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Produtores rurais têm oportunidade de lucrar com o mercado de carbono. Veja como
O mercado de carbono está ganhando cada vez mais relevância, oferecendo aos produtores rurais uma oportunidade única de se inserirem em um segmento econômico que, embora não seja permanente, promete impulsionar a economia e gerar novas fontes de renda.
Com as metas globais de redução de carbono estabelecidas entre 2030 e 2050, o momento para os produtores começarem a se preparar é agora. A previsão é que, à medida que o prazo para essas metas se aproxima, a demanda por créditos de carbono aumente significativamente, elevando os preços e tornando esse mercado ainda mais lucrativo.
As receitas de crédito de carbono podem gerar US$ 100 bilhões ao Brasil até 2030, de acordo com um estudo da representação brasileira da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil).
Estima-se que, até 2050, irá movimentar mais de USD 300 bilhões. Atualmente, o mercado de crédito de carbono voluntário é o que gera um maior retorno financeiro no nosso país.
Até a próxima década, o Brasil tem potencial para suprir até 37,5% da demanda global do mercado voluntário de créditos de carbono e até 22% da demanda do mercado regulado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Esse potencial econômico foi um dos principais motivos que estimularam a publicação do Decreto 11.075/22 sobre a regulamentação do mercado de créditos de carbono no Brasil, sendo um ponto de partida para que o Brasil tenha um mercado regulamentado até 2025.
Os produtores rurais podem participar do mercado de carbono de duas formas principais: pelo mercado regulado, de forma indireta, ou pelo mercado voluntário, onde têm mais autonomia. Em ambos os casos, as ações podem ser realizadas simultaneamente, maximizando os benefícios.
Participação no mercado regulado: Um exemplo dessa modalidade é a parceria entre a Fazenda Kiwi e a Nestlé, mostrada pelo Agro Estadão, onde o produtor adota práticas sustentáveis para reduzir emissões e, em troca, recebe um bônus na venda de seus produtos. Esses créditos de carbono gerados são contabilizados pela empresa dentro de suas metas de redução, seja no mercado regulado ou voluntário.
Mercado voluntário: Neste caso, o produtor implementa projetos por iniciativa própria, visando gerar créditos de carbono que serão negociados posteriormente. Esse processo, apesar de burocrático, pode ser altamente lucrativo, especialmente em áreas como reservas legais, onde a produção é limitada por lei.
Oportunidades para o produtor rural: Especialistas apontam três principais janelas de oportunidade para os produtores que desejam entrar no mercado de carbono:
- Restauração e conservação florestal: Projetos voltados para a recuperação de áreas desmatadas ou subutilizadas dentro da propriedade, como reservas legais ou montanhas.
- Incremento de produção agrícola: Adoção de práticas mais sustentáveis, como agricultura regenerativa e melhor gerenciamento de recursos, que podem gerar créditos tanto de mitigação quanto de remoção de carbono.
- Intensificação de pastagens: Voltada para pecuaristas, essa prática visa aumentar a produtividade em áreas menores, além de adotar medidas que reduzem as emissões entéricas dos bovinos.
Produtores que se inserirem no mercado de carbono podem se beneficiar de diversas maneiras, como regularização ambiental, incremento de produção, ganhos reputacionais e acesso a novas fontes de financiamento. Além disso, o mercado oferece uma diversificação de renda, especialmente em áreas onde a produção tradicional é limitada.
Para pequenos produtores, a recomendação é buscar parcerias por meio de associações, sindicatos ou empresas, viabilizando a participação coletiva em projetos de carbono, o que facilita a superação dos desafios burocráticos e de custo.
Como começar?
O primeiro passo para o produtor interessado é procurar uma associação ou entidade representativa que possa indicar empresas desenvolvedoras de projetos de carbono. É essencial garantir que a empresa seja confiável, pois o mercado de carbono é altamente dependente da reputação.
Uma vez identificada uma empresa parceira, as etapas do projeto serão definidas em conjunto, com obrigações claras para ambas as partes. O produtor deve ficar atento a propostas de valores de crédito que sejam muito superiores à média do mercado, evitando assim riscos desnecessários.
