Brasil

Vice-presidente do PT apoia megaoperação no Rio: “Tinha que matar mil”

Megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão foi a mais letal da história do Rio de Janeiro, deixando 122 mortos, sendo 4 policiais

Billy Boss/Câmara dos Deputados

Um dos vice-presidentes do Partido dos Trabalhadores (PT), o prefeito de Maricá (RJ) Washington Quaquá (PT) deu uma declaração que gerou polêmica entre correligionários, nesta terça-feira (2/12), durante seminário da sigla sobre segurança pública, organizado no Rio de Janeiro. Ele saiu em defesa da megaoperação deflagrada em outubro nos complexos da Penha e do Alemão, zona norte do Rio, ao dizer que a polícia “só matou otário” e “tinha que matar mil”.

“O Bope só matou ali otário, vagabundo, bandido. Eu perguntei: ‘Tem trabalhador aí?’. Não. Tudo bandido”, disse o prefeito. “Eu acho que a operação foi malsucedida não é pelo número de mortos. O Complexo da Penha tem mais de 1 mil soldados do tráfico. Então, se fosse para matar, tinha que matar 1 mil soldados. A questão é que a operação foi uma operação de entrar e não de ocupar”, continuou Quaquá.

A megaoperação policial foi considerada a mais letal da história do estado do Rio de Janeiro, deixando 122 mortos, entre eles quatro policiais.

Essa não é a primeira vez que Quaquá expressa opinião sobre a megaoperação. Um dia após a ação policial, o prefeito de Maricá afirmou que a ação foi “necessária” para desocupar territórios dominados pelas facções criminosas.

“Não concordo com a maneira como o governador botou o pé na operação, tentando jogar a culpa no Governo Federal, mas a ação foi necessária, embora devesse ser melhor planejada”, disse.

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Metropoles