados no pátio da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada e disse que teve boas impressões durante a apresentação do Sisfron, feita pelo Exército.
“Melhores possíveis. Na verdade, a primeira sensação é que a segurança das fronteiras e o combate à criminalidade vai aumentado cada dia mais e ao invés de nós termos apenas pessoas físicas cuidando, temos hoje a utilização da tecnologia, que detecta os delitos cometidos com uma rapidez extraordinária, mobilizando também muito rapidamente as pessoas que se encarregam de deter aqueles que estão cometendo delitos. Mas, quero acrescentar um dado, que essa ação cívico-social, que se faz por meio desta operação, pude verificar agora, como verifiquei no passado, são milhares pessoas tiveram pela primeira vez possibilidade de um exame médico, uma consulta médica, e até de exames. São fatores que, digamos, enaltecem o sistema”, afirmou.
Questionado sobre o investimento R$ 12 bilhões que o Sisfron deve receber até 2021 e sobre a garantia de retorno para a população, Temer disse que os benefícios serão além da questão de segurança nas fronteiras.
“Basta verificar a exposição extraordinária que me fizeram e, sobre mais, o fato até demonstrado das vantagens até econômicas que uma implantação de um sistema dessa natureza pode gerar para o Brasil, acrescentando-se o fato de que o material utilizado é material fabricado pela indústria nacional. Portanto, isso significa geração de empregos pelas empresas que vão, estão e continuarão a fabricar esses equipamentos”, avaliou.
Acompanhado de militares do Exército, Temer fez sobrevoo em helicóptero em um ponto de fiscalização e implantação do Sisfron na BR-463, na zona rural de Dourados. Depois, foi para o Aeroporto da cidade, de onde seguiu para Brasília em aeronave da Força Aérea Brasileira.
Sisfron
O projeto-piloto do Sisfron funciona na 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados e abrange cerca de 650 quilômetros de fronteiras no estado, que são monitorados por radares fixos e móveis, sensores óticos e câmeras de longo alcance. Mato Grosso do Sul está localizado na fronteira do Brasil o Paraguai e a Bolívia.
O Sisfron também engloba comunicações táticas e estratégicas, e conta com tropas do exército, caminhões, trens, helicópteros e blindados. Segundo o general da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados, Rui Yutaka Matsuda, o monitoramento será feito também por vídeo, através de câmeras, e transmitido em tempo real para o centro de comando. O sistema prevê que podem ser usados também câmeras de longo alcance, satélites e veículos aéreos não tripulados, que podem filmar e tirar fotos.
A prática é inovadora, segundo o general, por focar no reconhecimento, vigilância e coleta de dados na faixa de fronteira, por isso, tem despertado interesse de outros países. O projeto começou em 2011 e a expectativa do Exército Brasileiro é que, em um prazo de 10 anos, o sistema esteja implantado e esteja em funcionamento nos 16,8 mil quilômetros de faixa de fronteira em 11 estados do país.
O investimento previsto para a implantação do Sisfron é de R$ 12 bilhões, segundo informações do Exército. O projeto foi criado a partir do decreto que institui o Plano Estratégico de Fronteiras, de 2011, e é baseado em três eixos: projeto de sensoriamento e apoio à decisão (área de tecnologia), obras e infraestrutura, e projetos de apoio e atuação. Só na área de tecnologia para monitoramento das fronteiras a estimativa é que sejam investidos R$ 5,93 bilhões até 2021.
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Sete desaparecidos na mata em 2025: Corpo de Bombeiros alerta para riscos no Vale do Juruá
Comunidades rurais dependem da floresta para atividades como caça e pesca, mas aumento de casos exige operações complexas de resgate

Os casos recentes chamam a atenção para os desafios enfrentados pelas comunidades que dependem da floresta para sua subsistência. Foto: cedida
Desde o início de 2025, sete pessoas já se perderam na mata na região do Vale do Juruá, no Acre, segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, Josadac Cavalcante. A área, que abriga diversas comunidades rurais, tem na floresta uma fonte de sustento para atividades como caça e pesca, mas também apresenta riscos crescentes de desaparecimentos.
“Somente nestes primeiros meses do ano, recebemos seis chamados para resgatar pessoas perdidas na selva. Recentemente, fomos acionados para localizar dois caçadores em Ipixuna. Eles saíram para caçar no domingo junto com outros dois companheiros, mas apenas dois conseguiram retornar”, relatou Cavalcante.
Na quinta-feira (12), mais um caso foi registrado, desta vez no Ramal 3, em Cruzeiro do Sul. O Corpo de Bombeiros mobilizou uma equipe especializada para iniciar as buscas. O comandante destacou que as operações na região exigem um planejamento cuidadoso devido às dificuldades de acesso e à densidade da vegetação.
“Algumas áreas são de difícil penetração, o que demanda o uso de equipamentos adequados e estratégias específicas para garantir a segurança tanto das equipes de resgate quanto das vítimas”, explicou Cavalcante.
Os casos recentes chamam a atenção para os desafios enfrentados pelas comunidades que dependem da floresta para sua subsistência. O Corpo de Bombeiros reforça a importância de medidas preventivas, como o uso de equipamentos de localização e a comunicação prévia sobre rotas e atividades na mata, para reduzir os riscos de desaparecimentos.
Enquanto isso, as buscas pelos desaparecidos continuam, com as equipes trabalhando contra o tempo para garantir o resgate seguro em meio às adversidades da selva amazônica.

