Representantes do ISE classificam moradores de preconceituosos durante reunião em Brasiléia

Argumentos usados pelos represetantes não convenceram os moradores e foram considerados de ‘preconceituosos’.

Alexandre Lima

A instalação de um centro socioeducativo para menores infratores no centro da cidade de Brasiléia, às margens do rio Acre, vem gerando polêmica entre moradores e representantes do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), que estiveram na fronteira para uma reunião pedida pela deputada Leila Galvão (PT), que esteve ausente e enviou representantes devido agenda na Capital.

A reunião contou também, com a presença de vereadores, representantes do Conselho Tutelar, Ação Social, grêmio estudantil da escola KJK e moradores, que pediram explicações sobre a obra que está em pleno andamento, sob iniciativa privada e quais foram os critérios da escolha do local que tem uma área residencial e próximo de duas escolas.

Vereadores da base e oposição não concordaram com a incisiva do ISE em Brasileia.

A conversa iniciou sobre o tema da responsabilidade sobre dos menores infratores, por parte da sociedade, embasados sobre Artigos de Lei e Estatuto do Menor e Adolescente. O presidente do Instituto Socioeducativo no Acre (ISE), Rafael Almeida, foi indagado sobre os requisitos da escolha do local, critérios e a não consulta popular.

Um dos pontos colocados pelos moradores do Bairro Raimundo Chaar e adjacências, seria o aumento de crimes no Bairro, uma vez que não será apenas a presença de familiares, mas, de ‘colegas’ que poderão tirar a tranquilidade do local, aumentando os índices de furtos e roubos.

Argumentou que a escolha foi em acordo com o Ministério Público, Judiciário e Governo do Acre, uma vez que o local se adequava ao exigido. A área que é de propriedade particular, está sem a responsabilidade do Estado e que o dono não tem a garantia que poderá ser ali, caso não esteja de acordo com os critérios exigidos.

Durante debate dos presentes, todos foram enfáticos em dizer que, não são contra a implantação do centro para os menores infratores na cidade, mas, que fosse em uma área adequada fora da cidade. Fato esse rejeitado pelo presidente do ISE no Acre, dizendo que o Estado não teria dinheiro para a construção.

Rafael Almeida, presidente do ISE no Acre.

Deixando claro que não teriam tempo para outros debates e sem local, insistiam no argumento da responsabilidade da sociedade, mas, os moradores, vereadores da base e oposição, foram claros em dizer que não são a favor da construção do Centro na cidade.

Os ânimos se exaltaram, após um dos assessores do ISE expressar que a sociedade local seria ‘preconceituosa’ em relação ao assunto, ao ponto de a reunião ser suspensa. Uma comissão de moradores estará reunindo assinatura para encaminha ao MP exigindo mais explicações sobre o caso e transferência do local.

VEJA VÍDEO REPORTAGEM ABAIXO.

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Alexandre Lima