Produtor denuncia na Aleac que pagou R$ 44 mil para ter acesso a serviços da Seaprof

Fonte: ac24horas

Um grupo de produtores rurais da região do Alto Acre estiveram na manhã desta quinta-feira (17), na Aleac e formulou uma série de denúncias contra gestores da Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof). Uma das reclamações é que estariam pagando preços superfaturados por insumos e serviços oferecidos pela pasta.

Os produtores rurais denunciaram, também, o sumiço 25 toneladas de milho do silo graneleiro de Plácido de Castro. Os agricultores afirmam que teria sumido 4.600 sacas do produto que pertencia a 32 produtores. Eles afirmam que o governo estaria negociando o pagamento do milho sumido com hora de trator do programa de mecanização aprovado na Aleac.

Segundo os pequenos produtores, o serviço deveria ser oferecido de maneira gratuita aos agricultores que entrariam apenas com o óleo para funcionamento das máquinas. “Fizeram uma reunião e apresentaram a proposta que o pagamento para quem tinha até 100 sacas de milho seria através de horas de tratores”, diz Leomar Corréa.

O produtor rural destaca que os gestores do governo “não deram nenhuma explicação de como o milho teria sumido. Nós fomos avisados do sumiço do milho pela polícia, que nos surpreendeu ao informar que o milho não existia mais. 32 produtores foram lesados e esperam há mais de um ano pelo resultado das investigações”, enfatiza Leomar Corréa.

O deputado Major Rocha disse na tribuna da Casa, que os agricultores estariam apresentado uma denúncia “gravíssima, eles pegaram um calote do governo do Acre. O mais grave é que foi instaurado um inquérito e até o momento não se sabe o que realmente aconteceu”, destaca o parlamentar.

O oposicionista disse que os produtores foram procurados por gestores da Seaprof. “A proposta é que os produtores iriam ser ressarcidos com horas de tratores do programa de mecanização rural que foi aprovado na Aleca e sai a custo zero. É a prova do calote”, afirma Rocha.

O deputado da base de governo, Eber Machado (PSDC) defendeu o secretário Lourival Marque e sugeriu que o gestor fosse chamado ao Poder Legislativo para ser ouvido sobre as denúncias apresentadas. “Sugiro que seja apresentado um requerimento para o secretário se explicar”, diz Machado.

Os produtores rurais foram recebidos na Comissão de Agricultura da Aleac, onde apresentaram novas denúncias contra gestores da Seaprof. O Agricultor Sebastião Câmara, de 57 anos, fez novas denúncias contra um servidor identificado como Ênio Lazario, que de acordo com ele estaria cobrando pelos serviços e insumos oferecidos pela Seaprof.

“No ano retrasado (2011) – eu paguei diretamente para ele (Ênio Lazario) R$ 44 mil para mecanizar 57 hectares. Ele também me vendeu calcário, adubo, veneno, sementes e às horas de trator. Eu coloquei o dinheiro na mão dele. Eu também comprei outras vezes os mesmo insumos com ele, tudo mais caro do que no mercado. A vantagem é que ele entregava na minha propriedade”, denuncia.

A agricultora Juliana Marques reclama da morosidade da Polícia Civil, em apresentar a conclusão das investigações do sumiço do milho do silo graneleiro de Plácido de Castro. De acordo com ela, os gestores públicos dizem que só poderão ressarcir os pequenos produtores após a conclusão do inquérito policial. “Já estamos esperando há mais de um anos”, reclama.

Os membros da comissão de agricultura fizeram um requerimento solicitando o comparecimento do secretário Lourival Marques, para ser ouvido sobre as denúncias contra seus comandados na Seaprof. Os deputados enviarão requerimento ao Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STR) de Plácido de Castro, Fetacre e ao delegado responsável pelo inquérito do sumiço do milho – para que participem de uma nova reunião que será agendada.

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Publicado por
Alexandre Lima