Trabalhadores dos Correios não param, mas continuam com mobilização pré-agendada

Os trabalhadores dos Correios decidiram não deflagrar greve, durante assembleia realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC), no início da noite de ontem. A decisão ainda mantém o estado de greve para a possibilidade de uma mobilização caso não haja avanços nas negociações que buscam o fim da entrega alternada, o fechamento de agências, as demissões, o fim da cobrança da cobrança do plano de saúde e outras reivindicações.

Segundo a presidente do Sintect-AC, Suzy Cristiny, houve um acordo parcial em que os funcionários aceitaram o aumento de 3,68%, a manutenção do acordo coletivo e o tíquete alimentação.

“Tivemos um aumento que é um percentual pequeno e a manutenção dos acordos feitos anteriormente, mas ainda existem outras lutas para evitar que o povo fique sem os serviços dos Correios, porque a direção quer acabar com a empresa, fechando agências e desempregando mais pessoas, o que não podemos deixar”, protestou a sindicalista.

Suzy Cristiny continua denunciando a determinação da estatal de cobrar dos o plano de saúde, chegando a consumir até 40% do salário líquido.

“O plano de saúde serve para atender o trabalhador pode sofrer algum acidente de trabalho, como um câncer de pele, um atropelamento e outros problemas relacionados a função, mas a empresa decidiu tirar o bolso do empregado problemas causados pela própria empresa”, alertou a presidente do Sintect-AC.

A líder do sindicato ainda reclamou da política de fechamento de agências, dificultando o envio de postagens.

“A empresa é pública, portanto, tem uma responsabilidade social com a população. Temos muitas famílias que sacam dinheiro nas agências, que solicitam CPF e enviam correspondências. Se houver o fechamento, existirá o aumento de filas e a dificuldade de chegar até os Correios mais próximo”, alertou.

Uma nota de repúdio será escrita contra o presidente dos Correios que vem negando os direitos dos trabalhadores, como a criação da entrega alternada, em que o carteiro passa a atender mais de duas regiões, demorando o recebimento de postagens, porque o trabalhador poderá passar de novo em uma mesma rua três dias depois, acumulando o volume de itens a serem encaminhados e aumentando o fluxo de atividades, aumentando o tempo de demora entre o envio e o recebimento.

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Assessoria