‘Se o Brasil exportasse mão de obra retendo 70% da remuneração, o governo seria humanista ou fascista?’, questiona juiz acreano

Juiz Giordano Dourado – Foto: divulgação

O juiz de Direito Giordano Dourado utilizou as redes sociais na sexta-feira (17) para questionar a respeito da postura de Cuba com relação à chamada ‘medicina de exportação’, quando o país exporta médicos, mas retém 70% da remuneração. Os questionamentos de Giordano Dourado a respeito da prática adotada por Cuba ser um modelo fascista ou humanista foram feitos em meio a comparações do país comunista com o Brasil.

No meio da polêmica que se deu à saída dos médicos cubanos do país, Giordano questionou se fosse o Brasil a adotar tal ‘medicina de exportação’ se seria considerado um país humanista ou facista. A pergunta de Giordano Dourado foi seguida de outro questionamento de que se devemos tolerar tais práticas em outros países enquanto não queremos no nosso.

“A alteridade – no sentido de colocar-se no lugar do outro – é um excelente exercício para buscar-se a análise justa de certas situações. Nessa perspectiva, se o governo brasileiro exportasse mão de obra qualificada para outros países retendo cerca de 70% da remuneração percebida por esses trabalhadores no exterior, como o Brasil seria qualificado na comunidade internacional? O governo brasileiro seria considerado humanista ou fascista? Se não queremos isto para nós, por que tolerar tal prática em relação ao outro?”, questionou.

Os questionamentos de Giordano Dourado foram feitos em uma publicação de artigo publicado pelo site Uol onde é relatado que o envio de profissionais de saúde, de Cuba para o exterior, corresponde por 11 bilhões de dólares que Havana arrecada por ano.

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folha do acre