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Tráfico se desloca do céu para os rios e recruta ribeirinhos na Amazônia
Com o céu mais vigiado, o tráfico “desceu” para as rotas fluviais e gerou novos desafios de monitoramento e combate, pois comunidades antes isoladas estão sendo recrutadas para o crime

Policiais vistoriaram bagagem de passageiros em barco no Amazonas: tráfico muda logística na Amazônia. Foto: Murilo Rodrigues/ATUAL
Com Sindarma
Com o reforço aéreo implementado em 2004, conhecido como “Lei do Abate”, para combater o tráfico de drogas na Amazônia, traficantes trocaram o céu pelos rios para escoar drogas na região. A mudança na logística do tráfico inclui cooptar comunidades ribeirinhas para apoio ao crime organizado.
A afirmação é dos pesquisadores Leila Pereira, Rafael Pucci e Rodrigo R. Soares no estudo “Aterrissando na água: interdição aérea, tráfico de drogas e violência na Amazônia brasileira” e integra o projeto Amazônia 2030.
“O tráfico de drogas é um dos principais fatores de violência e instabilidade social na América Latina. Na Amazônia brasileira, sua dinâmica é intensificada pela vastidão territorial e pela complexa rede de rios e florestas que facilitam o transporte de substâncias ilícitas”, dizem os pesquisadores.
O levantamento detalha as características geográficas da região, a falta de habitantes por metro quadrado, as distâncias e as dificuldades de fiscalização dos crimes.
Também afirma que o Brasil, em 2002, adotou medidas para melhorar o controle sobre o espaço aéreo. “O Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM-SIPAM) e o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV) foram criados com o objetivo de aumentar a capacidade de interceptação de voos ilegais. Em 2004, com a infraestrutura de monitoramento em funcionamento, o Brasil implementou uma política de interdição aérea, conhecida como ‘Lei do Abate’, com o objetivo de combater o tráfico de drogas”, citam os pesquisadores.

Aeronave com drogas foi incendiada a pousar no interior do Amazonas: maior vigilância aérea. Foto: Divulgação/Polícia Federal
Com o céu mais vigiado, o tráfico “desceu” para as rotas fluviais e gerou novos desafios de monitoramento e combate, pois comunidades antes isoladas estão sendo recrutadas para o crime. “As populações que antes estavam relativamente isoladas, agora se encontram no epicentro de atividades ilegais com um aumento considerável na violência. O deslocamento para as rotas fluviais trouxe novos desafios: os barcos, ao contrário dos aviões, precisam de apoio logístico em diversas localidades. Isso significa que as comunidades ao longo das rotas estão sendo cada vez mais expostas às organizações criminosas e à violência”, afirmam os estudiosos no levantamento.
“Essa dinâmica aumenta o risco de envolvimento das populações locais nas atividades criminosas, especialmente dos jovens”, complementam.
No estudo os pesquisadores analisaram municípios com menos de 100 mil habitantes localizados na porção oeste da Amazônia, na área está mais próxima à fronteira dos Andes, que forma uma rota fluvial natural para o transporte de cocaína de países produtores, como Peru e Colômbia, para Manaus.
“Os resultados indicam que aproximadamente 1.430 homicídios registrados entre 2005 e 2020 podem ser atribuídos ao deslocamento do tráfico de cocaína causado pela política de interdição aérea”, diz a pesquisa.

Maconha apreendida em barco abordado por soldados do Exército na fronteira do Brasil com a Colômbia. Foto: CMA/Divulgação
Os pesquisadores propõem quatro ações para reduzir o impacto da logística fluvial do tráfico: fortalecer o monitoramento das rotas aquáticas, promover a educação e a capacitação nas comunidades locais, investir em alternativas sustentáveis para a região e ampliar a cooperação internacional.
Outro problema nas rotas fluviais são os assaltos em embarcações que transportam combustíveis e outros derivados de petróleo, feitos por “quadrilhas de piratas”.
Segundo o Sindarma (Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas), as balsas são monitoradas via satélite e possuem câmeras e dispositivos de alarme. “Desde 2022, com autorização dos órgãos competentes e apoio das distribuidoras de combustível, as balsas passaram a contar com escoltas armadas de segurança privada, contratadas pelas próprias empresas de navegação. Estas escoltas reduziram significativamente o sucesso das quadrilhas de piratas”, diz o sindicato.
O Sindarma não soube informar de quanto foi a redução nas ocorrências de ataques piratas às embarcações.
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Polícia Civil do Acre prende homem por violência doméstica na zona rural de Cruzeiro do Sul

