Réus da G7 faturam mais de R$ 40 milhões com contratos da Minha Casa Minha Vida

Empresários envolvidos na G7 participaram do ato de entrega de mais casas neste domingo.

Assem Neto, do Brasil Notícias

Veja trecho do inquérito da PF que cita a empresa Etenge

A Construtora ETENGE, do empresário Sergio Murata, preso na Operação G-7, tem contratos de mais de R$ 40 milhões para a edificação de unidades habitacionais na Cidade do Povo, o maior programa em andamento na gestão Tião Viana (PT). O empresário foi preso no ano passado no escândalo conhecido como G-7, a mando do Tribunal de Justiça, após escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal, autorizadas judicialmente.

Todos os empresários, que são réus em ação penal e estão proibidos de deixar o Acre, compareceram no ato solene com a presença do ministro das Cidades, neste domingo, exatamente para entregar unidades habitacionais financiadas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida.

Já o ex-diretor do Departamento de Rodagens do Acre (Deracre), Sérgio Nakamura, também preso à época, assinou contrato com o governo local no valor de R$ 14,3 milhões. As informações constam em publicação do Diário Oficial da União da última terça-feira (24). Nakamura é dono da construtora Ábaco Engenharia e está responsável pela construção de casas nos loteamentos Luiz Ângelo e José Firmino Neto, em Rio Branco. Aliás, a Ábaco, venceu outra licitação, em abril deste ano, no valor global de R$ 5.2 milhões.

Informe da Caixa diz que obra em Brasiléia está atrasada

O parecer que deu origem á homologação foi dado pelo Departamento Estadual de Pavimentação, Água e Saneamento (DEPASA), órgão cujo ex-gestor, Gildo Cezar, também foi preso em maio de 2013 acusado de fazer parte do esquema de favorecimento a empresários.

Há 10 dias, o juiz da 3ª Vara Federal, Jair Facundes, criticou a demora do Ministério Público Federal em apresentar a denúncia contra os envolvidos no escândalo. O MPF pediu, pela segunda vez, novo prazo, sob o argumento de que a Polícia Federal ainda faz as diligências necessárias para a construção de provas.

Ao discorrer sobre a Concorrência 196-2012, a Polícia Federal afirma que o então secretário de Obras do Governo do Acre, Wolvenar Camargo, direciona a construção do Hospital Regional de Brasiléia, orçado em R$ 51 milhões. Grampos autorizados pela justiça flagraram o então secretário em diálogos com terceiros, afirmando que a obra deveria ficar pronta antes da nova eleição do governador Tião Viana. Ele “estaria vendo se consegue botar uma empresa que consiga fazer os serviços nesse tempo”, diz o relatório da PF. Wolvenar também foi preso na operação G-7. Após ser libertado, por ordem do STF, ele foi afastado da Seop mas voltou ao governo, com salário semelhando, desta vez no cargo de assessor especial do governador.

Documento fala sobre hospital de Brasiléia

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Publicado por
Alexandre Lima