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Preço baixo de cigarros favorece iniciação de adolescentes ao fumo

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Pesquisador defende reajuste para produtos derivados do tabaco

Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (28) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, reforça um fato observado por pesquisadores há alguns anos: o preço do cigarro fabricado no Brasil, bem como do cigarro contrabandeado, é baixo.

“Desde 2017, não há reajuste, nem do imposto que incide sobre os produtos derivados do tabaco, nem sobre o preço mínimo estabelecido por lei. O preço está congelado desde o final de 2016”, afirma o pesquisador da Divisão de Pesquisa Populacional – Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) do Inca, André Szklo, autor do estudo inédito The cigarette market in Brazil: new evidence on illicit practices from the 2019 National Health Survey [O mercado de cigarros no Brasil: novas evidências sobre práticas ilícitas a partir da Pesquisa Nacional de Saúde 2019].

O levantamento foi feito em parceria com a Universidade de Illinois, em Chicago, Estados Unidos, e publicado na Tobacco Control, uma das principais revistas sobre controle do tabaco no mundo.

André Szklo afirmou que, com isso, a cada ano, o preço vai perdendo o seu valor real e fica mais acessível para a população. Internamente, a indústria não realiza aumento nominal no preço do produto.

“É uma estratégia que acaba casando: não tem o reajuste da política fiscal sobre os produtos derivados do tabaco e a indústria pressiona para o preço ficar baixo, para inibir o contrabando. E o que a gente já está observando é um reflexo natural na proporção de fumantes entre os jovens e adolescentes, especialmente meninas”, acentuou.

Iniciação

Assim, a população de adultos jovens e adolescentes, que não tem tantos recursos financeiros, é a que vai acabar se “beneficiando” de um preço do cigarro mais barato – o que favorece a iniciação precoce no fumo.

“A gente já está observando isso, que está havendo um aumento na proporção de fumantes entre adolescentes e jovens”, disse Szklo. Para ele, a proporção de jovens adultos que fuma vinha recuando desde 1989, mas parou de cair – um reflexo direto do enfraquecimento da política de preços e impostos, a principal diretriz para prevenir a iniciação ao fumo.

O pesquisador do Inca reiterou que nunca esteve tão baixa a relação entre o preço do cigarro legal e do cigarro ilegal, mas negou que a principal solução para coibir o contrabando seja reduzir o preço internamente. Mais de 25% das marcas ilegais que circulam no país são vendidas a um valor igual, ou levemente superior, ao preço mínimo estabelecido por lei para os cigarros legalizados, que está estagnado em R$ 5 o maço, desde 2016.

O preço médio do cigarro adquirido por fumantes brasileiros alcança R$ 5,68. Nos estados que fazem fronteira com o Paraguai, o valor cai para R$ 4,96. “Essa diferença está tão reduzida que a gente tem quase uma junção do preço do produto legal com o produto ilegal. O estudo conclui que, em algumas regiões, isso é mais crítico e que o consumo do cigarro ilegal favorece também a iniciação no hábito de fumar”, salientou.

O pesquisador disse que, desde 2017, a participação do mercado ilegal vem caindo no mercado brasileiro porque o produto legal está praticamente sendo comercializado ao mesmo preço do cigarro ilegal.

O reflexo disso está na saúde. “Quando você tem aumento na proporção de fumantes, isso vai gerar um custo para o país. Hoje em dia, o Brasil gasta R$ 125 bilhões – entre custos diretos e indiretos – com doenças relacionadas ao uso de produtos derivados de tabaco, e a arrecadação, por exemplo, da indústria de tabaco não cobre nem 10% disso”, destacou.

Nova geração

Ele argumentou que, quando se vê o preço do cigarro legal tão barato, percebe-se que isso vai levar a um prejuízo financeiro para o país a curto, médio e longo prazos.

“A gente está tendo uma nova geração de fumantes que está substituindo uma parcela da população atual que, infelizmente, virá a falecer”, revelou.

Estudos publicados no país indicam que dois em cada três usuários atuais de tabaco virão a morrer em decorrência do uso desses produtos. “Então, há uma necessidade de a indústria do tabaco repor essa população que, atualmente, gera lucro. É o que acontece quando a gente tem esse preço baixo”, assegurou.

