Sem acordo, servidores da Ufac decidem manter greve

Grevistas querem ser recebidos por ministério da Educação.
Greve já dura quase três meses.

Servidores da Ufac estão em greve desde 29 de
maio (Foto: Divulgação/Adufac)

G1

Os professores e técnicos da Universidade Federal do Acre (Ufac) já completaram quase três meses em greve e não há previsão para que essa situação mude. Segundo o primeiro-secretário da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac), Moisés Lobão, em assembleia realizada, nesta terça-feira (18), a categoria decidiu rejeitar a proposta de voltar ao trabalho na próxima segunda-feira (24) e manter a paralisação por tempo indeterminado.

“Continuamos no processo de forçar o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, a receber a categoria. Em quase três meses de greve, até hoje só fomos recebidos por assessores do ministério. O ministro não nos recebeu, e estamos enviando várias solicitações para que ele se reúna com o comando de greve, porque isso é uma falta de respeito com os professores e técnicos das universidades”, diz.

O primeiro-secretário afirma que essa não é uma luta somente por questão salarial, mas sim pelo “caráter público” das universidades. Segundo Lobão, a universidade nunca esteve tão ameaçada como agora, por causa de cortes no orçamento e outras medidas que segundo ele,  estariam fazendo com que a instituição fosse “privatizada”.

Além a pauta nacional, no Acre, os servidores pedem ainda a melhoria nas condições de trabalho. “Infelizmente a intransigência é tanto do governo federal como da reitoria da Ufac. Diante das nossas reivindicações, a reitoria apenas nos retornou um documento com uma resposta bastante vazia dizendo que a gestão cumpria com todas as normas. Mas, na verdade o que estamos colocando são os problemas que ocorrem internamente e que precisam, a partir do diálogo, serem resolvidos”, finaliza.

Entenda o caso
Os professores da Ufac aderiram ao movimento nacional e deflagraram greve no dia 29 de maio, no campus de Rio Branco e em Cruzeiro do Sul. Dentre as reivindicações, a categoria pede melhores condições de trabalho e valorização salarial. Os docentes são contra o risco da contratação de profissionais terceirizados e defendem a autonomia da instituição.

Em nota, o Ministério da Educação, que em nota diz que “está aberto ao diálogo com todas as entidades representativas dos docentes e técnicos administrativos das instituições federais”.

O órgão salienta ainda que “tem acompanhado a mesa de negociação salarial com as entidades representativas e o Ministério do Planejamento”. O MEC finaliza a nota dizendo que “em 2015 docentes e técnicos administrativos das instituições federais já tiveram reajuste por conta do acordo de 2012”.

O MEC diz ainda que o Ministério do Planejamento é quem  está responsável pelas negociações salariais.

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Alexandre Lima