Ruas do Povo deixa cadeirante quase sem poder ir pra casa em Epitaciolândia

Regilson teve acesso a sua casa pelo restante da rua interrompido pelo programa Ruas do Povo – Foto: Alexandre Lima

Alexandre Lima

A cerca de um ano e meio, o projeto do Governo do Acre que vem levando acessibilidade em todos os 22 Municípios conhecido por Ruas do Povo, deveria ser de muita alegria por onde passou, mas, ultimamente vem apresentando vários problemas por onde passou.

Problemas como asfalto fino, esgoto que entope, rua que não dá vazante para a água da chuva e inunda casas, e o pior, não dá acessibilidade para àqueles que precisam de alguma forma, sair de sua casa mesmo tendo limitações por ser cadeirante.

Caminho provisório está por terminar permite acesso da cadeira e familiares – Foto: Alexandre Lima

Esse é um dos problemas que existe na cidade de Epitaciolândia na fronteira do Acre, precisamente no final do Bairro Aeroporto. Regilson Pinheiro de Araújo, de 40 anos, é cadeirante a 18 anos e tem o privilégio de ter uma cadeira de rodas elétrica para poder se deslocar quando achar necessário.

Segundo conta, conseguiu abrir uma rua junto com sua família, cerca de 140 metros, para que pudesse sair e voltar com sua cadeira. Assim, visitar amigos, ir ao posto médico, pagar contas, entre outras coisas até a chegada do Ruas do Povo.

Do dia para noite, Regilson viu que passaria a ficar isolado do mundo. Isso porque os trabalhos que deveria também lhe beneficiar, fechou o único meio acesso à sua casa e a rua. Denuncia que procurou os responsáveis pela obra para reclamar e que lhe prometeram consertar o problema.

Os trabalhos terminaram e o acesso a rua ficou por fazer para desespero do cadeirante. Segundo ele, por diversas vezes procurou os responsáveis pela obra que prometeram resolver seu problema e espera até hoje. Além da lesão medular, sofre com uma bactéria que adquiriu no período quando esteve hospitalizado.

Devido esse problema, tem crises de dores de cabeça e tem medo de um dia, quando precisar, os socorristas do SAMU não chegar até sua casa. Regilson disse que irá procurar os seus direitos junto o Ministério Público, para que possa ter sua rua de volta e o seu direito de ir e vir.

Para poder ter acesso à sua casa, Regilson teve ajuda dos vizinhos que criaram um caminho provisório que está por acabar, devido a construção de casas no local. O caso vem indignando moradores do Bairro e da cidade.

Veja a vídeo reportagem abaixo.

Beco entre cercas poderá trazer problemas no período da chuva que está por chegar – Foto: Alexandre Lima

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Alexandre Lima