Próxima semana, eleição da Mesa Diretora entra na agenda

“Efetivamente, não tratei disso. Mas, vou pautar já”

Presidente da Assembleia Legislativa jura que ainda não “discutiu com os colegas” a eleição da Mesa Diretora em que figura como personagem natural à reeleição. “Efetivamente, não tratei disso. Mas, vou pautar já a partir da semana que vem”, adiantou.

A 1ª Secretaria como ponto nevrálgico coloca em xeque diversos personagens, em trama que envolve Câmara de Rio Branco, parlamentares federais e, claro, os humores do Palácio Rio Branco.

Nos bastidores da Aleac, cogitou-se a antecipação da eleição. O regimento interno
da Casa até permite, desde que seja deliberado e o plenário decida. Foi tentado na época em que a cadeira de presidente era ocupada por Elson Santiago. Mas, não vingou.

O mais próximo disso ocorreu com Edvaldo Magalhães. Em um cenário em que a Frente Popular era muito mais forte, a composição da chapa foi antecipada. Os nobres partiram para o recesso sabendo em quem votar. Ou, no caso da oposição, em quem não votaria. O cenário é outro agora. Ney Amorim tem costuras importantes a fazer.

Heitor Júnior (PDT), que praticamente fechou as portas para entrar na Secretaria de Estado de Saúde com o factoide da verba de mídia, aposta alto na saída de Manoel Moraes (PSB) da 1ª Secretaria.

O problema de Heitor Júnior é que tem um Tchê no meio do caminho. O presidente do partido no Acre saca rápido o regimento interno da legenda que dita: definições dessa monta pertencem ao partido; não ao parlamentar isoladamente.

E há outro detalhe: entre um problemático Heitor Júnior e um obediente Jesus Sérgio, a presidência do PDT torna óbvia a preferência.

O PRB também entra na roda das especulações. E a ciranda começa na Câmara de Vereadores de Rio Branco. O recuo do vereador eleito Raílson Correia (PTN), que havia lançado o nome à presidente da Casa, é apontado como indicativo claro de que o irmão, deputado Raimundinho da Saúde (PTN), teria apoio de Juliana Rodrigues e André Vale para subir ao cargo. O recuou de Raílson guarda relação com apoio à eleição de Manoel Marcos na presidência da Câmara de Vereadores.

O mais do mesmo pede a recondução de Manoel Moraes (PSB). É a forma menos traumática e que mantém o clima harmônico entre o Palácio Rio Branco com um fiel defensor da Frente Popular na Câmara Federal: César Messias.

Em linhas gerais, esse é um aparte do xadrez a ser avaliado por Ney Amorim a partir da semana que vem.

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Publicado por
Alexandre Lima