Por G1 AC — Rio Branco
Há quase dois meses que a capital do Acre, Rio Branco, não tem uma chuva significativa. Isso é o que mostra dados da Defesa Civil do Acre divulgados no sábado (19).
Agosto choveu apenas dois milímetros.
Até este sábado, a Defesa Civil informou que já choveu 14 milímetros durante o mês, porém, sem muita relevância para mudar o clima. “Não é significativo, mas se for contar que nessa época não chove nada e agosto só choveu dois milímetros agora está um pouco melhor. Mas, era para chover mais”, explicou a cadete Laiza Mendonça, do Corpo de Bombeiros do Acre.
Sem chuva e com queimadas, a fumaça e poluição tomam conta do ar. Dados dos sensores de monitoração mostram que atualmente a qualidade do ar está quase cinco vezes acima da qualidade ideal para a respiração.
O relatório da sala de situação de monitoramento hidrometeorológico do Acre mostrou que, na sexta-feira (18), o índice de materiais particulados inaláveis chegou a 108.00 μg/m³, na capital.
Porém, a Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que a quantidade de material particulado por metro cúbico aceitável é de 25 microgramas. Acima disso, a qualidade é ruim para a saúde humana.
“Tendo em vista em que estamos, qualquer chuva já ajuda, mesmo que não seja relevante, mas ajuda”, destacou Laiza.
Outra preocupação nesse período de estiagem é com relação ao nível do Rio Acre. Em agosto, o manancial chegou a entrar em situação de emergência devido ao baixo nível. Neste sábado, o manancial marcou 1,66 metros.
Os dados mostram que pode chover entre 17 a 20 milímetros.
“A previsão é que entre os dias 21 e 22 pode ter uma chuva de 17 a 20 milímetros, mas isso pode ser mais ou menos. A previsão de chuva forte e significativa mesmo, seguindo os anos anteriores, é a partir de 15 de outubro, podendo varias de 100 a 150 milímetros de chuva”, concluiu a cadete.