Para não ficar sem máscaras, profissionais estão improvisando equipamentos em unidades do Acre — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Por Lidson Almeida, Jornal do Acre 2ª Edição
Falta de gorro, máscaras, aventais e até luvas adequadas para atender pacientes com sintomas do novo coronavírus. Esses são alguns dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que os profissionais de saúde do Acre estão sem acesso em algumas unidades. O Jornal do Acre 2ª Edição mostrou imagens de profissionais da saúde improvisando alguns dos equipamentos de proteção.
A denúncia foi feita aos Conselhos Regional e Federal de Enfermagem e conferida pelos conselheiros. A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) diz que o problema já foi sanado. Já o Coren-AC afirma que os profissionais ainda seguem sem alguns EPIs para atender pacientes com sintomas de Covid-19.
A Sesacre explicou que houve uma necessidade de adquirir mais kits para coletas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito, que é a referência para o tratamento do novo coronavírus no estado, mas que o problema já foi sanado. A Sesacre garantiu também que não há falta de material e, para reforçar a aquisição de mais insumos, o Ministério da Saúde liberou um R$ 1,7 milhão para o estado.
O conselheiro federal Adailton Cruz lamentou a situação e exigiu providências do Estado.
“O Estado demorou, era para ter essa estrutura com equipes, com equipamento individual e setor físico em todas as unidades das regionais e agora que o estado está correndo atrás. Estamos aqui cobrando e pedindo que os profissionais exijam de seus gestores os equipamentos de proteção. Sem os equipamentos de proteção não podemos dá assistência porque nossa vida está em jogo”, frisou.
Nas fotos, é possível ver que em algumas unidades os profissionais tiveram que improvisar usando touca descartável. Em outra foto, apesar de usar luvas, touca e máscaras corretas, o avental teria que ser impermeável.
Cruz explicou que há informações de falta de EPIs na Maternidade Bárbara Heliodora, Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) e hospitais do interior como de Brasileia, Tarauacá e Cruzeiro do Sul. Segundo ele, alguns profissionais estão usando máscaras feitas de tecido, o que não é recomendável.
“O Estado precisa intervir imediatamente porque os profissionais precisam de suporte. No pronto-socorro também porque lá o quantitativo de profissionais é grande e o de equipamentos individuais é pequeno e não está dando para suprir. O Estado tem que providenciar isso com urgência”, exigiu.