Acre

Projeto Esperançar realiza diálogos de sensibilização e cadastro de pessoas que participarão da capacitação para 12 Brigadas Comunitárias na Resex Chico Mendes

A equipe do projeto Esperançar realizou, no período de 11 a 15 de outubro, diálogos de sensibilização para o envolvimento, sobretudo de jovens, na formação das 12 Brigadas Comunitárias na Resex Chico Mendes, numa ação coordenada pela Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável (SNPCT), em articulação com o Núcleo de Gestão Integrada Chico Mendes e organizações locais, com parceria da Universidade Federal do Acre – UFAC e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

Com datas a serem definidas, as oficinas formarão 120 comunitárias/os para atuação no combate ao fogo e na proteção do território, bem como em ações de educação ambiental na Reserva. A coordenação do Esperançar Chico Mendes concluiu que a formação das Brigadas, que compõe as ações do Eixo de Conservação e Sustentabilidade, dialoga diretamente com o Eixo de Educação, Patrimônio Cultural e Comunicação, tendo em vista que o uso do fogo é cultural na Resex, tendo sido também impactado pela mudança do clima, acarretando necessidade de formação de capacidades locais para melhor lidar com a prática tradicional. As brigadas também poderão incentivar o retorno dos adjuntos, referência cultural forma de expressão apontada em todas as oficinas de levantamento de referências culturais realizadas na Reserva pelo projeto.

Devidamente preparados com equipamentos de proteção individual e ferramentas de combate ao fogo essas pessoas, sobretudo jovens, com participação de mulheres, serão referências para atuar em suas comunidades, acrescentou a coordenadora nacional do projeto Esperançar Chico Mendes, Fádia Rebouças, lembrando que o combate ao fogo acontece de forma cotidiana na Resex, nos períodos críticos, e que as pessoas já atuam, mesmo desprotegidas e sem uma capacitação específica.

“Atualmente essa ação é sem um equipamento de proteção individual (EPI), sem equipamentos e ferramentas específicas de brigadas, e sobretudo sem uma preparação para a ação do combate ao fogo, portanto, ao fazer parte das brigadas as pessoas estarão melhor capacitadas, evitando acidentes, incidentes maiores, emergências pessoais e comunitárias”, esclarece Rebouças, ponderando ser importante ressaltar que as brigadas comunitárias atuarão em complemento à ação do Estado e não em sua substituição, os órgãos responsáveis continuarão atuando no combate ao fogo e na educação.

“Nesse sentido, percebemos a empolgação entre as pessoas e um interesse em participar do curso. Então, serão 12 brigadas, 120 pessoas capacitadas, com certificado, reconhecidas em suas comunidades como referência em relação ao fogo; em breve teremos notícias sobre quais as datas das formações”.

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Assessoria