“A questão da mudança da hora legal do Acre está relacionada diretamente à falta de legitimidade desta mudança que reduziu a diferença de duas horas em relação à Brasília para uma hora. A discussão hoje não mora em saber qual horário é pior ou melhor”, diz Alessandra Marques.
Segundo a promotora, o debate deveria se restringir ao fato de que não houve uma consulta aprofundada entre os acreanos para saber o posicionamento de cada cidadão que iria sofrem impactos com a mudança que teve como pano de fundo aproximar o horário local do horário e Brasília.
“Aqui fica evidenciada a total falta de legitimidade da lei que alterou a hora e, acima de tudo, o desapreço pelo debate, pela argumentação e pelos cidadãos do Acre e dos demais estados atingidos pela lei forjada enquanto ato de império de detentores do poder político aliados ao poder econômico”, enfatiza.
Alessandra Marques questiona ainda a justificativa utilizada por Sebastião Viana para mudar o fuso horário do Estado. “O argumento de que horas distintas em um país prejudicam a econômica não sensibiliza, por exemplo, os EUA, que não ficaram pobres por utilizarem, se ainda não mudou, seis fusos”, finaliza.
