No caso de Lanna Vaz, a PF investiga a prática ilegal de compra de votos, bem como o abuso do poder econômico e político durante as eleições.
Lana Vaz, candidata à Câmara Federal pelo PSDB, foi alvo da operação — Foto: Arquivo pessoal
A candidata a deputada federal Lanna Vaz (PSDB) foi alvo de uma operação deflagradas pela Polícia Federal nesta quarta-feira (28) contra crimes eleitorais no estado do Acre.
Correção: (O g1 errou ao informar que o candidato Fábio Rueda, do União Brasil, estava entre os alvos da operação. A informação foi corrigida às 11h52 [horário do Acre]).
As operações, que ocorreram em conjunto com o Ministério Público Eleitoral, receberam o nome de “Comitê Violeta” e “Algibeira”. Em nota, o PSDB afirmou que “respeita e confia na justiça e nos órgãos de investigação, que cumprem sua função de apurar quaisquer denúncias nesse período eleitoral, garantindo a transparência e lisura do processo.” (Veja nota na íntegra abaixo)
No caso de Lanna Vaz, a PF investiga a prática ilegal de compra de votos, bem como o abuso do poder econômico e político durante as eleições. Na operação Comitê Violeta, a polícia cumpriu três mandados judiciais de busca e apreensão em Rio Branco contra a candidata e partidários.
Durante as investigações da operação Comitê Violeta, que tiveram início em setembro, foi possível identificar que um candidato às eleições estabeleceu estreito laço com indivíduos pertencentes a facção criminosa atuante com a finalidade de criar uma rede de proteção, que foi utilizada da maneira mais variada, principalmente com a possível compra de votos.
Segundo a PF, os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção eleitoral, com pena prevista de até quatro anos de reclusão, e falsidade ideológica com até cinco anos de prisão, os dois delitos do Código Eleitoral.
A investigação foi chamada de “Comitê Violeta” por fazer alusão a principal cor utilizada pela candidata durante as campanhas eleitorais.
As investigações, que tiveram início em setembro, identificaram a presença de operadores de dinheiro, que, no período pré-eleitoral, guardavam quantias em espécie em determinado “bunker”, com a finalidade de, posteriormente, dar suporte a eventuais candidatos e campanhas políticas.
“Foi possível constatar no decorrer das investigações que indivíduos armazenavam altas quantias em seus bolsos e deixavam o local, inúmeras vezes ao dia, com volumes em suas roupas, em razão das grandes quantias em espécie que portavam”, diz a nota da PF.
Os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção eleitoral e falsidade ideológica, ambos do Código Eleitoral, assim como lavagem de dinheiro, que somados poderão resultar em até 20 anos de prisão.
O codinome empregado na operação faz referência ao método mais utilizado pelos investigados na tentativa de retirar de forma discreta os recursos em espécie armazenados no imóvel alvo de buscas.
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) vem a público esclarecer que respeita e confia na justiça e nos órgãos de investigação, que cumprem sua função de apurar quaisquer denúncias nesse período eleitoral, garantindo a transparência e lisura do processo.
O partido presta solidariedade à candidata Lanna Vaz pela violência política de alguns órgãos de imprensa, descomprometidos em noticiar a verdade, que usam da espetacularização midiática para negar a adversários o direito à presunção de inocência e que se valem da desinformação para alcançar a comoção pública.
Confiamos no papel da justiça e que a verdade será, brevemente, restabelecida. E, em que pese nosso respeito à justiça, cabe-nos esperar por ela, sem jamais precipitar qualquer julgamento, apontamento e/ou condenação
MANOEL PEDRO DE SOUZA GOMES
Presidente do PSDB/AC