Solução

O pesquisador defendeu, ainda, que a solução para todo esse cenário é voltar a aumentar o preço do cigarro fabricado no Brasil, retomar a política tributária aumentando as alíquotas dos impostos que incidem sobre os produtos derivados do tabaco, reajustar o preço mínimo estabelecido por lei e, em paralelo, implementar o Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos de Tabaco, ratificado pelo Estado em 2018.

“Existe uma medida prevista para o Brasil para combater o mercado ilegal. É uma medida do Estado que ratificou esse protocolo e precisa implementar. São duas medidas que têm de andar paralelamente”, disse.

Ele salientou também que a reforma tributária, que está sendo discutida no Congresso Nacional, é uma “oportunidade de ouro” para se fortalecer essa necessidade do imposto seletivo sobre os produtos do tabaco, de forma a assegurar que a arrecadação desse tributo seletivo possa ser revertida em ações de tratamento e de prevenção e em iniciativas de conscientização, visando inibir essa iniciação ao fumo e, também, possa estimular a cessação do hábito entre os fumantes atuais.

O cigarro legal brasileiro é o segundo mais barato das Américas. Após a reforma tributária de 2012, o preço médio do produto legal era quase 150% mais alto em relação ao cigarro ilegal. Atualmente, essa diferença caiu pela metade.

Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 40% dos cigarros consumidos no território nacional ainda pertencem a marcas que entram no Brasil de forma ilegal. Desde 2016, observa-se queda na proporção de consumo desses produtos nos estados, mas o percentual ainda é elevado.

Os dados da pesquisa serão detalhados durante evento virtual promovido pelo Inca nessa terça-feira (29), quando se comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo, com transmissão da TV Inca, no YouTube. Para participar, os interessados devem acessar o link.

Edição: Kleber Sampaio

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Primeiro Open Pitibull de Boxe é realizado no Acre com o apoio do Estado

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Ao todo 26 atletas participaram do Open de Boxe, com um total de 13 lutas, o presidente da Federação Acreana de Boxe, Roberto Júnior Nascimento, destaca, parabenizando o evento que esse foi o primeiro grande evento realizado no estado

“Graças aos incentivos dos empresários locais e do governo pelas secretarias, estamos dando seguimento a nobre arte que é o box, além de fazer com que novos talentos surjam para poder representar nosso estado”, enfatizou presidente da Ct Pitibul. Foto: Marcos Vicente

assessoria

Teve início na noite deste sábado, 18, o 1º Open Pitibull de Boxe no Acre. O evento, que acontece com apoio do governo do Acre, é uma iniciativa do Ct Pitibull em parceria com a Federação Acreana de Boxe e ocorreu no mini ginásio do Sesi, em  Rio Branco. A competição foi uma disputa entre pugilistas do Acre e de Rondônia.

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte, esteve apoiando o evento que incentiva o esporte de combate e arte marcial. “O papel do Estado é esse, é fomentar e apoiar os nossos atletas e criar condições, para que a gente possa ter eventos como esse, quero parabenizar o governador Gladson Cameli, que nos demandou apoiar esse evento, e hoje ver esse público tão bonito, e nossos atletas ali competindo isso nos enche de alegria”, pontua o secretário adjunto de Articulação Esportiva, Ney Amorim.

Ao todo 26 atletas participaram do Open de Boxe, com um total de 13 lutas, o presidente da Federação Acreana de Boxe, Roberto Júnior Nascimento, destaca que esse foi o primeiro grande evento realizado no estado, “Nunca na história tivemos esse evento aqui no Acre, que conta com o importante apoio do governo e que motiva o esporte tanto amador quanto profissional, vale mencionar a valorização dos lutadores vencedores que serão premiados com o valor de R$ 1 mil em dinheiro”, disse.

