Sete municípios acreanos vivem graves problemas por causa do crack, diz CNM

Opinião

Sete municípios acreanos – Rio Branco, Assis Brasil,  Acrelândia, Capixaba, Brasiléia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul – apresentam nível alto de problemas relacionados ao uso do crack. Há três anos, as cidades incluídas no nível alto eram cinco mas  a situação se agravou em Acrelândia e Capixaba.   

Outros cinco têm problemas considerados de nível médio, segundo os dados atualizados do Observatório do Crack, uma plataforma da Confederação Nacional dos Municípios para monitorar a situação os malefícios do uso e comércio do crack nas cidades brasileiras. Só tem três municípios (Tarauacá, Manoel Urbano e Sena Madureira) não apresentam grandes problemas, segundo a CNM.

Quando lançado, há três anos o Observatório mostrou  que 60% dos municípios de fronteira da região Norte vivem os dramas causados pelo crack.

A ferramenta do CNM é um complemento ao sistema de informação oficial, cujo foco é a região de fronteira do país. Seguindo a mesma estrutura, o objetivo dessa nova ferramenta é disponibilizar ao gestor municipal e à sociedade informações sobre a rede de assistência ao dependente químico, legislação, cartilhas, artigos, boas práticas, notícias, eventos e tudo o que envolve a temática do consumo e da circulação de drogas no  país, considerando que os 588 municípios que compõe a faixa de fronteira apresentam características mais específicas em relação à dinâmica do tráfico de drogas.

Além disso, a região apresenta uma diversidade geográfica, cultural e socioeconômica muito expressiva. Por isso, a necessidade de um olhar mais direto, uma vez que a região de fronteira é historicamente abandonada pelo Estado e marcada pela dificuldade de acesso a bens e serviços públicos.  o Acre tem várias cidades-gêmeas, das quais, segundo os dados pioneiros da  CNM, 15% recebem viciados da Bolívia e Peru.  Cidades-Gêmeas são duas cidades ou centros urbanos que são fundidos em uma área geográfica próxima que crescem umas com as outras, mas que não apresentam características sociais, culturais e econômicas comuns. Atualmente no Brasil existem 28 Municípios considerados cidades-gêmeas.  O Acre é participante do programa “Crack: é possível vencer”, do Ministério da Justiça mas os recursos ainda tem sido insuficientes. 

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Publicado por
Alexandre Lima