O impasse envolvendo a Universidade Amazônica de Pando (UAP), instituição federal localizada em Cobija, na Bolívia — cidade que faz fronteira com o Acre — ganhou força nesta quarta-feira (10) e passou a contar oficialmente com o apoio do prefeito de Epitaciolândia, Sérgio Lopes. A mobilização começou após o bloqueio realizado na Ponte Internacional, onde acadêmicos, em sua maioria estrangeiros, protestaram contra o reajuste de 141% nas taxas cobradas pela universidade.
De acordo com os estudantes, diversas tentativas de diálogo já foram feitas com a reitoria, sem sucesso. A direção estaria irredutível e teria informado que novos aumentos estão previstos a partir de 2026. As denúncias afirmam ainda que os valores elevados atingem apenas os alunos estrangeiros, muitos deles brasileiros que cruzam a fronteira em busca de uma formação em Medicina com custos menores que no Brasil. Alguns estão em fase final do curso e dependem da residência médica, tornando a situação ainda mais delicada.
Vereador José (e) o prefeito Sérgio Lopes incentivam que procurem outras faculdades e evitem a UAP – Foto/captura
Em pronunciamento divulgado nesta quarta-feira, o prefeito Sérgio Lopes classificou o comportamento da universidade como desrespeitoso e pediu que mais estudantes se juntem ao movimento. Ele também recomendou que aqueles que pretendem estudar na Bolívia evitem a UAP até que o impasse seja resolvido.
O vereador José Henrique reforçou as críticas e destacou que o município oferece o Centro Integral de Apoio ao Acadêmico do Exterior (CIAE), iniciativa criada para atender estudantes brasileiros de Medicina no exterior. O centro fornece orientação, apoio institucional, auxílio documental e articulação com instituições brasileiras, buscando justamente minimizar os desafios enfrentados fora do país.
O caso segue em discussão, com expectativa de novos desdobramentos nos próximos dias.