O evento, que acontece com apoio do governo do Acre, é uma iniciativa do Ct Pitibull em parceria com a Federação Acreana de Boxe e ocorreu no mini ginásio do Sesi, em  Rio Branco

A equipe do Corpo de Bombeiros do Acre também esteve presente no local do evento prestando o apoio necessário, auxiliando da melhor forma com atendimentos pré-hospitalar e encaminhamentos quando preciso.

“Graças aos incentivos dos empresários locais e do governo pelas secretarias, estamos dando seguimento a nobre arte que é o box, além de fazer com que novos talentos surjam para poder representar nosso estado”, enfatiza o presidente da Ct Pitibul, Adgeferson Silva.

O que disseram os lutadores

O lutador Adilton Barbosa Vasconcelos veio do estado de Rondônia pela Academia Atenas e já participou de outras lutas. “Um evento muito importe, a região de Rondônia está muito escassa de ações esportivas, e o Acre trazendo esse incentivo faz a gente treinar um pouco mais. Na região Norte este está sendo um dos melhores eventos, maior, com mais estrutura e mais lutas”, afirma.

“Iniciativa muito boa, evento grande, com muita visibilidade para os atletas tanto da luta feminina quanto masculina, estou bem confiante, treinei bastante, sair daqui com a vitória é gratificante”, lutadora Nathalia Araújo, da academia Ct Índio Fight.

O boxe pode ser uma atividade altamente benéfica para pessoas com autismo, oferecendo uma variedade de benefícios físicos, emocionais e sociais.

“Estou me sentindo hoje como um campeão, treinei muito para estar aqui, é uma emoção porque somos atletas amadores que precisam trabalhar. É muito bom poder levar o nome do Estado pelo município. Dever cumprido. Só quero agradecer a todos do Quinari”, disse o ganhador da primeira luta, João Vitor da Silva, da academia Ady Pereira Fight Team do município de Senador Guiomard.

Box e a inclusão social

O boxe pode ser uma atividade altamente benéfica para pessoas com autismo, oferecendo uma variedade de benefícios físicos, emocionais e sociais. Ajuda a melhorar a coordenação motora, equilíbrio e agilidade.

A atividade física, como o boxe, pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, comuns entre pessoas com autismo. O exercício libera endorfinas, que podem melhorar o humor e o bem-estar geral.

Matheus Albino de Oliveira, 25 anos, nasceu com autismo, grau 2. O lutador faz parte da academia CT Pitibul e há mais de 1 ano, teve sua primeira luta e foi vitorioso.

O lutador Adilton Barbosa Vasconcelos veio do estado de Rondônia pela Academia Atenas e já participou de outras lutas.

A participação das famílias em atividades como o boxe pode fortalecer os laços familiares, proporcionando uma oportunidade para pais e filhos se envolverem em uma atividade conjunta e compartilharem momentos de apoio e encorajamento.

“A emoção é muito grande, esse sempre foi o sonho dele, e hoje graças ao apoio de todos, com  a ajuda dos treinadores ele realizou o seu sonho, gratidão”, comemora a mãe Antônia Albino de Oliveira.

Confira os vencedores da noite do 1° Open Pitbull de Boxe

Card Preliminar – Valendo cinturão

1ª Luta – Categoria até 65kg – João Vitor da Silva Brito, pelo Ady Pereira Fight Team (Quinarí-AC)

2ª Luta – Categoria até 100kg – Carlos Alberto Achique Gonzalez, pela Academia Athenas (PVH – RO)

3ª Luta – Categoria até 90kg – Edson Lemes da Silva, pelo Instituto Zanoli (Pimenta Bueno – RO)

4ª Luta – Categoria até 79kg – Ericlis da Silva Serafim, pela Caveira Fight (RBR – AC)

5ª Luta – Categoria até 70kg – Augusto Daniel Carreira Costa, pelo Kobra Team (Ji Paraná – RO)

6ª Luta – Categoria até 70kg – Anatalice Araújo da Silva, pelo Índio Fight (RBR-AC)

7ª Luta – Categoria até 92kg – Matheus Albino, pelo CT ADG Pitibull (RBR-AC)

 

Card Principal – Valendo cinturão do evento e R$1.000,00

8ª Luta – Categoria até 58kg – Cleider Manuel Bastardo Quintana – Venezuelano – Nocaute, pelo CT ADG Pitibull (RBR-AC)