Prisão foi realizada pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Criança e Adolescente (DEMPCA), com base em mandado judicial. Foto: cedida.
A Polícia Civil do Acre, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Criança e Adolescente (DEMPCA) de Cruzeiro do Sul, cumpriu, nesta semana, mandado de prisão contra um homem acusado de praticar violência doméstica e ameaçar fisicamente seus próprios familiares. A ação ocorreu na comunidade Vila Santa Luzia, localizada na zona rural do município.
A prisão foi determinada pelo Poder Judiciário após representação da autoridade policial responsável pelo caso. De acordo com as investigações, além de agredir fisicamente sua companheira, o homem também vinha causando pânico entre seus familiares, utilizando ameaças constantes para intimidá-los.
Segundo a autoridade policial da DEMPCA de Cruzeiro do Sul, a atuação rápida da Polícia Civil foi essencial para garantir a segurança da vítima e restaurar a tranquilidade na comunidade rural. “Trata-se de uma resposta firme contra práticas de violência doméstica, que não serão toleradas, seja na área urbana ou rural”, afirmou o delegado Vinícius Almeida.
O homem foi encaminhado ao presídio local, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Fonte: PCAC
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Polícia Militar prende homem com mais de 43 kg de drogas no bairro Santa Inês
Uma equipe da Companhia Rotam, do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PMAC, prendeu um homem, na tarde desta quarta-feira, 06, e apreendeu mais de 43 kg de skank, em uma abordagem no Bairro Santa Inês. A ocorrência foi resultado de uma denúncia anônima, que informava características do local e detalhes da operação criminosa.
As informações iniciais davam conta de que um homem teria sido levado à força para dentro de uma residência, o que levantou suspeitas de um possível cárcere privado. Os policiais se dirigiram ao endereço informado e encontraram o portão da residência trancado, sendo possível visualizar, através da parte superior do muro, um indivíduo no interior da casa, agachado e aparentemente manuseando as drogas.
Ao perceber a presença policial o suspeito tentou se esconder, no entanto, diante da situação flagrante, os militares entraram pelo muro lateral do imóvel e conseguiram identificar, já na entrada da casa, uma expressiva quantidade de entorpecentes, disposta ao lado da parede. O homem foi abordado e, durante busca pessoal, foram encontrados R$ 2.450 em espécie no bolso de sua bermuda.
Na ação, foram apreendidos 43,14 kg de skunk, droga conhecida como a “supermaconha”, dois celulares e a quantia em dinheiro mencionada. O suspeito foi conduzido à Central de Flagrantes para os devidos procedimentos legais.
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PM prende homem por tráfico de drogas no 1º Distrito
1• Batalhão da Polícia Militar do Acre (PMAC) prendeu um homem por tráfico de drogas, no bairro da Paz, na manhã desta quinta-feira, 08.
Durante patrulhamento, os militares receberam denúncia anônima de um homem que estaria comercializando drogas na Travessa Sabiá, no bairro da Paz. Após colhidas as informações, a guarnição foi ao local, onde visualizou o homem com as mesmas características repassadasna denúncia.
Rapidamente, a equipe policial abordou o suspeito, que portava consigo 27 papelotes de skank, 40 trouxinhas de cocaína, 50 pedras de crack e dinheiro em espécie. O detido foi conduzido à Delegacia de Flagrantes (Delfa), para as providências legais.
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