Fonte: Pensar Agro
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MP do Amazonas aciona três PMs por esquema de “funcionários fantasmas” em Boca do Acre
Prejuízo aos cofres públicos chega a quase R$ 2 milhões; ex-comandante da 5ª CIPM é acusado de falsificar escalas e operar “rachadinha”.

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) ingressou, nesta quarta-feira (3), com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra três policiais militares — entre eles um ex-comandante da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) — suspeitos de integrar um esquema de “funcionários fantasmas” no município de Boca do Acre. O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 1.968.379,57, valor referente a pagamentos indevidos entre 2018 e 2024.
A ação, assinada pelo promotor de Justiça Marcos Patrick Sena Leite, é um desdobramento da Operação Joeira, deflagrada em novembro pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). As investigações revelam que dois dos policiais recebiam salários normalmente enquanto residiam em Manaus e exerciam atividades particulares, embora estivessem oficialmente lotados em Boca do Acre.
Para sustentar a fraude, o então comandante da 5ª CIPM teria falsificado escalas de serviço, registrando a presença dos subordinados no quartel. Em acordo de colaboração premiada, os próprios policiais admitiram que eram “fantasmas” e que participavam de um esquema de “rachadinha” envolvendo o superior hierárquico.
“O caso revela um esquema estruturado que drenou quase R$ 2 milhões do erário, exigindo resposta firme e responsabilização”, declarou o promotor.
Na ação, o MPAM solicita o ressarcimento integral do dano, indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 500 mil, indisponibilidade de bens, afastamento cautelar, perda dos cargos e suspensão dos direitos políticos dos investigados.
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Perícia médica federal realiza mutirão com mais de 18 mil vagas neste fim de semana
Ação acontece em 92 agências da Previdência; Acre terá 230 atendimentos e Amazonas, 280. INSS informa que cerca de 13 mil agendamentos já foram feitos.
A perícia médica federal realiza, neste fim de semana — sábado (6) e domingo (7) —, um mutirão de atendimentos em 92 agências da Previdência Social em todo o país, oferecendo 18.868 vagas para segurados que aguardam avaliação pericial.
No Amazonas, estarão disponíveis 280 vagas. No Acre, o mutirão contará com 230 atendimentos, sendo 80 em Cruzeiro do Sul e 150 em Rio Branco.
Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), aproximadamente 13 mil atendimentos já foram agendados, restando cerca de seis mil vagas abertas.
Os serviços serão realizados presencialmente e também por teleatendimento, por meio da Perícia Conectada — modalidade criada para ampliar o acesso em regiões com déficit de profissionais.
Segurados interessados podem agendar pelo telefone 135, disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h, ou pelo aplicativo e site Meu INSS.
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Homem monitorado por tornozeleira é preso após tentar agredir a filha em Cruzeiro do Sul
Agressor buscava dinheiro para comprar drogas e invadiu a casa armado com uma faca; vítima se defendeu com vassoura e acionou a Polícia Militar.
Um homem identificado como Antônio Carlos, monitorado pela Justiça do Acre por meio de tornozeleira eletrônica, foi preso na tarde de quinta-feira (4) em Cruzeiro do Sul após tentar agredir a própria filha em busca de dinheiro para comprar drogas. O caso ocorreu no bairro Remanso.
Segundo a Polícia Militar, a jovem acionou a guarnição informando que o pai havia invadido a residência e se tornado agressivo depois de exigir dinheiro para consumir entorpecentes. Armado com uma faca, ele teria tentado atingi-la.
Para se defender, a vítima golpeou o agressor na cabeça com uma vassoura, causando uma lesão leve. Antônio Carlos, que cumpre pena no regime semiaberto, foi localizado pelos policiais ainda usando a tornozeleira eletrônica.
O homem foi levado inicialmente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para receber cuidados médicos e, em seguida, encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Cruzeiro do Sul, onde permaneceu detido.

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