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Brasileira denuncia abusos na fiscalização de trânsito contra motoristas no centro comercial de Cobija

Engarrafamento de veículos na Avenida Tcnl. Henrique Fernández Cornejo gera revolta; turista questiona falta de sinalização e multas abusivas em dólares

A denunciante relatou que os alvos da fiscalização são, em sua maioria, cidadãos brasileiros que cruzam a fronteira para fazer compras na Zona Franca de Cobija. Foto: captada 

Brasileira que não teve seu nome divulgado, indignada com o sistema de fiscalização de trânsito  (Zona Franca de Cobija), procurou os meios de comunicação da capital do departamento de Pando, na Bolívia, para denunciar o que considera abusos contra motoristas do Brasil que visitam a região.

Imagens divulgadas por comerciantes de Cobija, na Bolívia, viralizaram nas redes sociais nesta sexta-feira (28) e mostram dezenas de veículos de placa brasileira apreendidos de forma abrupta na Avenida Tcnl. Henrique Fernández Cornejo, principal via do centro comercial da cidade. Os registros, feitos pelos próprios lojistas, revelam que os carros foram “engrampados” sem que houvesse sinalização clara sobre restrições de estacionamento para turistas.

A comerciante registrou com seu celular e denunciou às redes sociais bolivianas o que classifica como “prática abusiva” da fiscalização de trânsito no centro de Cobija.

As imagens mostram vários veículos com placas brasileiras sendo ”Engrampados’ na Avenida Tcnl. Henrique Fernández Cornejo, principal via comercial da Zona Franca.

Comerciante ‘Zofra Cobija’ registraram cenas de apreensão de veículos e questiona legalidade de operação que estaria mirando especificamente turistas brasileiros e atrapalhando as vendas no comercio local 

“É revoltante perceber que só retêm carros brasileiros. Viemos movimentar o comércio aqui e somos recebidos com essa hostilidade”, desabafa um dos denunciantes, que preferiu não se identificar. Ele questiona três pontos principais:

  1. A ausência de sinalização clara sobre restrições de estacionamento
  2. A cobrança das multas em dólares, com valores que chegam ao absurdo
  3. A falta de transparência sobre os locais de depósito dos veículos apreendidos

A situação tem causado mal-estar entre comerciantes bolivianos que dependem dos turistas brasileiros. “Essa fiscalização agressiva está afastando nossos clientes”, confessa um lojista da zona franca que pediu anonimato.

O caso levanta preocupação sobre o tratamento dado a visitantes estrangeiros na região fronteiriça (Zonfra Cobija), onde o fluxo de turistas brasileiros é essencial para a economia local. Foto: captada 

A denunciante relatou que os alvos da fiscalização são, em sua maioria, cidadãos brasileiros que cruzam a fronteira para fazer compras na Zona Franca de Cobija, atraídos pelos produtos importados.

É questionado pela comerciante que filma o sinistro, a mesma fica indignada pela legalidade da medida e critica a ação que são cobrado valores das multas para a liberação do veiculo, cobradas em dólares, para a liberação dos veículos guinchados para locais muitas vezes desconhecidos.

“Os motoristas afetados são sempre brasileiros, e não há placas indicando a proibição de estacionar. É uma ação abusiva e desrespeitosa com os turistas que movimentam o comércio local”, afirmou. Ainda segundo a turista, os valores exigidos para recuperar os carros são altos e não seguem critérios transparentes.

O caso levanta preocupação sobre o tratamento dado a visitantes estrangeiros na região fronteiriça (Zofra Cobija), onde o fluxo de turistas brasileiros é essencial para a economia local.

A denúncia foi repassada às autoridades bolivianas, que ainda não se pronunciaram sobre o assunto. Enquanto isso, motoristas que frequentam Cobija pedem mais clareza nas regras de trânsito e fiscalização justa, sem discriminação.

A situação reforça a necessidade de diálogo entre os dois países para garantir direitos básicos aos turistas e evitar práticas que possam prejudicar a relação comercial e turística na fronteira.

Falta de sinalização e multas altas

A denunciante afirma que:

Não há placas claras indicando proibição de estacionamento no local;

Os motoristas afetados são “quase sempre brasileiros” que cruzam a fronteira para compras;

Os carros são levados para pátios distantes, com taxas de liberação cobradas em dólares e valores considerados abusivos.

“É um desrespeito com quem movimenta o comércio aqui. Se fosse proibido estacionar, que ao menos sinalizassem. Mas parece que só multam os carros com placa do Brasil”, desabafou.

Repercussão e questionamentos

A prática já seria recorrente, segundo relatos de outros motoristas. A denúncia levanta dúvidas sobre:

Critérios da fiscalização — Por que apenas veículos brasileiros são alvos?

Falta de transparência — Onde os carros são levados e qual o valor real da multa?

Impacto no turismo — A medida pode desestimular brasileiros a frequentar Cobija?

Avenida Tcnl. Henrique Fernández Cornejo, principal via do centro comercial da cidade, sem que haja sinalização clara sobre restrições de estacionamento para os turistas. Foto: internet 

Procuradas pela imprensa de Pando, as autoridades de trânsito de Cobija ainda não se pronunciaram. Enquanto isso, comerciantes da Zona Franca temem que o caso afete o fluxo de consumidores.

Veja vídeo desta sexta-feira, dia 28:

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Publicado por
Marcus José