Dia 24 de outubro (terça-feira), fora um dia de grande movimentação na sede do Sindicato dos Soldados da Borracha e Seringueiros de Rondônia. Na data, iniciou-se mais uma campanha de abaixo-assinado em defesa da categoria.
No ato do lançamento participaram soldados da borracha, familiares e filiados, segundo a diretoria da entidade, o documento terá o objetivo de levar as reivindicações da categoria à capital federal do país.
Também em entrevista, o presidente da entidade, José Romão Grande (95 anos), disse que para a Amazônia na época da Segunda Guerra Mundial, o governo de Getúlio Vargas enviou cerca de 60 mil trabalhadores nordestinos para extrair borracha nos seringais do Norte do Brasil. Nossa missão era extrair borracha para a guerra e os países aliados, tudo que o governo dizia ( fartura, vida nova e enriquecimento..), não passou de propaganda enganosa. Da minha turma que veio para as calhas do rio amazonas, nos primeiros três meses, acabaram por morrer de doenças e acidentes.
De quarenta e oito homens que somavam a turma, sobrou eu, mais dezessete, os que morreram, morreram fácil, como moscas.
Muitos soldados da borracha que foram enviados para os seringais encontraram a morte e a escravidão, finalizou o presidente.
Consta desde o ano de 2010, que o Sindicato dos Soldados da Borracha vem lutando na justiça com um pedido de indenização, que tramita no Superior Tribunal de Justiça em Brasília. A ação movida tem o propósito de reaver direitos, expõe os danos, no caso, as violações dos direitos humanos e as condições de trabalho em que os soldados da borracha foram colocados, na época, um sistema de produção análogo à escravidão.
Fonte: ASSESSORIA SINDSBOR