9ª Luta – Categoria até 60kg – Jesus Alirio Romero Martinez – Venezuelano – Nocaute, pelo Kobra Team ( Ji Paraná – RO)

10ª Luta – Categoria até 66kg – José Alírio Romero Martínez – Venezuelano – Pontos, pelo Kobra Team ( Ji Paraná – RO)

11ª Luta – Categoria até 70kg – Cleicimar Silva de Araújo – Nocaute, pelo Adrenalina (RBR – AC)

12ª Luta – Categoria até 75kg – Rossildo Sales do Nascimento, pelo Índio Fight (RBR – RO)

13ª Luta – Categoria até 80kg – Kelvis Rodrigo Silva Nascimento – Nocaute, pelo Ady Pereira Fight Team (Quinarí-AC)

14ª Luta – Categoria até 100kg – Davi Navah de Lima Vieira – Nocaute, pela Academia Athenas ( PVH – RO)

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Invasores desmatam área equivalente a mais de 1,1 mil campos de futebol na Terra Indígena Igarapé Lage na fronteira com a Bolívia

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Corredor de 20 km foi criado dentro da TI para escoar a madeira ilegal e facilitar o acesso à área invadida. Operação para retirar os invasores do local durou dois dias.

Desmatamento na Terra Indígena Igarapé Lage em Rondônia – Foto: PF/Divulgação

Invasores desmataram uma área equivalente a 1,1 mil campos de futebol dentro da Terra Indígena Igarapé Lage, localizada entre Nova Mamoré (RO) e Guajará-Mirim (RO), na fronteira com a Bolívia. Um corredor de 20 km foi criado dentro da Terra Indígena, para escoar a madeira ilegal e facilitar o acesso à área invadida.

Uma operação foi realizada na última quinta-feira (16) e sexta-feira (17) para retirar os invasores do local. Polícia Federal, Exército Brasileiro, Fundação Nacional dos Povos Indígena (Funai) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) participaram da ação

Estruturas ilegais destruídas na Terra Indígena Igarapé Lage em Rondônia – Foto: PF/Divulgação

Dentro da Terra Indígena, foram encontrados diversos pontos de extração ilegal de madeira totalizando uma área de aproximadamente 840 hectares. Os invasores também construíram habitações no local.

Além de abrir um “corredor” de ponta a ponta na Terra Indígena, foram construídas pontes para facilitar o trajeto até o interior da área. Uma dessas pontes já tinha sido destruída pela polícia em março de 2024, mas foi reconstruída. A estrutura possuía mais de 100 metros de extensão.

As estruturas ilegais encontradas dentro das Terras Indígena, foram destruídas e a madeira ilegal foi apreendida durante a Operação Retomada.

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Foragido é morto a tiro após invadir casa de marinheiro durante tentativa de roubo

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Um dos bandidos, que estava do lado de fora, ainda chegou a disparar em direção da vítima, mas não acertou.

Roubo na madrugada deste domingo (19), terminou na morte do foragido da Justiça Alcinei Lima da Silva, 37 anos, na rua José de Alencar.

Uma tentativa de roubo na madrugada deste domingo (19), terminou na morte do foragido da Justiça Alcinei Lima da Silva, 37 anos, na rua José de Alencar, centro de Porto Velho.

De acordo com testemunhas, um marinheiro de 61 anos havia acabado de chegar de carro em casa com a esposa, quando Alcinei ,que estava com outros três comparsas conseguiu invadir o imóvel pelo portão da garagem. Os outros criminosos ficaram do lado de fora.

O morador reagiu tentando imobilizar o criminoso. Um dos bandidos, que estava do lado de fora, ainda chegou a disparar em direção da vítima, mas não acertou.

Alcinei, que também estava armado ainda teria tentado atirar no morador, mas acabou sendo atingido por um disparo e morreu no local. Seus comparsas fugiram.

Durante os trabalhos da perícia foi verificado que Alcinei estava com mandado  de prisão expedido pela Justiça, e já tinha várias passagens pelo sistema prisional.

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