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Servidores federais anunciam mobilizações contra reajuste salarial de 1 % em 2024 e não descartam greve

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Esplanada dos Ministérios recebe preparativos para o desfile cívico-militar de 7 de Setembro

Representantes dos servidores se mobilizam contra a proposta anunciada pelo governo Lula de reajuste salarial de apenas 1% em 2024

Os servidores federais não descartam a possibilidade de greve, caso não consigam definir com o governo um reajuste salarial adequado. Eles aguardam uma resposta do executivo para resolver a pauta econômica da categoria  —  que tem passado por seguidas perdas salariais nos últimos anos. O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, disse que os profissionais saíram frustrados após recente reunião com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

“O compromisso que o governo tinha assumido com o conjunto das representações do funcionalismo era que estaria apresentando uma proposta econômica para a categoria. E de fato isso não aconteceu — e isso transformou a reunião numa grande frustração.” O representante da categoria disse que o encontro teve a participação de vários setores.

“Reunimos o conjunto das representações do funcionalismo público federal, as centrais sindicais e as entidades representativas —  e foi uma avaliação super negativa. O governo enviou ao Congresso o Projeto da Lei Orçamentária Anual de 2024, onde nem o que ele informou na nossa reunião está contido lá”, desabafa.

O governo federal reservou aproximadamente R$ 1,5 bilhão no Orçamento de 2024 para o reajuste dos servidores públicos. Conforme dados do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), o valor corresponderia a 1% de correção salarial no ano que vem.

Para o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do DF (Sindsep-DF), Oton Pereira Neves, o valor proposto pelo governo é considerado insuficiente para suprir a demanda de recomposição salarial necessária para cobrir as perdas inflacionárias enfrentadas pelo funcionalismo público. “A gente tem expectativa de que o governo consiga melhorar essa proposta, porque realmente ela é inaceitável, depois de ter perdas salariais nos últimos seis anos e não ter nem a recomposição agora. Então isso é inaceitável”, avalia.

Oton diz que os representantes da categoria prometem não desistir. “A gente sabe que essa proposta do governo está subordinada ao recente arcabouço fiscal que foi aprovado pelo Congresso Nacional. Então, o primeiro passo nosso é fazer uma ação, ou ações, para exigir do presidente Lula o veto de vários artigos que engessam o orçamento da União, especialmente para as atividades e ações que visam o bem da população”, ressalta.

O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, reforça a determinação dos trabalhadores em continuar organizando a categoria. “Vamos reagir a essa inércia do governo com esse setor que foi tão precarizado nos últimos períodos. Vamos criar um cronograma de ações para o conjunto do funcionalismo em todo o país, orientar os sindicatos estaduais a fazer essa discussão”, informa.

Calendário de mobilização

Sérgio Ronaldo diz que, mediante os debates, será convocada uma plenária nacional após o feriado de 7 de setembro, para organizar um calendário de mobilização não descartando, inclusive, uma greve. “A mobilização é quem vai dizer se chegará nesse estágio, para ver se o governo se desconecta somente das questões do mercado, das questões dos setores de outros segmentos e tem um olhar criterioso para o conjunto do funcionalismo, levando em consideração também a administração pública federal”, salienta.

Oton Pereira Neves do sindicato dos trabalhadores do DF concorda: “A greve é a principal arma que a classe possui, então jamais podemos descartá-la”, observa.

Para os trabalhadores, esse reajuste está muito abaixo do previsto, como relata a servidora pública federal Roberta Salomão. “O valor proposto de 1% é muito abaixo do valor da inflação, não cobre o pagamento das contas que temos mês a mês e ele não repõe as perdas acumuladas superiores a 30% devido a muitos anos sem aumento. Então realmente é uma afronta”, relata.

Camila Macedo Teixeira também é servidora pública federal e reclama do aumento. “Nós todos sabemos, enquanto servidores, que esse aumento impacta diretamente o orçamento da União. Por outro lado, pensando do ponto de vista do servidor, 1% sobre a remuneração que a gente já recebe não contempla os aumentos que nós tivemos quanto aos preços dos alimentos, quanto ao aumento dos combustíveis, os gastos com moradia, com educação”, conta.

Essa foi a primeira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente entre governo e servidores para debater demandas salariais das categorias referentes ao próximo ano, após aprovação da nova regra fiscal.

