Só Rio Branco e Epitaciolândia prestam contas dos recursos gastos com saúde e educação

Ainda não completaram seis meses nos cargos e os novos prefeitos já começam a trabalhar com velhas e falidas práticas de administração. Dos 22 municípios do Acre, apenas dois, Rio Branco e Epitaciolândia, estão adimplentes com os Ministérios em Brasília.

Os outros 20 prefeitos estão perdendo milhões em recursos para obras de infraestrutura, principalmente do programa Calha Norte, que repassa dinheiro para municípios pobres da região Norte. Quem estiver inadimplente não pode receber recursos da União.

Desde o início do ano, quando os novos prefeitos assumiram, a AMAC – Associação dos Municípios do Acre luta para que os gestores façam as prestações de contas que estavam atrasadas e não esqueçam de enviar os relatórios atuais. No início da gestão, em janeiro, eles até se esforçaram. Cerca de oito municípios estão em dia com as prestações de contas, mas, só, foi passar, alguns dias, e a velha prática retornou.

Os prefeitos estão deixando de enviar as prestações de contas dos recursos que comprovem o gasto mínimo com saúde e educação. Eles tinham até 30 de abril para enviar os documentos. Já estamos quase na metade do mês de maio, e nada de enviar o relatório para Brasília.

A AMAC está entrando em contato com os prefeitos, só que a relação dos ministérios, onde está a inadimplência está crescendo. Até quem tinha colocado a papelada em dia deixou de lado uma exigência legal que é a prestação de contas. Somando os recursos, que deixam de chegar aos municípios, dá mais de R$ 20 milhões. Esse bolo pode crescer ainda mais se as prefeituras não começarem a se explicar onde estão gastando os recursos recebidos.

Adaílson Oliveira

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Publicado por
Alexandre Lima