Editorial – Sobre o Carnaval

Por Maria Coutinho

Em Brasileia, os foliões resistiram a crise, enfeitaram a Ugo Poli, acreditaram no carnaval democrático e compartilhado. Nos dias de folia, foi possível sentir a garotada das famílias serelepes. A risada entre amigos dividia espaço com o gotejar da chuva fina. E mais íntimos do encanto, vivenciamos a beleza florindo as emoções em cores e amores.

As crianças arteiras, enfeitaram a matinê aproveitando o largo espaço tranquilo. Quanto aos adultos, brilharam em suas criatividades explorando o significado da vida. A bagunça foi linda, mesmo em pequenas proporções. Testemunhei a felicidade transbordando no universo daqueles que sabem ver o que há de melhor.

Em meio a tantas performances, carnavalesca, lá pelas tantas da tarde, foi impossível resistir a essa imagem emblemática de amor incondicional. O que dizer sobre esse homem caracterizado de “Rolinha do Coronel”, desfilando nas ruas da cidade de Brasileia com sua pequena Aiyra Lima, de 05 anos? Pai sábio e admirável. Naquele momento, senti a felicidade estampada na alma de duas crianças a brincar colorindo com intensidade, o amor.

Como a infância passa rápido, reflito a opinião de Ayra sobre esse ‘paizão’, num breve espaço de tempo. Certamente dirá que sente orgulho por ter o melhor pai do mundo. Que muitos filhos sonham em ter pais como este. Aprenderá que a felicidade e o afeto se constroem a cada dia. Entenderá que pais e filhos também se divertem juntos. Que sua felicidade foi alcançada. E que a beleza existe e se faz grandiosa nas pequenas coisas, basta deixar brotar.

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Publicado por
Alexandre Lima