Cotidiano
Silveira diz que não usa tornozeleira e que Judiciário ‘não faz mais nada’
Deputado federal pelo PTB-RJ é alvo de decisões que obrigam o uso do equipamento; penalidades já somam mais de R$ 645 mil
O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) voltou a criticar, neste domingo (22), decisões proferidas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que não vai usar a tornozeleira eletrônica, por causa do indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro, e que o Judiciário “não faz mais nada”.
“Na verdade, eu nem poderia usar naquela época. Hoje é que eu não uso mesmo. Eu fui indultado pela graça. Quando o Judiciário tem o perdão presidencial, é meramente declaratório o reconhecimento. O Judiciário não faz mais nada, só declara a extinção”, disse Silveira durante motociata realizada em apoio ao presidente no Rio de Janeiro.
O parlamentar subiu no carro de som e comentou o não comparecimento do chefe do Executivo no ato, que teve baixa adesão. “É a ausência do presidente, porque ele arrasta multidões. Ele é um exemplo, tanto como presidente como pessoa. Eu falei com ele ontem, sabia que ele não poderia vir, por outros compromissos”, contou.
Na última quinta-feira (19), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, aplicou uma terceira multa ao deputado, dessa vez de R$ 105 mil, por ele continuar se recusando a usar a tornozeleira eletrônica e a cumprir as demais medidas cautelares impostas pela Corte.
Entre as determinações, estão não manter contato com outros investigados, não dar entrevistas, não sair do estado do Rio de Janeiro — exceto para ir ao Distrito Federal — e não comparecer a eventos públicos. “As condutas do réu […] revelam o seu completo desprezo pelo Poder Judiciário”, diz a decisão.
As multas anteriores foram de R$ 405 mil e de R$ 135 mil. As penalidades já somam R$ 645 mil. O magistrado disse que a multa se refere à falta de uso da tornozeleira em sete dias seguidos, de 12 a 18 de maio. Segundo Moraes, a multa não tem relação com o indulto individual concedido a Silveira por Bolsonaro, mas sim à desobediência às determinações da Corte.
Em abril, Bolsonaro editou um decreto para perdoar quaisquer penas aplicadas contra Silveira. A medida foi anunciada menos de 24 horas após o STF condenar o parlamentar a oito anos e nove meses de prisão, cassar o mandato e suspender os direitos políticos dele e torná-lo inelegível por oito anos.
Silveira foi condenado pela Corte pelos crimes de coação no curso do processo e de ameaça de abolição do Estado democrático de Direito. A denúncia foi oferecida pela Procuradoria-Geral da República, comandada por Augusto Aras.
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Gerlen Diniz define primeiros secretários para gestão em Sena Madureira a partir de 2025
Os secretários municipais de Sena Madureira recebem um salário de R$ 10 mil. A expectativa é de que os próximos anúncios reforcem o compromisso de Gerlen Diniz com uma gestão eficiente e alinhada às necessidades da população
Cris Menezes/Yaco News
Gerlen Diniz (PP), eleito prefeito de Sena Madureira com 13.391 votos, começou a formar sua equipe de secretários para administrar o município a partir de janeiro de 2025. Até o momento, seis nomes foram confirmados pelo futuro prefeito.
O ex-deputado estadual Nelson Sales foi o primeiro anunciado, assumindo a Secretaria de Saúde. Com experiência na vida pública, Nelson já foi secretário de saúde em gestões anteriores, além de exercer mandato como deputado estadual.
Outros nomes confirmados incluem Lia (Cidadania), que assumirá uma secretaria ainda não especificada, Aurelina Pinheiro (Educação), Ronin Albuquerque – ex-vereador (Semsur), Francisco Maia – vereador eleito (Meio Ambiente), e Monaliza Araújo (Cultura).
O time também contará com Anderson Castro, atualmente atuando no Detran em Rio Branco. Pelas redes sociais, Gerlen Diniz deu as boas-vindas ao novo integrante: “Seja muito bem-vindo ao time. Você qualifica a nossa equipe.”
As pastas de Finanças, Obras, Produção, Controle Interno, entre outras, ainda estão em aberto. Nos bastidores, especula-se que o senador Alan Rick (UB) terá representatividade na administração, possivelmente em uma secretaria.
Durante a campanha, Diniz destacou seu compromisso com a transparência. “Na nossa administração, ninguém vai entrar de bicicleta e sair de caminhonete ao final do mandato, a não ser que acerte na Mega-Sena”, declarou.
Atualmente, os secretários municipais de Sena Madureira recebem um salário de R$ 10 mil. A expectativa é de que os próximos anúncios reforcem o compromisso de Gerlen Diniz com uma gestão eficiente e alinhada às necessidades da população.
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Em um ano, mais de 500 gestantes foram diagnosticadas com sífilis no Acre; três bebês morreram
O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial
Um boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que os casos de sífilis seguem avançando no Acre. Considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).
Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto (sífilis congênita).