Fonte: Brasil 61

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Acre segue com o custo mais alto da construção civil do país, aponta IBGE

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O Acre lidera na Região Norte com alta de 5,11% nos custos totais da construção, refletindo um ritmo acelerado em relação aos demais estados da região

O Acre apresentou variação de 0,15% no Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) em maio de 2025. Foto: ilustrativa

O Acre registrou, em maio de 2025, o maior custo médio da construção civil do país no cenário nacional, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira, 10, por meio do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi). Já é o terceiro mês seguido que o Acre fica em primeiro lugar.

Com a desoneração da folha de pagamento, o custo por metro quadrado no estado chegou a R$ 2.073,21, o maior entre os estados da federação. Já sem a desoneração, o custo saltou para R$ 2.200,88 colocando o Acre na segunda posição entre todos os estados brasileiros, atrás apenas de Santa Catarina, cujo valor chegou a R$ 2.212,82.

O Acre apresentou variação de 0,15% no Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) em maio de 2025. Apesar de ser uma alta mais moderada que a média nacional, que ficou em 0,43%, o estado acumulou, nos últimos 12 meses, um aumento de 7,10% no custo da construção, acima da média brasileira de 5,01%.

No acumulado dos primeiros cinco meses de 2025, o Acre lidera na Região Norte com alta de 5,11% nos custos totais da construção, refletindo um ritmo acelerado em relação aos demais estados da região. A variação mensal da construção no Acre foi de 0,15%, próxima à registrada em Rondônia (0,17%) e abaixo da variação da Região Norte, que fechou em 0,25%. Enquanto o Nordeste registrou a maior variação mensal em maio (0,77%), puxada por estados como Pernambuco (2,88%).

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Polícia Civil do Tocantins inocenta homem condenado por estupro de vulnerável após investigação de denúncia falsa

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Duas mulheres são indiciadas por calúnia; falsa acusação teria motivação política envolvendo disputa eleitoral em 2012

A Polícia Civil do Tocantins concluiu nesta segunda-feira (9) que um homem condenado por estupro de vulnerável em 2012 é inocente. A reviravolta no caso surgiu após o encerramento do inquérito pela 81ª Delegacia de Ponte Alta do Tocantins, que investigou uma denúncia caluniosa relacionada ao episódio.

As apurações apontam que duas mulheres foram indiciadas por participação na falsa acusação. Na época dos fatos, uma adolescente de 13 anos afirmou ter sido vítima do crime, mas em depoimento prestado em 2023 revelou ter sido induzida a mentir pela irmã mais velha e por uma servidora pública municipal. Ambas eram maiores de idade em 2012.

Segundo a Polícia Civil, a denúncia falsa teria motivação política: o homem acusado era candidato a vereador em 2012, enquanto a servidora envolvida concorria ao mesmo cargo e era sua adversária direta. O homem chegou a ser preso novamente em abril deste ano com base na acusação original, mas a nova investigação concluiu que o crime nunca ocorreu.

Com a finalização do inquérito, o caso foi enviado ao Ministério Público, que deve analisar as provas para decidir sobre eventual denúncia criminal contra as mulheres indiciadas.

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TRE-AP retotaliza votos e convoca quatro novos deputados federais das eleições de 2022

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Mudança na distribuição das sobras eleitorais anula mandatos de quatro parlamentares; diplomação ocorre nesta terça-feira

O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) realizou nesta segunda-feira (9) a retotalização dos votos das eleições de 2022 para deputado federal, atendendo a determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida decorre de uma nova interpretação sobre a regra de distribuição das sobras eleitorais.

Durante a sessão, o juiz federal Anselmo Gonçalves anunciou a convocação de quatro novos parlamentares: André Abdon (PP), Aline Gurgel (Republicanos), Professora Marcivânia (PCdoB) e Paulo Lemos (PSOL). A recontagem anulou os mandatos de Dr. Púpio (MDB), Sonize Barbosa (PL), Silvia Waiãpi (PL) e Professora Goreth (PDT).

A diplomação dos deputados está prevista para esta terça-feira (10), após a proclamação oficial dos resultados em sessão plenária do TRE-AP. Apesar da expectativa inicial, o juiz descartou impacto na composição da Assembleia Legislativa do Estado, restringindo os efeitos da retotalização apenas à Câmara dos Deputados

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