ITAAN ARRUDA
Os bancos não têm como ajudar empresas a se prevenir em caso de novo isolamento do Acre com a cheia do Rio Madeira. A diretoria da Associação Comercial e Industrial se reuniu com o superintendente do Banco da Amazônia no Acre, André Vargas.
O objetivo era pleitear a abertura de uma linha de crédito para formação de capital de giro para que as empresas pudessem se precaver na montagem de estoques que pudessem ser utilizados em um possível novo isolamento via terrestre.
Vargas foi muito diplomático, pontuou as regras estabelecidas pelo Banco Central. Especificou que uma empresa de médio porte (com faturamento de até R$ 90 milhões por ano) pode ter acesso a crédito com 0,5% de juros. A taxa é atrativa.
A articulação da Acisa acaba demonstrando também uma mudança de postura do empresariado local. “Nesses casos de calamidade, de desastres ambientais, é possível anteciparmos algumas condutas para depender cada vez menos de articulações de natureza política”, disse Bento, lembrando a traumática experiência de 2014 quando o Acre ficou isolado por terra do resto do país.
E o Rio Madeira aumenta o nível. Na região do Abunã, o rio Madeira registra nesta quarta-feira (10) a maraca de 19,90 metros. Nessa mesma época, no ano passado, o rio registrou 19,67 metros. Em 2015, 17,44 metros. Em 2014, o rio já havia alcançado a estrada com 19,74 metros.
Isso significa que caso o Dnit não tivesse feito a obra de elevação da estrada, os atuais 19,90 metros registrados hoje (10) já teriam deixado o Acre isolado.