A área, que abriga diversas comunidades rurais, tem na floresta uma fonte de sustento para atividades como caça e pesca, mas também apresenta riscos crescentes de desaparecimentos. Foto: cedida
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Mulher é presa ao tentar embarcar com 10 kg de maconha no aeroporto de Manaus
Passageira foi flagrada durante fiscalização com cão farejador; droga estava escondida na bagagem despachada e tinha como destino Brasília

A droga tinha como destino a cidade de Brasília, no Distrito Federal. Foto: cedida
A Polícia Federal prendeu uma mulher que tentava embarcar com aproximadamente 10 kg de maconha prensada no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. A apreensão ocorreu durante uma operação de rotina, que contou com o apoio de um cão farejador.
Ao abordar a passageira, os agentes identificaram volumes suspeitos em sua bagagem despachada. Após uma verificação detalhada, foi confirmado que se tratava de entorpecentes. A droga tinha como destino a cidade de Brasília, no Distrito Federal.
A mulher foi encaminhada à Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas e permanece à disposição da Justiça. Ela poderá responder pelo crime de tráfico interestadual de drogas, que pode resultar em pena de prisão de 5 a 15 anos, além de multa.
O caso reforça a atuação das forças de segurança no combate ao transporte ilegal de drogas em aeroportos do país. A Polícia Federal segue investigando a origem e as conexões da passageira com possíveis redes de tráfico.

Ela poderá responder pelo crime de tráfico interestadual de drogas, que pode resultar em pena de prisão de 5 a 15 anos, além de multa. Foto: cedida
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Mulheres no volante: TRE-AC amplia participação feminina entre motoristas
A presença feminina na equipe de motoristas do TRE-AC reflete um avanço na valorização da competência profissional e na ampliação de oportunidades em áreas tradicionalmente masculinas

As motoristas relataram que frequentemente ouvem comentários depreciativos sobre mulheres ao volante. Foto: cedida
No atual contrato de motoristas do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), a presença feminina ganhou destaque. Das cinco pessoas contratadas, três são mulheres: Elisângela Correia, Maria Claudete e Aurinete da Silva. A atuação delas, porém, ainda esbarra em desafios e estereótipos enraizados na sociedade.
As motoristas relataram que frequentemente ouvem comentários depreciativos sobre mulheres ao volante. “Muitas vezes, quando acontece alguma coisa no trânsito, já falam que é porque era uma mulher dirigindo. Dizem que mulher é barbeira, que não tem habilidade, que deveria estar em casa cuidando da cozinha”, contou Elisângela Correia.
Maria Claudete reforçou que, apesar das dificuldades, a presença feminina na área tem sido cada vez mais reconhecida. “Tem muita gente que admira e elogia. Falam que nós dirigimos com mais atenção e cuidado. A verdade é que somos tão capazes quanto qualquer homem”, disse.
Para Aurinete da Silva, superar os preconceitos é uma motivação diária. “Estamos aqui porque somos competentes. Se fosse diferente, não teríamos conquistado essas vagas. Espero que, no futuro, ser motorista mulher não seja visto como algo raro, mas como algo normal”, destacou.
A presença feminina na equipe de motoristas do TRE-AC reflete um avanço na valorização da competência profissional e na ampliação de oportunidades em áreas tradicionalmente masculinas. Elisângela Correia, Maria Claudete e Aurinete da Silva conquistaram seus postos por mérito e experiência, demonstrando que a qualificação independe de gênero. Além disso, o contrato do TRE-AC está alinhado às diretrizes de inclusão e diversidade previstas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que incentiva a equidade na ocupação de cargos, garantindo que a distribuição de vagas considere a representatividade de gênero, raça e etnia, conforme os dados do IBGE.
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