Os dados obtidos sobre casos notificados durante todo o ano de 2023, no Estado, apontam que 1.654 pessoas adquiriam a infecção. Além disso, 546 gestantes receberam o diagnóstico. 82 casos de sífilis congênita foram registrados. Três bebês morreram em decorrência do quadro.
Em formas mais graves da doença, como no caso da sífilis terciária, se não houver o tratamento adequado pode causar complicações graves como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
“Diante dos desafios e avanços apresentados, o Boletim Epidemiológico de Sífilis 2024 reafirma o compromisso do Ministério da Saúde com o controle da sífilis e a eliminação da transmissão vertical da doença. A disseminação de informações atualizadas e baseadas em evidências é fundamental para orientar gestores e profissionais de saúde na implementação de ações mais eficazes e na busca por uma saúde pública mais equitativa”, diz um trecho do boletim.
“O aumento das infecções por sífilis pode ser atribuído a múltiplos fatores, incluindo a falta de conscientização sobre a doença, as desigualdades no acesso aos serviços de saúde, as dificuldades no diagnóstico e no tratamento precoce, além do estigma persistente em torno das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), o que muitas vezes desencoraja as pessoas a procurar assistência médica (WHO, 2024)”, acrescenta.
Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com cada estágio da doença, que se divide em:
Sífilis primária
- Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias e é chamada de “cancro duro”;
- Normalmente, ela não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha;
- Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento.]
Sífilis secundária
- Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial;
- Podem surgir manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias;
- Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo;
- As manchas desaparecem em algumas semanas, independentemente de tratamento, trazendo a falsa impressão de cura;
Sífilis latente – fase assintomática
- Não aparecem sinais ou sintomas;
- É dividida em:
latente recente (até um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano de infecção).
- A duração dessa fase é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
Sífilis terciária
- Pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção;
- Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Uma pessoa pode ter sífilis e não saber, isso porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo. Por isso é importante se proteger, fazer o teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta.
Diagnóstico
O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Esta é a principal forma de diagnóstico da sífilis. O TR de sífilis é distribuído pelo Departamento das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (DIAHV/SVS/MS) como parte da estratégia para ampliar a cobertura diagnóstica da doença.
Nos casos de TR positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial (não treponêmico) para confirmação do diagnóstico. Deve-se avaliar a história clínico-epidemiológica da mãe, o exame físico da criança e os resultados dos testes, incluindo os exames radiológicos e laboratoriais, para se chegar a um diagnóstico seguro e correto de sífilis congênita.
Tratamento
O tratamento de escolha é a penicilina benzatina (benzetacil), que poderá ser aplicada na unidade básica de saúde mais próxima de sua residência. Esta é, até o momento, a principal e mais eficaz forma de combater a bactéria causadora da doença. Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, com a penicilina benzatina. Este é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical, ou seja, de passar a doença para o bebê.
A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante. São critérios de tratamento adequado à gestante:
- Administração de penicilina benzatina;
- Início do tratamento até 30 dias antes do parto;
- Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico da sífilis;
- Respeito ao intervalo recomendado das doses.
Prevenção
O uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina é a medida mais importante de prevenção da sífilis, por se tratar de uma Infecção Sexualmente Transmissível. A testagem e acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.
Quais são os tratamentos disponíveis e como evitá-la?
O tratamento mais indicado para a sífilis é o uso de antibióticos, principalmente aqueles à base de penicilina. Uma única injeção já é suficiente para evitar que a infecção evolua nos estágios iniciais ou que a mãe transmita a bactéria para o bebê. Depois, o paciente pode receber novas doses para impedir a reincidência da doença.
Apesar de ser uma infecção simples de ser tratada, a sífilis é uma doença grave. Por isso, o melhor mesmo é evitar a contaminação, por meio do uso de preservativos durante as relações sexuais. Além disso, é fundamental procurar um médico assim que surgirem os primeiros sintomas para fazer um tratamento adequado.
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Mais de 500 pessoas privadas de liberdade vão fazer Enem na próxima semana no Acre
No que se refere à idade, o maior grupo possui entre 21 e 45 anos (46,2%). A faixa etária de 18 a 30 anos representa 41,6% dos participantes, seguida pelo grupo dos que possuem de 46 a 59 anos (9,6%)
Com assessoria
As provas do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL) 2024 serão aplicadas nos próximos dias 10 e 11 de dezembro, em 785 municípios distribuídos pelas 27 unidades da Federação.
No Acre, 534 pessoas estão no grupo. São Paulo (22.312), Minas Gerais (6.710) e Santa Catarina (6.128) são os estados com as maiores quantidades de inscrições.
Do total, 88.986 (91,7%) são homens e 8.028 (8,3%), mulheres. No que se refere à idade, o maior grupo possui entre 21 e 45 anos (46,2%). A faixa etária de 18 a 30 anos representa 41,6% dos participantes, seguida pelo grupo dos que possuem de 46 a 59 anos (9,6%). Maiores de 60 correspondem a 1,6% e menores de 18, a 0,9%.
1.374 atendimentos especializados foram deferidos.
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