Dimitri Payet chegou ao Maracanã com a promessa de esperança. Apesar de não ter jogado. Um gol de Serginho logo cedo trouxe alívio, no reencontro do time com a torcida. Por pouco tempo. O Atlético Mineiro pressionou o jogo todo, mas o Vasco segurou o 1 a 0 para, enfim, ver a luz no fim do túnel no Brasileirão.
Após a vitória, comemorada como um título no Maracanã, o Cruz-Maltino chega a 16 pontos, deixa o Coritiba para trás e fica a dois do Bahia, primeiro time fora da zona de rebaixamento. O Galo, com 27, segue no meio da tabela, longe das primeiras colocações.
O Vasco aproveitou o clima de festa no Maracanã e começou a partida da melhor forma possível: com gol. Logo aos quatro minutos, Lucas Piton apareceu bem pela canhota e cruzou na medida para Vegetti. Everson ainda conseguiu defender a cabeçada, mas Serginho empurrou para dentro na sobra.
O Atlético, com postura reativa no início, tentou sair mais para o jogo depois do gol. Mas seguiu sofrendo com as descidas de Piton pela canhota. Aos 12, o lateral cruzou mais uma vez para Vegetti, que se jogou na bola e mandou cabeçada no travessão. Everson pegou a sobra em chute de Paulinho.
Se os cariocas tinham como principal arma ofensiva os cruzamentos, os mineiros tentaram a resposta também assim. Arana fez o cruzamento da canhota e Hulk tentou a finalização de cabeça, mas não conseguiu acertar o alvo. Hulk era o principal perigo atleticano. O atacante tentou, também, em arremate de fora da área.
Aos 31 minutos, o Galo conseguiu a melhor chance do primeiro tempo. Hulk, sempre presente, abriu bola na área para Paulinho, que bateu cruzado. A bola passou perto do gol de Léo Jardim. Paulinho ainda tentou outro chute mais tarde, sem levar o mesmo perigo.
Após alguns minutos de pressão dos visitantes, o jogo foi ficando brigado. Menos organizado, com muitas faltas e poucos espaços no campo. O Cruz-Maltino conseguiu segurar a vantagem ao intervalo. Mas a pressão atleticana seguiria ao longo do segundo tempo.
Logo no primeiro minuto de segundo tempo, após roubada de bola no campo de ataque, Paulinho abriu bola para Hulk na área. O atacante posicionou o corpo e, com liberdade, bateu forte, de canhota. Léo Jardim mostrou reflexo para espalmar para escanteio.
Com o Atlético cada vez mais exposto, o Vasco também conseguia ameaçar em ataques rápidos e contra-ataques. Gabriel Pec teve uma chance de ouro após receber passe de letra de Vegetti na cara do gol. O ponta chegou a ser puxado pelo marcador, mas seguiu na jogada e bateu para fora. Em lance seguinte, após corte de falta mineira na área, foi Vegetti quem teve a chance de finalizar na área, mas se desequilibrou e mandou para fora.
Se o Cruz-Maltino não conseguia matar o jogo, o Galo seguiu pressionando. E Hulk continuou protagonista. Aos 18, Hulk soltou uma pancada em cobrança de falta e Léo Jardim teve de fazer uma defesa difícil. As bolas paradas passariam a ser uma arma cada vez mais importante, já que a drenagem ruim do Maracanã foi deixando o campo cada vez mais pesado.
O jogo, então, foi perdendo o lado técnico. Foi ficando mais físico, assim como na reta final do primeiro tempo, com o agravante do gramado pior. Paulinho quase matou o jogo em cobrança de falta da canhota. O chute foi quase perfeito, e acabou acertando o travessão.
Hulk conseguiu responder pelo Atlético e quase conseguiu o empate. Da entrada da área, o camisa 7 mandou chute de perna direita no cantinho. Léo Jardim salvou o Vasco. Os minutos finais foram de tensão. Aos 49, Hulk teve cobrança de falta perto da área. O chute, forte, bateu na barreira. Pec foi para o contra-ataque com a torcida, que, debaixo de muita chuva, levava o time nas costas. O Vasco confirmou a vitória, para ver, enfim, a luz no fim do túnel.